Idosa imigrante e quase cega: vende bombons para não morrer de fome e não ser despejada

Dona Tomasa tem 75 anos. Veio da Venezuela fugindo da fome, da miséria e da violência. Hoje, vive sozinha, com a visão comprometida pela catarata e dores constantes por conta de uma hérnia já operada.

O que tinha pra comer no dia em que a encontramos? Duas batatas cozidas.

Sem família, sem apoio e agora sem o benefício que recebia, pegou R$70 emprestado com uma amiga, não pra comer mas pra tentar empreender. Comprou doces e saiu pelas ruas pra vender. Mas ontem, depois de horas caminhando, voltou pra casa com apenas R$8. 

Em dezembro, Dona Eliane a encontrou embaixo de uma ponte na Ponta Negra, vendendo bombons com olhar triste sem atrair ninguém. Ela ouviu sua história e teve uma ideia: levou seu cachorro Adolfo, que recebeu esse nome em homenagem a um idoso que também enfrentou o abandono.

Naquele dia, Adolfo se sentou ao lado da Dona Tomasa e as vendas explodiram. O cãozinho chamou atenção, as pessoas paravam, ouviam e ajudavam dona Tomasa. Desde então, ele virou seu companheiro de vendas, mas quando Adolfo não vai as vendas desabam.

Ao conhecer sua história, lançamos uma primeira vaquinha para comprar uma casinha pra ela. Mas não conseguimos arrecadar um valor suficiente.

Agora, estamos lançando uma nova campanha para completar a quantia da primeira Vakinha e realizar o maior sonho dessa senhora: ter um casinha simples pequenininha. Ela já passou por tanta coisa. Ela merece viver a velhice com dignidade e paz.

PIX da campanha: tomasagestos@vakinha.com.br