
O grupo Teatro do Incêndio vai fazer 30 anos em um momento que não conta com nenhum apoio, subsídio ou outra maneira de financiamento que não sua bilheteria. Todo valor arrecadado será unicamente usado na produção do espetáculo, ganhando os atores e atrizes pela entrada de público. Os ingressos custarão 80,00, dividida a receita entre participantes.Esse projeto permite apenas a produção da peça e não visa lucro com essa arrecadação, procurando levantar o espetáculo para a temporada por bilheteria. O Teatro do Incêndio tem seu público e não está contemplado com nenhum edital e nem tem fundo de caixa para se manter atualmente. Precisamos de sua ajuda para a estreia de nossa nova peça, pois é isso que fazemos. Usaremos e prestaremos contas o valor da seguinte forma:
Total: R$ 35.000,00
Precisamos das doações, pois não temos nenhuma outra forma de financiamento para a produção do espetáculo “São Paulo Surrealista”.
O espetáculo é uma ode à cidade de São Paulo e aos seus personagens, confrontando – em um jogo de imagens sobrepostas – as contradições e fantasias da metrópole. A montagem – que teve consultoria do escritor e poeta Claudio Willer – não conta, necessariamente, uma história. Para revelar a cidade real, nada é realista. Os textos são colagens emolduradas por imagens e figuras da metrópole, sejam elas reais ou distorcidas, tendo na música ao vivo um elemento essencial para traduzir a pulsação. Os Nove Círculos do Inferno são os degraus propostos pelo espetáculo, inspirados na primeira parte da Divina Comédia (Dante Alighieri), para explorar os signos, ou infernos, da cidade.
A montagem propõe também que o público perceba a cidade pelos olhos de André Breton, um dos criadores do surrealismo, em um jogo que ressalta pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e bordéis paulistanos.
Mário de Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos comuns, ninfas e animais recebem o surrealista André Breton, observado por Antonin Artaud, para um mergulho na capital paulista, percorrendo Os Nove Círculos do Inferno.
Em cena, 18 atores em uma celebração musical da cidade com alusões ao cinema de Pier Paolo Pasolini e Frederico Fellini e textos escritos durante o processo com base na escrita automática, característica do surrealismo. Com música ao vivo, todas as canções foram compostas especialmente para o espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.