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Uma prótese para Samuka

ID: 79662
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Criada em: 06/09/2016
Uma prótese para Samuka
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Samuel Henrique da Silveira Lima ou, Samuca, é um jovem jogador de basquete e bailarino de Hip-Hop de 19 anos, brasiliense, irmão mais velho dos três filhos de Edilene da Silveira. Aos sete anos perdeu o pai em um acidente de carro. A mãe, sozinha, ficou responsável pela criação dos três filhos com apenas a pensão do falecido marido. 

Aos dez anos o Samuca descobriu que estava com câncer no fêmur. Dez dias antes a família tinha recebido a notícia de que o irmão mais novo era portador de uma doença crônica nos rins. Por anos Edilene se revezava na doença dos dois filhos. Durante o difícil tratamento, Samuca perdeu a adolescência passando seis anos entre idas e vindas no hospital. O câncer regrediu, porém em 2011 se alastrou pela perna inteira. O médico deu duas opções ao Samuca: morrer aos poucos ou amputar a perna. 

No dia da cirurgia a família chorava, sobretudo a mãe. Enquanto isso, para se despedir da perna direita, Samuca fazia o seu movimento de break favorito: o flare. Depois da amputação, tomou remédio controlado por três anos para não sentir a dor na perna que não estava mais ali, a dor fantasma. 

Desde criança Samuca sempre teve uma pró-atividade física/corporal. A dança, o movimento, fez e ainda faz parte do seu cotidiano. O break, que tinha um papel recreativo antes da cirurgia ganhou maior relevância. A partir daí ele se apropria inteiramente da dança encontrando nela um sentido para a sua própria vida. ‘’Quando danço, não sou mais eu, é minha história todinha. Minha mãe. Uma explosão de sentimentos.’’

No primeiro campeonato de hip hop que participou, primeiro lugar; único dançarino de break brasiliense portador de necessidades especiais e um dos cinco do Brasil. Atualmente dança na companhia New Old School, de um de seus maiores ídolos. Aquele flare de despedida no quarto de hospital se multiplica hoje em mais de 60 flares consecutivos. 

Hoje Samuca é um dançarino paralímpico mas seu desejo é tornar-se um atleta paralímpico, cultivando inclusive o sonho de disputar pelo basquete as Paralimpíadas de 2020. Atualmente joga no time ICEP Brasil e dependendo dos próximos resultados nas competições pode chegar no sub-23. Para jogar basquete é necessário ter a as mãos livres. Sensação esta que Samuca desconhece desde do dia da cirurgia, pois as muletas, suas fieis companheiras, são fundamentais para a sua sustentação e mobilidade.

Ganhar a prótese daria a ele a oportunidade de redescobrir a liberdade de andar sozinho.  ‘’Tenho medo da maldade dos outros, do que podem fazer comigo. É por isso que eu não saio de casa sozinho, quase nunca viajo.’’ Com os braços livres poderá conquistar a tão sonhada autonomia de pegar uma bandeja na cozinha ou fazer um arremesso de bandeja no jogo de basquete.  ‘’Antes queria ser invisível, hoje quero mais é que o mundo me veja. Hoje sou um campeão!’’

Escrito por Frederico Araújo Alexandre e Lívia Barbosa Prado

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