voluntário que resgatou Juliana no vulcão AGAN RINJANI

Essa vaquinha é um agradecimento.

Um abraço do Brasil inteiro para um homem que fez o impossível — só para que uma família pudesse se despedir da filha.

Agam é um montanhista da Indonésia. Humilde, simples, com poucos recursos.

Mas com algo que nenhuma corda de resgate no mundo consegue medir: coragem e compaixão.

Quando Juliana Marins, uma brasileira de 26 anos, desapareceu no Monte Rinjani, ninguém conseguia trazê-la de volta. A espera era angustiante. A família, do outro lado do mundo, implorava por ajuda.

E enquanto as autoridades hesitavam… Agam foi.

Pagou sua passagem do próprio bolso.

Reuniu sete amigos. Levou equipamentos precários. Alguns deles, nem eram apropriados.

Mas ele foi assim mesmo.

Desceu mais de 500 metros de penhasco com risco de morte.

Ficou pendurado com cordas que arrebentavam.

Dividiu um chocolate porque não tinha o que comer.

E passou a noite toda ao lado de Juliana, preso numa rocha, amarrados por corda com frio e medo — pra não deixar ela sozinha e correr o risco “dela” cair no precipício.

“Na hora que eu desci, sabia que talvez não tivesse volta. Mas ela não podia ficar lá sozinha.”, contou ele. Gratidão

No dia seguinte, com o corpo já resgatado, ele pediu desculpas ao Brasil:

“Sinto muito por não ter conseguido trazê-la com vida. Eu fiz tudo o que pude.”

A família de Juliana respondeu com o coração aberto:

“Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que pudemos nos despedir da nossa filha. Embora o desfecho já estivesse além do nosso alcance, levamos no coração a sensação de que, se tivessem conseguido chegar antes, talvez o destino fosse outro.”

Ele não conseguiu salvá-la com vida.

Mas salvou o último pedaço de dignidade de uma história que estava terminando em silêncio.

Por isso, esta vaquinha nasceu.

Não porque ele pediu.

Mas porque ele merece.

E porque o povo brasileiro precisa agradecer.