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Lar para cães de rua

ID: 136999
Lar para cães de rua
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Leticia Ballot
Rio de Janeiro RJ
Ativo(a) no Vakinha desde abril/2017
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Vaquinha criada em: 10/04/2017

O dinheiro doado se destinará ao cuidado de seus cachorros, como despesas médicas veterinárias, alimentação, cuidados dentro de casa, eventuais reparos no carro (vá até o final da história para entender :) e ajudantes.  Toda doação é bem vinda, se não puder ajudar financeiramente, mas conhecer alguém que faça doações de ração na serra do Rio de Janeiro, entre em contato comigo ou deixe um comentário aqui! Obrigada! Divulgue com seus familiares e amigos a nossa história! Obrigada. Nossa Fanpage https://www.facebook.com/SitioSaoFrancisco.RJ O texto é longo, mas vale a pena a leitura. Eu o escrevi com muito carinho, relembrando as histórias que minha Vó me conta da vida dela. De qual parece que participei tão pouco, por ser tão rica em aventuras e reviravoltas (bem, ela já viveu mais que 50 anos do que eu). Quero surpreende-la com esta ação.  

É difícil de imaginar que sua avó já foi um dia jovem. Mas como todos nós, a Vó Carmen já foi bebezinha, filha e neta de alguém. Vó Carminha nasceu na cidade maravilhosa em 1936. De família nobre da elite carioca. Sempre foi mimada quando criança, filha única de pais jovens, sua mãe só tinha 16 anos quando nasceu. Criada pela sua própria avó Judith. Naquela época Rio de Janeiro ainda podia ser chamada de maravilhosa. Praias limpas, natureza viva por toda parte da cidade e terrenos baldios, bem estes não podem ser chamados de belos, mas sempre repletos de crianças jogando futebol. Carminha era uma delas. Era moleca, preferia os amigos às amigas. Estas achava muito fútil. Você imagina que Vó Carmen já levou uma bronca, sim, chegava em casa toda imunda e cheio de hematomas. 

Vó Carminha cresceu e se tornou uma adolescente rebelde. Ela gosta de contar pros netos que queimou seu sutiã em praça púbica. Sim! E por isso nunca precisaria de um homem, ou que seja qualquer pessoa que for pra viver. Ela seria uma mulher independente.  Sempre chique, era uma das primeiras garotas a usar um biquíni na orla de Copacabana. Aqueles biquínis que da barriga só mostrava um dedo de pele, o umbigo jamais! Nem imagino essa Vó Carmen, que hoje sempre anda com uma camiseta de propaganda velha com suas calças largas preferidas e sem sutiã, claro. Já falei que Vó Carmen hoje mora num sítio na região serrana com seus 80 cachorros. Ela é uma velinha dos cachorros, gatos ela não suporta. Adoro sentar com ela à mesa junto com minha cachorrinha favorita, Tiuza. Vovó sempre tem uma história bonita e interessante pra contar. Esses dias ela me contou da sua vida em Nova York, depois de trabalhar um tempo no maior jornal do Rio de Janeiro, ela arrumou um serviço de assessora de uma empresa brasileira que iria fazer uma exposição nos Estados Unidos, o emprego só era temporário, três meses, depois ela ficou por conta própria. Sempre arrumando um bico ali e aqui e escrevendo artigos para o tio pro Jornal O Cruzeiro. Nova York dos anos 50, anos de glória, pós-guerra. Ela morava com suas melhores amigas de infância. Quatro amigas brasileiras no meio da muvuca de Nova York, devia ter sido uma experiência e tanto. Ela conta que foi lá que ela comprou a sua primeira maquina de lavar e mandou pra casa da sua Vó Judith no Brasil. Ai que vida. Voltando pro Brasil demorou um tempinho pra ela finalmente achar sua cara metade, vovô Henri. Fotografo muito mais velho que ela, 16 anos mais velho, que trabalhava no jornal do Tio. Vô Henri era um gato! Nas fotos ele parecia um galã, um galã francês que nunca deixou de falar com seu sotaque marcante, um pouco machista, eu acho. Nunca cheguei a conhecê-lo de verdade. Ele morreu cedo. Um fato que arrasou minha Vozinha, bem que ela nunca admitiria uma coisa dessas! Mas quem não ficaria? A vida deles era como um conto. Como jornalistas viviam viajando, cobrindo matérias por toda parte do globo. Foi em Roma que ele a pediu em casamento. Que romântico! A maior parte de suas vidas viveram no Saco do Céu na Ilha Grande, que vida incrível. Lá não tinha luz elétrica, então nada de TV e nem Geladeira. A comida sempre era fresquinha, e pra fazer compras só indo de barco. Vovó trabalhava horas em sua maquininha de escrever traduzindo livros, sem contar as horas que tinha que cuidar das crianças e da casa e dos poucos vizinhos que sempre a visitavam pedindo auxílio nisso ou naquilo. Cada história mais incrível do que a outra, inúmeras, de acampamentos, animais, vizinhos que aplicava vacina nas bananeiras, porque vacina era coisa de outro mundo. Mudaram pra Ilha Grande quando minha tia tinha nasceu, ela soube nadar antes de andar!

Bem antes de tudo isso ainda na cidade maravilhosa, dois anos depois do casamento, nasceu o meu pai, um menino com pinta de menino propaganda. Olhos azuis como o céu e cabelinhos dourados, parecia um anjinho. Mas só parecia. Ele deu muito trabalho à eles, isto eu sei. Até Punk ele já foi um dia. Minha tia Helena é só uns quatro anos mais nova. Ela uma moça linda, alta e morena, arrasava os corações dos meninos, eu aposto! Ela também nem sempre foi uma mocinha dos sonhos de cada mãe, uma aventureira, chegada a sua mãe, Vó Carmen. Ela também sempre quis ser independente de todos. Aliás, ela também não usa sutiã... Precisa dizer mais? As duas, ou melhor, os três adoram animais. Vovó adora seus cachorros, conhece todos por nome!!! Sim, por nome! Sabe quando um está triste ou se sentindo mal e repara em cada detalhe. Não é fácil cuidar de tantos de uma vez só. Mas ela é uma batalhadora. Uma vez a Tiuza branca (não a minha Tiuzinha que é preta, mas uma tão querida quanto), vira-lata que ela trouxe do Sul, é, ela também já morou lá num sítio perto de São José em Santa Catarina criando cabras e vendendo leite de cabra junto com Vó Henri. Visitei-os uma vez lá quando tinha oito anos. Ela trouxe 20 cachorros de lá, há 20 anos. A ultima a falecer novembro do ano passado (2016) era Orelhuda. Uns cinco anos atrás, vovó achou que era a hora dela, pois Orelhuda estava ficando magrinha e triste, não queria comer mais. Mas nada disso, Orelhuda era uma cachorra que gostava da viver, só estava com cáries e muita dor de dente! Não é toda cachorra que vive até seus 23 anos. Bem estava contando da Tiuza Branca, os cachorros brigaram e ela ficou seriamente machucada. Vovó ficou super preocupada. Levou a baixinha pro veterinário imediatamente. Demorou 15 minutos com a Parati velha dela num trajeto que normalmente leva 30! O Veterinário que logo se tornou seu amigo quando se mudou pra região já a estava aguardando. Ele sabe que ela tem mor carinho por seus cachorros. E sempre que aparecia um acidentado na clínica ele já sabe pra quem ligar. As pessoas chegam a deixar seus animais presos na porteira da vovó ou dentro de uma caixa de papelão. Um pecado largar seu cachorro que muitas vezes chega doente ou machucado lá assim, sem mais sem menos. Lembro de uma vez durante uma visita de fim de semana ela me apresentar o Jonny, base velhinho, meio manco. Deixaram-no em frente do portão dentro de uma gaiola com seu paninho azul e um cartaz dizendo “meu nome é Jonny”. Vovó logo o adotou e ele se tornou um de seus favoritos. Ele era muito esperto! Sabia pedir por tudo que quis, tinha um jeitinho malandro e quando Vó Carmen ouvia seu latito lá de dentro da cozinha, Vovó já sabia, alguém roubou seu paninho.

Os últimos anos não foram fácil pra Vó Carmen. Primeiro, ela não pode mais ter uma empregada, nem todos gostam de ficar perto de tantos animais, e segundo, ela não tem mais como pagar uma. A última tragédia que abalou a região serrana também a acertou. Levou a ponte de seu sítio e ela ficou sem conseguir criar seus bezerros única fonte de renda além da pensão e da aposentadoria, que dar um salário mínimo e pouco, com qual ela paga o caseiro Cid, figura que adora imitar meu pai. Seu tema favorito “como está o tempo?” ou o mais novo assunto, as velhinhas que estão correndo atrás dele, o mais novo solteiro de Barra Alegre. Mesmo com todos os problemas e todas as preocupações que a cercam ela esta com a cabeça levantada.

É por isso e muito mais que eu adoro visitá-la, conversar com ela e ouvir suas histórias. Infelizmente o tempo não foi justo com ela. Até hoje, não teve como consertar a ponte que a enxurrada arrancou. Seu sítio está cada dia mais caindo aos pedaços, pois os problemas e os custos só aumentam, mais sua renda está cada vez menor. Já que não consegue criar mais tantos bezerros. Seu carro, aquele que levou a Tiuzinha branca e tempo recorde até a cidade vizinha, ainda é o mesmo, mas não mais o mesmo... Hoje, não se pode andar tão rápido nele. Esta caindo aos pedaços. Na verdade, eu nem sei como ainda está andando. De porco até bezerro, cabra, ovelha, cachorro e muito mais, carrega de tudo. Mas coitado, ele não está mais dando conta. Modelo 1990, ano 1990, é um milagre que ainda anda. Pensei em até escrever pra Volkswagen, pois esse modelo aguenta de tudo! Buracos, peso e o tempo não conseguiram derrub-a-lo! Mas uma boa reforma se faz necessário...

Se você chegou até aqui, muito obrigada pela sua atenção e pelo seu tempo! Nos ajude! Divulgue no seu Facebook ou com seu amigos essa linda história!! Ajude minha vó a ajudar os seus cachorros do coração!  Obs. quatro anos atrás tentei ajudar minha vó através de uma postagem no Facebook, infelizmente não deu certo. Se eu conseguir ajudá-la por aqui, vou tentar mais uma vez conseguir verba pra ponte dela. Mas por enquanto é mais importante arrecadar doações para cuidar dos cachorros! https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3700105920017&set=a.3696963721464.115662.1796515636&type=3&t...  

Você e a vaquinha concorrem a R$ 15 MIL
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