
CHAVE P!X:
Na lista de espera para o meu terceiro transplante cardíaco, sonho em ter moradia fixa em São Paulo, capital que abriga o Instituto do coração (Incor), onde estou internada há 8 meses na UTI. Tenho três irmãos, sendo duas meninas também cardiopatas com tratamento no mesmo hospital, o que faz minha mãe se dedicar integralmente aos nossos cuidados.
Minha história começa em Brasília, quando minha mãe (Cláudia) descobriu durante o ultrassom para identificar o sexo do bebê que eu nasceria com uma cardiopatia congênita chamada ANOMALIA DE EBSTEIN. Fuii batizada de Vitória, afinal tenho lutas desde que nasci mas com toda honra e glória a Deus sou uma vitoriosa.
A primeira batalha começaria ali mesmo na maternidade, quando passei aproximadamente um mês na incubadora até que fui para Goiânia realizar uma cirurgia de correção de válvula. De volta a Brasília, foi constatado que a cirurgia não era o suficiente e assim fomos para São Paulo, referência em cardiologia na América Latina. Aos quatro anos de idade tive uma parada cardíaca após a tentativa de um cateterismo e fui para lista de espera do transplante. Um ano e quatro meses depois, no dia 03/05/2005 durante a madrugada, fiz o meu primeiro transplante cardíaco. A cirurgia foi um sucesso, por anos me desloquei até SP de dois em dois meses para acompanhamento médico.
Até que onze anos depois, em 2015, comecei a ficar cansada fisicamente e a ter problemas renais, fiquei dez meses internada no Incor e fiz hemodiálise todos os dias por três meses porque meus rins começaram a parar. Os médicos decidiram colocar um balão intra-aórtico após uma tentativa falha de colocar um stent, mas minha pressão estava muito alta para realizar a cirurgia. Com o coração funcionando apenas 3%, no dia 31/10/2016, realizei meu segundo transplante cardíaco. Devido a urgência do meu caso, fiquei em prioridade máxima.
O governo nos garantiu boas condições para morar mas como nossa casa ficava abandonada quando vínhamos fazer acompanhamento médico em São Paulo fomos roubados três vezes e em 2020 levaram tudo, até mesmo os remédios.
Chegamos a 2023, mesmo com os exames sem apontar nenhum problema, desmaiei e acordei novamente na UTI e desde então faz oito meses que aguardo o meu terceiro coração.
O valor arrecadado nesta vaquinha será utilizado para custear a entrada em uma casa ou apartamento próximo ao hospital, proporcionando estabilidade e conforto para nossa família. Sua contribuição, seja ela qual for, faz a diferença. Se não puder doar, compartilhe minha história nas redes sociais. Juntos, podemos construir um futuro mais seguro e promissor.
Agradeço por sua solidariedade. Para acompanhar minha jornada e receber atualizações, siga-me @vitoriachaves.tx