
Sempre fui uma pessoa extremamente reservada, marcada por traumas e inseguranças profundas. Com isso, minha vida passou a ser mais solitária, nunca gostei de expor o que sinto, para não tornar uma piada, como faziam, tentava me encaixar aos demais, para não parecer estranha, como sempre diziam. Mas hoje, pela primeira vez, estou quebrando esse silêncio, porque cheguei no limite.
O vício em jogos entrou na minha vida de forma silenciosa. Começou como uma distração, uma fuga dos problemas e da realidade difícil que sempre me acompanhou. Mas essa fuga virou prisão. Perdi o controle, o tempo, e, principalmente, perdi dinheiro. Muito dinheiro. Dinheiro que não era só meu, afetou minha família, minhas responsabilidades e minha saúde mental.
Senti vergonha. Me isolei ainda mais. A culpa, o medo e o desespero tomaram conta. E houve um momento, um dos mais escuros da minha vida, em que tentei desistir de tudo. Tentei dar fim à minha dor de forma definitiva. Mas não consegui, aquela voz, doce, suave e inocente me chamando de Mamãe, me fez cair aos prantos e desistir do ato, como eu poderia deixá-lo? - me perguntei. E talvez isso tenha sido um sinal: ainda existe uma chance de recomeçar.
Estou aqui pedindo ajuda, com o coração na mão. Não é fácil para alguém como eu expor essa realidade. Mas cada contribuição, por menor que pareça, é um passo para eu reconstruir minha vida. Estou tentando ser forte o suficiente para não desistir de mim mesma e de quem eu mais amo.
Se você puder ajudar, com qualquer valor, já estará fazendo muito mais do que imagina.
Desde já, fica a minha gratidão!