
Foi através de seu quintal produtivo que conhecemos Rita Barbosa – uma agricultora cheia de saberes, força e vontade de cultivar alimentos sem veneno. Com suas mãos e sua ancestralidade nordestina, Rita transformou o quintal em um espaço de vida, saúde, troca e resistência.
Ela vivia no Rio de Janeiro, onde sua casa e horta garantiam o sustento de sua família e fortaleciam a articulação local. Tudo no mesmo espaço: trabalho, moradia, cuidado com a terra e com as pessoas.
Mas essa história de construção foi brutalmente interrompida. Durante as obras dos megaeventos das Olimpíadas de 2016, sua casa e sua horta foram destruídas. Em uma tarde, Rita viu sua vida inteira ser demolida por uma máquina. Como “indenização”, recebeu uma casa condenada pela Defesa Civil – sem qualquer reparação pelos anos de cuidado com a terra e a horta, que deveriam ter sido reconhecidos como benfeitorias.
Sua vida foi demolida, mas Rita não desistiu.
Durante a pandemia de Covid-19, encontrou na terra novamente a possibilidade de recomeço. Mudou-se para Chaperó, Itaguaí (RJ), onde começou a construir, com suas próprias mãos, uma nova moradia e uma nova horta. Ali, voltou a plantar, cultivar e resistir.
"Da terra semeada por Rita, e por tantas agricultoras do Sertão Carioca, brota o sustento para vidas modestas e carregadas de sentido. Nascem desse chão, das mãos de Rita, afetos e vínculos que máquina nenhuma pode destruir."
Agora, Dona Rita precisa de nós.
Sua casa ainda é simples e está em construção. O próximo passo é fundamental: a instalação de uma laje, que garantirá mais segurança e proteção contra a chuva.
Nosso objetivo é arrecadar R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para a compra dos materiais e contratação da mão de obra necessária.
Vamos juntas e juntos construir esse novo teto!