Se você conhece a Marilene, creio que não há nada de novo que eu possa inserir aqui - é provável que já tenha colaborado, com um sorriso no rosto, sem nem ler a descrição dessa vaquinha.
Agora, se você não a conhece, além de constatar o extremo azar que você tem, eu gostaria de te dizer umas palavrinhas sobre ela:
1. Marilene mora em um bairro muito simples em Belém/PA, na casa que era de sua mãe, com sua família (filhas, irmã, cunhado, sobrinhos). A casa, em todas as chuvas da nossa terrinha, sempre alagou - mas a Marilene gosta de focar nas coisas bonitas: ela planta roseiras na casa, em homenagem à sua falecida mãe, e diz que a casa é pertinho da parada de ônibus e "muito bem localizada";
2. Passada a marca dos 50 aninhos (não vou dizer ao certo, ela é uma moça!), Marilene permanece trabalhando muito duro para dar uma boa condição de vida à sua família. Ela é mãe solteira de duas meninas lindas e faz das tripas coração para que as meninas tenham a melhor educação que podem ter (a mais velha passou em Jornalismo na Universidade Federal do Pará e a mais nova é bolsista integral em escola privada na capital, ambas reconhecidas por suas excelentes notas - razão pela qual a escola concedeu a duas pessoas da mesma família bolsas integrais ao mesmo tempo). Isso porque, apesar de não ter se formado, Marilene acredita que a educação é o caminho para um futuro melhor. Para isso, a Mari é secretária, boleira e doceira nas horas vagas e investe muito, muito mesmo, na educação de sua família.
3. Ela luta muito pelas mulheres, pela classe trabalhadora, pela educação no Brasil e tem uma força e um sorriso que eu nunca vi na vida. De verdade, é uma das pessoas mais solidárias que eu conheço. E eu a conheço há muitos anos.
Nunca a vi chorar na vida. Até agora.
As chuvas na cidade de Belém aumentaram exponencialmente neste mês de março. Com elas, vieram o transbordamento de rios e, com eles, enchentes como nunca antes vistas. Ruas que jamais alagaram em Belém começaram a alagar.
A casa da Mari alagou como nunca antes. Dessa vez, perdeu mesa, fogão, sofá, roupas, parte do material que usava para fazer bolos, dentre outras coisas, que ela nunca me disse.
É que ela, muito acostumada a ajudar os outros, não sabe pedir ajuda.
A casa, agora, sofre risco de desabamento e precisa, urgente, de reforma.
O orçamento preliminar ultrapassa a marca de vinte e três mil e trezentos reais (os quais, somados às taxas bancárias e da vakinha, alcançam o valor acima). A Mari não tem esse valor.
Mas, juntos, podemos alcançá-lo.
Se há algo que a Mari nos ensina diariamente é a pensar no próximo e a sorrir, mesmo nas adversidades da vida. Gostaria de vê-la sorrindo de novo, na casa que era de sua mãe, com suas roseiras.
Você pode ajudar?
P.S.: Ainda que não tenha como ajudar financeiramente, se você vive na cidade de Belém, eu indico fortemente os bolos, doces e salgados da Mari. Segue ela no instagram e prova você mesmo! @mari.pinheiro07 <3!