
Novo Hamburgo, 12 de abril de 2002. Nascia a sobrinha Daniela Brandão Mesquita com síndrome de down bem acentuado.
Meu irmão Mário se desesperou. Em seguida o cardiologista dá a notícia que ela tem que fazer uma cirurgia de coração, pois não tem todas as cavidades.
Passado um tempo o médico do Instituto do Coração POA, disse que a pequena Daniela teria que fazer outra cirurgia para colocar um material que tivesse elasticidade e acompanhar o crescimento dela.
Deixaram a vida na cidade de N.H, pagavam aluguel, mas a Daniela precisava de atenção e cuidados especiais.
Vieram morar no litoral norte. Tinha muitas despesas, aluguel, fraldas e os medicamentos de uso contínuo. Mário pescava e trabalhava de auxiliar de pedreiro, o qual nem sempre conseguia serviço para ajudar nas despesas da casa e da pequena Daniela.
Eu e meu esposo sempre estendíamos a mão e isso foi durante anos e anos ajudando com remédios, fraldas, leite, rancho, roupas, calçados, etc...
Quando a pequena Daniela fez 1 ano e meio veio a doença da mãe Cláudia com câncer no útero em estado bem avançado.
A Daniela dava os primeiros passos. Foi uma luta muito grande, entre hospitais, radioterapia, etc...
Mas a vontade dela(mãe) de viver para cuidar da pequena Daniela fez ela vencer o mal que ficou adormecido por 08 anos mais ou menos.
Em seguida o pai de Cláudia (vô da pequena Dani) morre com câncer no esôfago.
Deixou uma herança de mais ou menos RS 120.000,00 reais o qual a mãe de Cláudia vó da pequena Daniela e a única irmã de Cláudia, negaram a parte dela, não repassando nenhum centavo, mesmo vendo as dificuldades que enfrentavam dia após dia.
A casa com chão de barro úmido, paredes com frestas enormes muito frias as duas doentes precisavam de cuidados especiais devido a saúde delicada.
O vô da pequena Dani tinha uma casa na praia de Santa Terezinha Imbé. A minha cunhada Cláudia para sair do aluguel foi morar na casa e colocou a mãe na Justiça para requerer a parte dela da herança ou a casa da praia.
Mas a vó(mãe de Cláudia) não gostou e nem a outra filha(irmã de Cláudia). E tenta até hoje colocar a pequena Daniela e seu pai no olho da rua.
Em 16 de 07 de 2019 fazem 05 anos que minha cunhada faleceu. Morreu nos braços de meu irmão na ambulância indo para POA, e pedindo que ele perdoasse a mãe e a irmã , mas que desse continuidade com o processo na Justiça para que a Daniela não ficasse sem teto.
Passou um tempo, apareceu um câncer no reto da vó (mãe de Cláudia). Pensamos que ela se aquebrantaria e iria desistir de tirar a casa, pelo contrário passou procuração para a filha (irmã de Cláudia), continuar com a causa na Justiça.
Ela odeia meu irmão e a pequena Daniela, nunca quis nem conhecer e odiava a irmã(Cláudia).
Uma vez pedi para ajudar a irmã e a sobrinha , pois eu estava com dificuldades no momento ela mandou me dizer que queria que eles morressem de fome.
Agora mesmo, que ela vai fazer o processo correr para colocar na rua da amargura a pequena Daniela.
Já se passaram 10 anos e o processo ainda está na Justiça de Tramandaí Hoje 12 de abril de 2019, fui passar a tarde com a Daniela e levar a lembrança que preparei.
Fiz uma nega maluca que ela gosta muito. Completou hoje 17 anos. Está linda e carinhosa como sempre.
Mas eu e meu esposo voltamos com o coração partido de ver que ela necessita de um lar de verdade com tudo do bom e do melhor para viver com dignidade.
Meu irmão não pode mais trabalhar , está com artrose no braço esquerdo no punho, cotovelo e ombro.
Devido ao trabalho de pedreiro fazendo massa e carregando peso. A advogada de Tramandaí está tentando aposentá-lo mas até agora nada. Já negaram várias vezes.
Quebrou um cano e deu vazamento gerando multa .A Corsan cortou a água e a pequena Daniela ficou sem banho.
O vizinho se condoeu e emprestou água com uma mangueira para o uso durante o dia. A água está ainda no nome do vô e a vó (pais de Cláudia) não dá a escritura da casa para trocar o nome na Corsan.
Estou muito triste, pois não tenho condições no momento de dar o que ela precisa para viver com o mínimo de dignidade.
Queria poder dar tudo a ela para amenizar uma vida de sofrimentos pelo qual passou e passa ainda até hoje.
Dar uma casa mobiliada com um quarto que nunca teve. E para não ver ela sofrer quando a vó ou a tia coloca-la na rua no final do processo.
Meu esposo Manoel tem 67 anos, eu vou fazer 65 semana que vem. Meu sonho é ver ela FELIZ e por isso que estou aqui pedindo esta ajuda.
Muito obrigado e que Deus abençoe a todos.