Criado em 2007 por Matias Santiago, o Balé Jovem de Salvador é uma companhia de dança juvenil com o propósito de promover a capacitação profissional de bailarinos egressos das escolas e academias de dança, contribuindo para a promoção dos jovens artistas locais no mercado de trabalho da dança. O BJS também contribui com o desenvolvimento da cena artística local ao promover a qualificação técnica e estética dos novos agentes da dança e apresentá-los ao público apreciador desta linguagem por meio de criações artísticas produzidas ou co-produzidas pela companhia, além de temporadas de espetáculo em espaços tradicionais e alternativos, apresentações em festivais e eventos culturais no Brasil e no exterior, turnês pelo interior da Bahia, entre outros.

As atividades de formação promovidas pelo BJS consistem em aulas abertas de diferentes técnicas em dança, com grandes professores, parceiros e convidados, nacionais e internacionais, além de ensaios de manutenção de repertório, compartilhamento de processos criativos e projetos de pesquisa entre o elenco e profissionais convidados. Muitos jovens que passaram pela companhia hoje ocupam núcleos de produção artística da Dança no Brasil e no exterior, a exemplo do Grupo Corpo (MG) e a São Paulo Companhia de Dança (SP), bem como outros centros de formação como a Folkwang Universität der Künste / Alemanha e P.A.R.T.S / Bélgica.

O BJS já realizou inúmeras apresentações em Salvador (Teatro Sesc-Senac Pelourinho, Teatro Jorge Amado, Espaço Xisto Bahia, Mostra Tabuleiro da Dança, Teatro do ISBA e Teatro Castro Alves) e em cidades do interior do estado da Bahia.

Em 2014, a companhia foi contemplada pelo edital Arte em Toda Parte (Fundação Gregório de Mattos/Prefeitura de Salvador) e realizou o Conexão Barroquinha, projeto de criação de novas coreografias e remontagens, realização de workshops e temporada de seis apresentações no Espaço Cultural Barroquinha, em Salvador.

Em 2015, a companhia foi novamente contemplada pelo edital municipal, desta vez para execução do Conexão Bairros, um desdobramento do projeto anterior, e que dessa vez levou as coreografias para praças públicas dos bairros do Cabula, Cajazeiras, Pirajá e Periperi, em Salvador. No mesmo ano, o BJS estreou Bantu, uma leitura contemporânea do legado dos povos bantos que chegaram ao Brasil e suas contribuições para a gênese brasileira. A montagem estreou em Salvador e foi apresentada em Pelotas (RS).

Em 2016, o BJS apresentou o espetáculo Na Bahia de SmeTAK, junção de duas obras do repertório do BJS, que propõem o diálogo entre cena e som de maneiras distintas: em Na Bahia, o som das ruas e festas de Salvador gera estados de corpos que interagem com a arquitetura, o espaço e a temperatura da cidade; em TAK, a inventividade musical de Walter Smetak surge como pressuposto para a cena, numa tradução física dos conceitos criados e trabalhados pelo compositor e professor. Também em 2016 o BJS realiza o projeto “SOLOS BAIANOS”, projeto que reuniu seis diferentes solos de dança contemporânea por apresentação, criados por seis consagrados coreógrafos residentes na Bahia. Em cena, doze bailarinos do elenco do BJS se revezaram na execução dos solos, durante a temporada de oito apresentações, que aconteceu entre 4 e 20 de agosto, no Teatro Gregório de Mattos, Centro Cultural Plataforma e Espaço Cultural Alagados. Após a temporada, os Solos seguem se apresentando em diversos festivais, a exemplo do Jornada de Dança da Bahia, Festival de Dança de Itacaré e Vórtex (FR).

Em 2017 a companhia realiza uma nova edição do projeto Solos Baianos, agora com criações de jovens coreógrafos da própria companhia, com apresentações no Espaço Cultural da Barroquinha. Em 2018, faz uma retrospectiva dos três anos do projeto na Casa Rosada, em novembro.

Em 2019, a companhia estreia “Em pé de Guerra”, de Guego Anunciação, no Teatro Vila Velha, com sucesso de público.

Agora, em 2023, a cia irá celebrar seus 15 anos de resistência na Dança no final do mês de outubro, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves.