
Esta é uma campanha solidária para ajudarmos nosso amigo Izaqueu Moreira.
Izaqueu é natural de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha e veio para Belo Horizonte em 2016 para dar continuidade a seus estudos, nesse mesmo ano conseguiu uma vaga para cursar licenciatura em música na UFMG , onde pela primeira vez teve contato com aquele que viria a ser seu instrumento principal, o Oboé.
Através de uma disciplina de estudos complementares no instrumento ele teve a possibilidade de fazer aulas com o professor do curso de bacharelado em Oboé e para realizar as aulas práticas a universidade lhe emprestou um instrumento, que ele vinha usando desde 2017; durante esse curto espaço de tempo Izaqueu fez importantes conquistas, atuando como músico na Orquestra Sinfônica da instituição, na Orquestra Sinfônica de Betim, na Orquestra de Formação e transformação (OVO) e tocando em espaços importantes no cenário musical de Belo Horizonte, como a Sala Minas Gerais e o Palácio das Artes. Além das orquestras ele fez participações em diferentes grupos instrumentais dentro e fora da universidade através de projetos de extensão universitária, tocando para crianças e jovens em escolas públicas e projetos de música pela cidade.
No último dia 23 de Outubro, quando estava a caminho de um concerto em Betim, Izaqueu que tinha o hábito de colocar o case do instrumento na mochila, saiu de casa já atrasado por volta de 14:10h, ele havia combinado com dois colegas músicos de dividirem um carro de aplicativo para se dirigirem ao local do concerto, na pressa ele colocou as roupas do concerto na mochila e saiu carregando o instrumento na mão; um dos amigos iria pedir o carro de sua casa, e ele junto com sua colega o esperariam em um ponto de ônibus situado na Av. Carlos Luz nº 4269; ao chegar no local, o músico colocou o instrumento apoiado sobre o banco do ponto de ônibus, a mochila na frente do case e ficou conversando com sua colega violinista, minutos depois quando o carro se aproximou, por volta das 14:25h, o estudante, que estava distraído, entrou no carro e deixou o instrumento sobre o banco. O carro seguiu viagem e ele só veio a perceber minutos depois; no mesmo carro ele retornou ao local o mais rápido que pôde mas já não encontrou o instrumento.
Desde então o músico, junto com amigos e colegas de profissão tem se empenhado para tentar encontrar o instrumento, por meio de divulgação em redes sociais, cartazes, informes e publicações nos meios de comunicação; infelizmente até o momento não teve nenhuma informação do paradeiro do Oboé.
https://www.youtube.com/watch?v=iSEIUpkPpZk
Diante disso, Izaqueu enfrenta dificuldades para manter seus compromissos nas orquestras em que toca, e vem sendo prejudicado na sua prática diária com o instrumento, o músico que pensava em fazer um recital no final de Dezembro se viu obrigado a cancelá-lo às pressas devido ao ocorrido com o instrumento; a poucos dias de uma seleção para participar de um concerto com a Orquestra OVO na Sala Minas Gerais, o estudante desistiu de participar do processo e semanas após ter conseguido uma vaga no Festival Internacional de Música de Pelotas RS, comprado as passagens aéreas e pagado pela inscrição, ele também vê essa oportunidade ameaçada por não ter um instrumento adequado para participar da semana intensiva de aulas e concertos.
A pendência com a universidade em relação ao instrumento perdido também preocupa o estudante, o Oboé é emprestado para alunos de baixa renda que ainda não possuem condições financeiras de comprar o próprio instrumento (tendo em conta seu preço bastante elevado) e ao assinar o termo de responsabilidade do equipamento é declarado:
“Declaro, para os devidos fins, junto à seção de patrimônio da Escola de Música da UFMG, que, de acordo com os termos da Resolução 01/2017 que trata do assunto, recebi como empréstimo, o instrumento/equipamento especificado para utilização em fins acadêmicos. Comprometendo-me a devolver o instrumento/equipamento emprestado findo o prazo estipulado em perfeitas condições de uso e manutenção. Ocorrendo extravio ou dano, o instrumento deverá ser reposto ou reparado, de acordo com a extensão do dano, em prazo estabelecido pela congregação, respeitando-se as características e a marca do original, sem o prejuízo das medidas legais cabíveis.”
O Oboé utilizado pelo músico da marca Oscar Adler & Co. Mod 6000 foi adquirido pela escola de música em 2011 por cerca de R$ 20.000,00, o mesmo instrumento novo, no entanto, custa hoje quase o dobro desse valor (cerca de R$40.000,00 ).
https://www.thomann.de/gb/oscar_adler_co_6000_oboe_soloist_model.htm
Para a reposição do instrumento a escola de música faz três orçamentos para definir o valor atualizado do mesmo Oboé com a devida depreciação pelo tempo de uso, e o estudante repõe o montante equivalente ou compra para a escola um outro equipamento, obedecendo o valor estipulado e respeitando prazo estabelecido pela congregação, que no momento da criação dessa vaquinha ainda não foi definido.
Analisando instrumentos semelhantes ao usado pelo Izaqueu, pode-se dizer que é possível, atualmente, comprar um instrumento do mesmo, em condições de uso semelhantes, por cerca de R$25.000,00; ele ainda espera decisão da congregação sobre quando precisará repor esse valor à universidade, mas precisa urgentemente de um instrumento para seguir com sua vida como músico e principalmente para não perder a chance de participar do Festival Internacional de música de Pelotas, onde terá oportunidade de fazer aulas com importantes professores brasileiros e estrangeiros.
Nesse sentido viemos anunciar essa campanha para ajudá-lo na aquisição de um instrumento, a ser negociado por meio de parcelamento devido à urgência em que ele precisa do Oboé, pedimos que por favor nos apoie com uma contribuição de qualquer valor ou ajude na divulgação dessa Vaquinha por meio de suas redes sociais.
O músico está oferecendo como contrapartida um concerto especial para os benfeitores a ser realizado na escola de música, no final do primeiro semestre de 2023, com participação de músicos convidados e transmissão ao vivo.
Nosso amigo se compromete também a prestar contas pessoalmente dos valores doados e da destinação do dinheiro, quando da aquisição do valor necessário para quitação do novo instrumento.