Vaquinha criada em: 20/01/2023
Oi gente!! Faço parte deste grupo desde 2019, que é quando iniciamos o grupo, a idéia principal era o bolão da mega. Para quem está aqui desde o primeiro dia como eu, deve se recordar que tudo teve início após os funcionários do Gabinete do PT terem ganho um bolão de milhões da mega, e eu como muitos que acompanham o Kombi no face sugerimos que fizéssemos o mesmo, e assim fizemos, claro que sem o principal articulador Kombi nada disso teria acontecido. O desejo e o sonho de ganharmos sempre esteve presente e permanece, mas desde a pandemia as prioridades foram se alterando, o grupo se fez muito mais solidário do que desejoso por dinheiro. Doamos juntos muito mais do que recebemos, se levarmos em conta, durante todo esse tempo tivemos nas mãos um prêmio de milhões em arrecadação. Parte disso investido em realizar o sonho de sermos ricos , mas a maior parte foi investido também em realizar sonhos de pessoas que nem conhecemos, mas que precisavam de tão pouco, ou tão menos do que nós, que em muitos momentos fomos ricos, e nem nos demos conta disso. Muitas famílias tiveram comida na mesa, um medicamento, um exame importante, prótese, dentadura, enfim... Custeado pela generosidade do grupo. Estive presente em todas as ações, faço questão de partilhar mesmo que com muito pouco, e muitas vezes era tudo o que eu tinha. Algumas coisas ao longo do caminho foram se descaracterizando, mas desde que eu acreditasse na causa, fiz questão de contribuir. Há um tempo atrás compartilhei aqui no grupo a situação de uma família de refugiadas Venezuelanas, que na madrugada bateram a minha porta com duas crianças pedindo abrigo pois não tinham para onde ir, e consigo trouxeram apenas uma mochila com pertences do bebê. Naquela ocasião eu não tinha muito o que fazer senão ceder lhes um lugar e comida na mesa. Tirei minha mãe e meus filhos da cama naquela noite e lhes dei para dormir. Não estou aqui para demonstrar generosidade nem nada disso, mas para partilhar com vcs, e desta vez pedir-lhes ajuda, pois não tenho braços neste momento para mais. Naquela ocasião, juntei tudo o que pude, aluguei uma casinha humilde, modesta, mas que as ajudaria a recomeçar, doei móveis que eram meus, consegui com ajuda de amigos fogão, geladeira e tudo o mais que elas precisavam para viver com o mínimo de dignidade. Conseguimos cadastrá-las no bolsa família, auxílio da assistência social aqui da cidade, inclusive cestas básicas. Hoje essas duas moças tem um teto para abrigá-las e comida na mesa. Maaaas como nem tudo são flores, a mais nova é a mantenedora da casa, com seu salário de 1.200,00 e envia metade disso para a família na Venezuela. Essa moça chama-se Leidy, é uma graça de menina, carinhosa, doce, generosa. A irmã, mãe das duas pequenas trouxe para com elas o marido e desde então as coisas não tem sido boas para a Leydi. Hoje a Leidy encontra-se em depressão, a irmã que ela tanto cuidou com as duas sobrinhas está muito bem e feliz com o marido e as filhas, se refazendo e construindo uma nova vida, esqueceu-se de Leidy. O marido da irmã a distrata e a responsabiliza por manter a família que é dele. Leidy perdeu espaço e vive hoje como se fosse a agregada, mas com obrigações do homem da casa. Ontem ela veio até mim novamente, desta vez pedir que lhe conseguisse um psicólogo gratuito, para que consiga suportar a vida que está levando longe dos seus e com tamanha responsabilidade. Leidy tem só 21 anos, atravessou a fronteira terrestre sozinha e por 60 dias dormiu no chão, passou fome e frio, sendo inclusive aliciada em Boa Vista. Não imagino um filho meu em condições semelhante. Ainda ontem também, a irmã mais velha da Leidy, que ainda está na Venezuela entrou em contato comigo pois está preocupada e pediu-me que a ajudasse com a irmã. Hoje, não tenho condições para mais, senão contar que o grupo de algum modo possa me ajudar. Não tenho como receber a Leidy em minha casa novamente, comigo moram neste momento meu marido, meus três filhos, minha mãe, meu genro e meu neto. Apenas o marido e eu temos renda. Preciso de ajuda para trazer a irmã mais velha da Leidy da Venezuela para cuidar dela, já arrumamos-lhe emprego para quando chegar. Mas os custos para mim nesse momento não são possíveis, sequer receberei PDE. Eu não faço rifa, não sei fazer, nunca sequer pedi algo, mesmo que necessidade houvesse, mas desta vez guardei minha vergonha no bolso e vim aqui, neste grupo compartilhar e pedir sim , pois se Deus tocar no coração e dele for a vontade, eu acredito que posso conseguir. Para trazer Greydis, irmã da Leidy o custo é de 4.669,00, por via aérea, já que ela trará consigo uma criança de 3 anos. Cotado pela Copa Airlaines em promoção para 05 de março, um único voo disponível, que a traria direto para São Paulo. Gente, não quero o dinheiro, quero a passagem para trazê-la, pois nem limite no meu cartão eu tenho, senão eu mesma compraria. Talvez alguém tenha milhas e queira doar. Sinto em compartilhar, mas acredito que pra tudo tem um Deus, e ele não nos uniu aqui neste grupo sem que houvesse um propósito. Por fim, poderia descrever tantas coisas das quais entre elas presenciei, mas encerrarei por aqui, agradecendo a cada um de vocês por ao menos terem se dado ao trabalho de ler o meu extenso relato. Amo vcs gente, daqui até Brasília e mais... Obrigada por tudo!!