
Já imaginou acordar todos os dias e não conseguir sair do lugar? Ver o mundo acontecendo lá fora enquanto você fica preso dentro de casa… não por escolha, mas por falta de opção?
É assim que têm sido meus últimos seis meses e meio. Desde que perdi minha cadeira de rodas, minha liberdade ficou suspensa. Tudo aquilo que eu lutei tanto para conquistar — minha independência, meu trabalho, minha dignidade — ficou em pausa.
Mas antes de te contar onde estou, deixa eu te contar de onde eu vim.
Eu nasci com o cordão umbilical enrolado nove vezes pelo meu corpo. Isso me deixou com uma deficiência que mudou completamente a forma como o mundo me vê — e como eu vejo o mundo. Passei a infância ouvindo mais "não" do que qualquer criança deveria ouvir. Sofri bullying, vivi o preconceito na pele, e ainda assim encontrei força para seguir.A vida foi dura. A dor quase me calou. Mas a arte me salvou.
Me tornei fotógrafo. Não qualquer fotógrafo — me tornei um dos grandes nomes da música eletrônica no Rio de Janeiro. Descobri que, através da lente, eu podia mostrar ao mundo o que meus olhos veem: beleza, emoção, resistência, vida.
E foi ali que tudo começou a mudar. As pessoas que antes me olhavam com pena ou julgamento, passaram a me admirar. Eu finalmente estava voando.
Mas agora, sem minha cadeira, essas asas foram arrancadas.
Hoje, eu não peço caridade. Eu peço apoio. Peço que você me ajude a voltar a fazer o que eu amo, a voltar a viver com dignidade, a seguir inspirando quem, assim como eu, já pensou em desistir.
Cada contribuição nessa vakinha é um empurrão na minha cadeira. Um gesto que diz: "Você não está sozinho".
Se você puder doar, eu agradeço com todo meu coração. Se não puder, compartilhe essa história. Alguém do outro lado pode ser a chave para mudar tudo.
Vamos juntos bater essa meta e devolver o meu voo.
Com amor,Rick Bruno 💙💙