Um cãopanheiro para Clarisse e Arthur
Olá! Me chamo Alyne e sou mãe dos pequenos "Clarisse e Arthur"!
Clarisse sempre foi uma criança doce, carinhosa, curiosa e sapeca. Sempre muito aquém das crianças da idade dela... Uma pequena muito inteligente! Começou a sentar sozinha com 4 meses (nunca ajudamos com apoio, ela simplesmente levantou e sentou). Começou a andar com 9 meses e falar com 10. Falava frases em inglês e espanhol também... Nunca teve nenhum problema com a alimentação ou socialização.
De repente começamos a notar que ela era hiper sensível a toques, abraços, beijos (mas até aí achávamos ser algo da personalidade dela). Ela também parou mais de falar e passou a balbuciar mais. Soltava palavras no meio de segundos de balbucio e começou também a se restringir a determinador alimentos. Ela já não comia mais feijão, nem carnes, saladas e só aceitava determinadas frutas (percebi que tinha algo relacionado a textura ou tamanho dos alimentos). Notamos também que ela estava piorando do sono incomodo (ela sempre teve problemas para dormir)... Ela agora passava a chorar, gritar e se bater, mesmo sem abrir os olhos e nada a acalmava, exceto o tempo dela mesma( isso também ocorria quando ela estava acordada e era muito pior). Ela já não brincava COM os amigos. Entenda: ela gostava de tê-los por perto, mas era a brincadeira dela aqui, isolada, com amigos do lado... Não a mesma brincadeira.
Bom, esperei por alguns meses, pois pensei que poderia ser algo de fase, algo passageiro. Mas passados alguns meses cogitei a possibilidade de ser algo mais sério, pensei até mesmo no Autismo, mas ainda não tínhamos procurado um profissional, até que o neurologista nos deu o pré-diagnostico, que foi confirmado logo em seguida pela fonoaudióloga e psicóloga. Desde então, a pequena vem em tratamento. Evoluiu muito mesmo a questão da fala, hoje ela consegue descrever situações (mesmo tendo dificuldade as vezes), já fala frases cheias, e se curtas, consegue preenchê-las. Aumentou um pouco o cardápio e está mais aberta a novos alimentos. Porém, a questão da irritabilidade e TOC são muito latentes nela. O motivo pela qual suas terapeutas pediram que tentássemos conseguir - especificamente- um filhote de Golden, por sua personalidade e temperamento.
Bom, o Arthur, temos uma história um tanto complicada com relação a ele. A minha gravidez era de risco (tenho fibromialgia) e vivia internada, tomando remédios fortes para dores bem agudas também. Com seis meses de gestação, num exame de rotina, soube que uma das minhas artérias uterinas havia se rompido e que o Arthur com certeza viria ao mundo mais cedo. Comecei então um tratamento a base de corticóides para amadurecer o pulmão dele, e com 32 semanas de gestão, após uma semana internada e negligenciada pelos médicos (sendo que deveria repetir os ultrassons com doppler a cada dois dias, e passei 1 semana sem repetir nada), depois de uma nova médica entrar de plantão, implorei pelo exame e foi constatado menos de 5mm de líquido amniótico... Era a hora. Cesárea de emergência!
Nosso pequeno nasceu bem, mas enquanto estavam fechando o corte houve uma correria... Ele estava indo para a UTI (só soube quando estava na sala de repouso). Ele passou apenas 5 dias na UTI e 2 no quarto do hospital... Mas meses depois soubemos que ele tinha encurtamento do nervo da perna esquerda e precisaria de fisioterapia. Quando ele começou tinha apenas 5 meses e até hoje estamos aí. Se não fosse por isso, hoje ele não saberia sentar e nem andaria. Sou muito grata por isso!
Há poucos meses também comecei notar alguns sinais no Arthur. Ele não olha nos olhos, só aceita o toque da mamãe ou da babá (raramente ele vai com outra pessoa), passou a não querer comer ou segurar na mão determinadas coisas por textura ou tamanho também. Ele ainda balbucia apenas "caca". Não aponta para as coisas, não consegue seguir um comando (como quando tentamos ensinar algo a ele), não atende quando chamado pelo nome e não sabe quem é a mamãe e o papai (apenas dizendo a ele). Isso nos fez buscar ajuda e veio o pré-diagnotico também. E cá estamos, iniciando o tratamento dele com os profissionais adequados. O nosso pequeno é doce e carinhoso, todo manhoso e dependente. Um amor!
Então surgiu a opção da Terapia Animal, uma prática já adotada em muitos países pelo mundo e que tem mostrado excelentes resultados.
No início da nossa campanha, não tínhamos nem mesmo o cão em vista. Foi sugerido que procurassemos especificamente por um Golden Retriever, por seu temperamento, linhagem, personalidade, por se tratar de duas crianças autistas.
Encontramos algumas pessoas que no início nos prometeram ajuda. Nos fizeram de fato obter a Aurora e até foi prometido que receberiamos gratuitamente um adestramento adequado para tal situação (algo pactuado no contrato de aquisição da cadela) e que hoje, 2 anos após tudo isso não foi cumprido. Trazendo um sentimento de abandono, medo de ela não conseguir um adestrador que consiga obter resultados ao tempo de conseguirmos pagar por tal serviço. Afinal, ela já passou da infância canina.
Nossos gastos são já bastante altos se contarmos com deslocamento, tratamento, plano de saúde, alimentação (que muitas vezes precisa ser especial), entre outros. E isso para duas crianças! Não teríamos como segurar os custos da Aurora. Por isso precisamos da ajuda de todos vocês. Atualmente, a Aurora está com vacinas atrasadas, sem consulta, precisando de vitaminas e remédios, emagrecendo e não temos muito o que fazer... Não estamos conseguindo arcar com os gastos.
A Aurora já está conosco há quase 2 anos e não sei dizer o tanto que ela já ajudou nossos pequenos, mesmo sem o devido adestramento. Mas tem feito falta... as vezes na rua, crises e ela não está conosco.
Precisamos de ajuda para dar continuidade a nossa campanha de meta tão nobre.
Contamos demais com a ajuda de vocês... Nos ajudem a trazer mais alegria, amor, esperança e qualidade de vida à nossa família! Obrigada. ❤️