Vida de volta a Júlia

boa noite Olá, me chamo Julia Paiva e tenho 23 anos de idade. Luto contra um câncer desde setembro de 2021. Mais especificamente, um linfoma não-hodgkin de grandes células B primário do mediastino. Durante o tratamento do ano passado, obtive uma melhora significativa, mas durou pouco tempo. O câncer nem sequer chegou a se curar e voltou a crescer descontroladamente, fazendo com que eu tivesse que fazer mais duas linhas de quimioterapia diferentes. Ambas sem sucesso.A última tentada foi a R-Dhap, uma linha chamada quimioterapia de resgate. Essa quimioterapia é muito forte e a esperança era que com ela o tumor diminuísse pelo menos 50% do tamanho para que eu virasse uma paciente elegível para o transplante autólogo de medula óssea para que assim houvesse uma chance de me curar. Entretanto, não foi isso o que aconteceu. Após fazer dois ciclos da quimioterapia de resgate, o tumor aumentou de tamanho mais uma vez, agora com quase 11 centímetros, comprimindo completamente a veia cava e outras veias do corpo, o que me fez passar mal e ficar sem ar e sem respirar por algumas vezes. Após essa recente piora, venho emagrecido muito, pois não consigo me alimentar direito, tenho muitos engasgos, fico cansada só de ir ao banheiro ou tomar banho e o coração fica acelerado se eu ao menos levantar um pouco da cama. Dia 24/05 fui internada às pressas, pois havia ficado roxa e sem respirar. A única solução de emergência que os médicos obtiveram para que eu não morresse foi a de fazer radioterapia de emergência durante todos os dias apenas para descomprimir as veias e para que eu conseguisse respirar melhor. Mesmo assim, no dia 28/05, após já iniciadas as radios de emergência, passei mal novamente sem respirar e acabei indo para UTI.Este tratamento serve apenas para descompressão do tumor, não para me curar. Após a descompressão, ainda terei que seguir mais uma linha de quimioterapia mais forte, da qual as esperanças já não são muito satisfatórias. Há uma solução que pode mudar tudo isso. Um tipo de imunoterapia chamada CAR-T Cells.

A terapia com CAR-T Cells é uma das grandes novidades no tratamento para cânceres hematológicos, entre eles, leucemias e linfomas. Essa inovação, inclusive, motivou o tema da segunda Conferência Magna do Next Frontiers to Cure Cancer: Fatores que Governam os Desfechos da Imunoterapia com Células CAR-T. Um painel protagonizado pelo Dr. Cameron Turtle, do Fred Hutchinson Cancer Research Center, de Seattle. �CAR-T Cells: o que são As CAR-T Cells são terapias personalizadas e agem em alvos específicos, usando células do paciente e não medicamentos sintéticos. Trata-se de células de defesa do organismo, que são extraídas do paciente e moldadas em laboratório para combaterem seu próprio tumor. Depois, são infundidas de volta no paciente. Ou seja, elas atuam reprogramando as próprias células do paciente contra a doença. � Achados De acordo com o Dr. Cameron Turtle, a terapia com CAR-T Cells CD19 é um exemplo de tratamento com células efetoras imunes que podem se firmar como uma mudança de paradigma para o câncer. “No caso da leucemia linfoide aguda e do linfoma não Hodgkin, há muito entusiasmo em relação à taxa global de resposta da CD19”, afirma o Dr. Cameron.

Fonte: a.c Carmargo Cancer Center

O problema é que este tipo de terapia ainda não chegou no Brasil e o custo para este tratamento nos Estados Unidos é 400 mil dólares, o equivalente a 2 milhões de reais.

Por isso, peço ajuda a todos para que eu possa ter uma chance de sobreviver, peço para que colaborem com qualquer valor, aumentando minhas chances de poder me tratar e ter acesso a este tipo de tratamento que infelizmente não tem previsão de chegar ao Brasil em pouco tempo e o tempo está sendo precioso para mim ultimamente. Desde já agradeço a todos pela ajuda.