Dessa vez, quem sempre levou prazer, precisa de ajuda para continuar.
Meu nome é Anatália. Sou mãe solo, empreendedora, fundadora da Lavure — uma loja de sexual care que nasceu do toque, da dor e da vontade de ver outras mulheres despertarem para o prazer, para o autocuidado, para o amor-próprio.
A Lavure é meu trabalho, minha missão e minha única fonte de renda. Sou eu quem carrega tudo: o estoque, os sonhos, as entregas, os atendimentos. De porta em porta, de mulher em mulher.Só que dessa vez… eu não tô aqui pra falar de prazer. Porque esse tem sido um dos momentos mais dolorosos da minha vida.
No último domingo, depois de sair para jantar com meu pai, bati meu carro numa carreta parada.Sozinha.Com o braço quebrado.Com a cabeça cheia, o corpo cansado e o coração sobrecarregado.E a maior parte dos meus produtos foi roubada.
Não foi só um acidente. Foi o desmoronamento de tudo o que eu vinha sustentando com as próprias mãos.
Algumas pessoas perguntaram:
“Você estava errada?”“Você estava no celular?”“Você tinha bebido?”
E a verdade é: eu estava esgotada. Há dias sem dormir, tentando manter a vida funcionando enquanto lido, em silêncio, com a dor de ver meu pai enfrentando uma tristeza profunda.
As pessoas veem sorrisos nas redes.Veem vídeos meus com meu pai, rindo, brincando…Mas o que quase ninguém sabe é que, por trás daquele sorriso, estão as minhas tentativas desesperadas de fazê-lo sair de casa, de lutar contra a tristeza profunda que tem consumido ele.
Naquele dia, durante o jantar, ele me disse coisas que me assustaram.Ele está sem vontade de comer, de viver.E postar ele sorrindo é, muitas vezes, a única forma que encontro de trazê-lo de volta, nem que seja por algumas horas.
Minha família é pequena: meu pai, minha mãe, meu irmão, meu filho e minha cunhada.E com meu pai, especialmente, tenho uma conexão profunda.Então, quando ele sofre, eu sofro junto.E falar dessas coisas não é tão simples é como sangrar em tanque de tubarão.
Eu o deixei em casa depois do jantar, e saí. Não queria chorar na frente dele.E foi nesse estado — mental, emocional, físico — que a batida aconteceu.No meio do caos, no meio do acidente, roubaram minha maleta com praticamente todos os produtos da campanha do Dia dos Namorados.
Ali dentro tinha lingerie, vibradores, cosméticos, embalagens, adesivos.Era meu investimento, feito com o que eu não tinha, acreditando que junho seria meu décimo terceiro.
A maior parte do que eu tinha para continuar vendendo se foi.
A empresa da linha de cosméticos eróticos premium que revendo se solidarizou e vai me enviar novamente sem custo o último pedido que eu havia feito, que havia acabado de chegar e era parte do que estava na mala.Mas isso vai levar tempo, e ainda assim, não é o suficiente.Porque eu preciso consertar meu carro urgente, pra isso eu preciso vender. Pra vender, eu preciso de produto.E o que eu tenho hoje é um estoque mínimo, o braço imobilizado, o carro parado, o celular quebrado… e o coração tentando não desabar.
Eu sempre trabalhei. Sempre foi por mim, comigo, por nós.Desde que resolvi empreender, nunca tive ninguém por trás, nunca tive outro sustento.E pedir ajuda não é fácil. Não por orgulho.Mas porque estou abalada.Porque ainda tô tentando entender o que Deus quer me mostrar com tudo isso.
Mas eu escutei as empreendedoras que me incentivaram a fazer essa vaquinha.E se essa é a alternativa que eu tenho para me levantar, eu vou abraçar.
Essa vaquinha tem um objetivo: • Consertar o carro que uso para trabalhar • Repor parte do estoque que perdi • Sustentar minha casa enquanto me recupero • Sustentar meu trabalho nas redes sociais comprando um celular
A Lavure não é só uma loja.É um projeto de vida.É meu jeito de tocar outras mulheres.E para que ela continue viva, eu preciso de apoio agora.
Se você puder contribuir com qualquer valor, eu agradeço com o coração inteiro.Se não puder, compartilha essa história.Porque ela é real.E porque, dessa vez, quem sempre levou prazer… só quer continuar existindo.
💗 Com carinho, coragem e fé,Anatália