Jornada de Olívia, 42 anos, começou no Rio e acabou sem emprego e sem creche para filho de 4 anos em Porto Alegre
No início da noite de quinta-feira a carioca Olívia Dias, 42 anos, chegou ao plantão do Conselho Tutelar de Porto Alegre, localizado no bairro Rio Branco. Ao seu lado estava o filho de quatro anos. Ela se dirigia às conselheiras presentes com aquilo que classificou como a coisa mais difícil que já fez na vida: pedir para que o Estado conseguisse um abrigo para o menino por ela não ter condições de cuidar dele.
A história de Olívia começa no estado do Rio de Janeiro, de onde é natural. Durante os primeiros oito meses de vida do garoto ela morou com o pai da criança, mas as brigas constantes com o companheiro fizeram com que decidisse se separar. “Não queria que ele ficasse naquele ambiente”, diz ao falar da decisão. Foi logo depois disso que começou a vender comida na rua, após ter muitas portas fechadas na procura por um emprego formal. “Eu conseguia alugar uma casa, e dar sustento ao meu filho, mas algumas amigas insistiram para que eu fosse para Florianópolis dizendo que lá eu me daria bem”, lembra. Só que a promessa de uma vida melhor ficou apenas na promessa, e Olívia não conseguiu emprego além de, principalmente, uma creche onde o filho pudesse ficar enquanto procurava sustento!
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