
Janaína Huffenbaecher, é professora de Matemática da rede municipal em Novo Horizonte.
Há 2 anos, mudou-se para a Irlanda com a família.
Abaixo, o relato da filha, explicando tudo o que aconteceu:
"Desde janeiro ela tem sentindo dores intensas.Em abril, as dores voltaram ainda mais intensas e mais frequentes, na emergência, eles a medicaram, deram uma receita e solicitaram ultrassom.O novo medicamento foi receitado para uma semana, ao acabar, as dores voltaram, então foi feito ultrassom e descoberto que havia um cisto no ovário esquerdo, e era ele quem estava causando tantas dores e desconforto. Com recomendação médica, disseram que se as dores persistissem e agravassem, era para buscar a emergência do hospital da faculdade, por terem mais recursos e caso houvesse necessidade, iriam operá-la (cirurgia na Irlanda é sempre a última opção, quando não existe mais o que ser feito).Dois dias depois do ultrassom e o retorno, as dores novamente se intensificaram e não cortava mais com medicamento, e assim foi para a emergência da faculdade, no dia 08/05 às 21:30.Lá foram feitos muitos exames e decidiram que a internariam.Analisaram os resultados, disseram que era urgente, pois o cisto havia torcido e por isso estava causando intensas dores.
Por ela ter tido um câncer raro na tireoide em 2014, não haveria possibilidade de tratamentos com anticoncepcionais.Dia 15/05, fizeram a primeira operação, a princípio, uma cirurgia “simples”, apenas extração de útero, trompas e ovários. Mas complicou quando, a médica antes de operar, mencionou que tentaria preservar o ovário direito. Ao retirar o ovário direito, ele estava grudado com o intestino delgado e então precisou remover uma pequena parte dele, mas isso complicaria um pouco em sua recuperação, mas nada sério. Após tentar se alimentar, teve dores insuportáveis e voltou a ficar debilitada.Dia 20/05, a médica cirurgiã solicitou uma nova bateria de exames e pediu para que deixassem ela de jejum, caso precisasse de uma nova cirurgia. Demonstrava melhora, não reclamava mais de dores intensas, até mesmo andou sozinha, o que não estava conseguindo fazer nos dois dias anteriores.Fez raio-x e tomografia computadorizada com contraste, porém, a médica chegou, e disse que teria que ir para o centro cirúrgico novamente, pois o intestino estava vazando líquido, o que causou infecção. A nova cirurgia, foi de risco, pois estava com anemia antes da primeira operação, recebeu transfusão de duas bolsas de sangue, pois estava há dias sem se alimentar. Removeram mais um pedaço do intestino delgado, uma parte do tecido da bacia do lado esquerdo, apêndice, e precisaram fazer lavagem no estômago. Se encontra na “UTI”, tem se recuperado bem, mas devagar, está com tubo de oxigênio e bolsa de colostomia. Serão alguns meses para a recuperação".(Hiara)
Dia 07/06: atualização:
"Diferente do pensávamos, o cisto não era o problema, mas sim um câncer no cólon, descoberto após a primeira cirurgia. Daí a necessidade e urgência da segunda, para remover tudo que estivesse afetado. De acordo com os médicos, era um câncer agressivo, estágio 3.Foi feita a remoção de tudo e provalvemente terei alta na segunda feira, para que continue minha recuperação em casa. E em 1 mês mais ou menos daremos início ao tratamento. Portanto, a recuperação será um pouco mais demorada e precisarei ainda mais de orações e ajuda.
Confiante de que DEUS está cuidando de tudo" .
Após meses de muitas incertezas, uma coisa sempre esteve certa: a fé!
Dia 15/07 o tratamento com quimioterapia inicia-se.
Ainda precisamos de ajuda, seja com orações, contribuindo ou compartilhando.
Deus abençoe a cada um!