
Título: Aoristo
Finalidade: Arrecadar dinheiro para viabilizar a realização do curta metragem independente Aoristo, quarto filme da cineasta Julhia Quadros. Os recursos serão utilizados exclusivamente na produção, pois a equipe trabalha em regime colaborativo e sem remuneração. Como se trata de filme passado em várias épocas diferentes, exige investimentos em figurino, direção de arte e deslocamento para locações específicas, além de pequenas despesas de produção. É um filme simples e ao mesmo tempo criado com dedicação e esmero.
Valor: R$ 6 000,00 (seis mil reais).
Descrição curta: Aoristo é uma prosa audiovisual sobre o tempo, a liberdade e o poder das ideias. Prosa no sentido literário de texto narrativo e também como conversa, diálogo, troca de ideias. É também um exercício de expressão no tempo grego aoristo, isto é, sem tempo definido algum. É um filme que acompanha o caminhar de três personagens pelas ruas do Rio de Janeiro, um pouco à maneira dos escritores boêmios de outrora, em um único e absoluto movimento.
Sinopse: Miguel é o jovem empregado de um sebo, que após ficar impressionado com a leitura de certo livro, sai pelas ruas do Rio de Janeiro e se depara com estranhas situações relacionadas com locais como uma taberna, uma roda de jongo, uma tipografia, uma igreja e o vinho verde. Conhece Augusta, escritora madura com rosto ainda jovem que se esconde atrás de pseudônimos masculinos, e Francisco, velho organista muito religioso e resistente a mudanças. Juntos discutirão os paradoxos que envolvem suas respectivas condições e desejos.
Aoristo: Tecnicamente o aoristo é um tempo verbal característico de algumas línguas indo-européias antigas, mas inexistente em português. O vocábulo grego aoristos pode também ser traduzido como indefinido, sem limite, eterno, ainda que não haja qualquer relação com as concepções de tempo mais difundidas no Ocidente. Aoristo é uma ação antes de ser um tempo, uma ação sem tempo, um espasmo só, não importa o quanto dure. Como algo se sustenta?
A Realizadora: Julhia Quadros é cineasta formada pela Universidade Federal Fluminense. Dirigiu os curtas O Amor é Cego (2014), exercício estilístico, Delírio (2016), em co-direção com Carlos Laerte, criação em cinema expandido para um balé de dança contemporânea, e O Ritmo de cada Tempo (2017), antologia audiovisual experimental baseada em poemas de sua autoria, flertando com as vanguardas da primeira metade do século passado. Também bailarina profissional, atriz, poeta, crítica de cinema e escritora, considera a arte seu território natural, a qual procura expandir pela compreensão de universais insondáveis como o Tempo, a Sociedade e a Arte.
Palavras da Realizadora: Para mim Aoristo é um ensaio fílmico narrativo. Uma oportunidade para seguir com meus interesses e minha admiração pelo cinema de invenção brasileiro, especialmente minha paixão pela câmara em movimento e a capacidade de experimentação ideológica com um filme.