Ei, tudo bem?! :)
A minha história não tem nada de extraordinário, é comum, porém não deixa de ter a sua importância e unicidade. Sou Dyamilla, 37 anos, nascida e criada até a adolescência em Ipatinga/MG. Sou irmã de Naíla, 32 anos, também nascida e criada na mesma cidade que eu. Meus pais são do Estado do Rio de Janeiro. Meu Pai, é carioca e chegou na cidade mineira por conta de um emprego. Minha Mãe, nascida em Niterói, mas morou muitos anos em Campos dos Goytacazes, cidade aonde se conheceram. Tive a grande benção de nascer em uma família com condições físicas, financeiras, psicológicas e mentais para receber uma criança, nada de novo no que tange a esfera humana. Considero também que tive uma excelente educação, carrego comigo valores familiares fortes que balisaram minha vida ao sair de casa com 17 para 18 anos para estudar e que ainda norteiam minha caminhada. Estudei em ótimos colégios e tive boas oportunidades de desenvolvimento tais como amor, comida, água, limites, frustrações, decepções, estudar inglês, viajar de férias com a família e ficar mais de 30 dias na praia, fazer escoteiro (fui lobinha também 😊), ter uma irmã para poder trocar experiências, discussões, mas acima de tudo muito amor, passar as férias com a família do meu pai e minha mãe no Rio e em Campos e poder ir pra roça e ter muito contato com a natureza, com meus avós, tios e primos, um avô paterno que já se foi desta vida e que ao estar aqui escrevendo sobre ele me emociono, pois foi um dos meus grandes amores e referências (não conheci meu avô materno, faleceu antes do meu nascimento), amigos e sempre muita vontade, crença e muito amor pela vida, inclusive é o que move as minhas escolhas, o amor pela vida e pelas pessoas. Aos 13 anos decidi que faria Psicologia, sempre gostei de estudar, lembro que meus pais nunca precisaram me cobrar isso, sempre foi natural para mim. Me recordo na infância já ter muito interesse pelas pessoas, adorava saber suas histórias e perguntava o nome da pessoa com a qual estava conversando e de todos da família, perguntava sobre a vida delas e apreciava ouví-las, até hoje sou assim! Terminei o 3° ano do Ensino Médio e fiquei em Ipatinga fazendo cursinho para o vestibular, nessa época as pessoas iam para a Belo Horizonte, capital de MG para estudar, pois não tinha Faculdade em Ipatinga. Decidi fazer o curso em BH, fiquei 01 ano em Ipatinga e não conseguia passar no vestibular e isso me consumia por dentro, pois era um objetivo que eu queria demais. Nesse tempo, eu e minha mãe brigávamos muito, eu não conseguia me concentrar para os estudos, ficava ansiosa. Até que uma amiga passou no vestibular em BH e vi a oportunidade de ir para a capital, desta forma pesquisei tudo, valor do cursinho, de passagem, alimentação, aluguel, enfim quais seriam os meus gastos para apresentar para meus pais. Lembro que era dia 01/02/2000 e as aulas iniciavam dia 14! Pensei, eu não vou só se a questão for grana, porque o meu foco é estudar e eles sempre me incentivaram e vão me apoiar. Dito e feito, mostrei todos os custos para eles, já estava tudo pronto, já tinha aonde ficar, a logística para chegar no cursinho, o horário dos estudos, o horário do lazer e deu certo! Fiz cursinho por 6 meses e em agosto de 2000 iniciei o curso de Psicologia. Como fiquei feliz com essa vitória, eu queria por demais estudar psicologia e fui muito feliz no curso, de fato, engrandecedor e transformador, sou suspeita para falar porque amo bastante. Graduei em 2005, gostava muito da clínica, ainda gosto, mas me bandiei para a área de Recursos Humanos, hoje compreendo que com enfoque no dinheiro e por medo de não conseguir me sustentar com a clínica, já que a lógica de mercado é diferente e meus pais estavam passando por uma crise financeira séria, embora tenha começado a fazer estágios e trabalhar no 2º período de Faculdade, precisava pensar seriamente no meu sustento e não depender mais deles. Como filha mais velha, tive uma educação severa, minha mãe sempre foi muito rígida e muito preocupada com a opinião dos outros, então cresci com os olhares alheios a me observar o tempo todo e muitas, mas muitas vezes me podei em função da aprovação do outro e para complementar, somos criados para satisfazer o outro e não a gente, temos que amar o outro, mas a nós mesmos, putz... Anos de abandono e falta de amor próprio que me fez ter relações sustentadas na carência, no poder, na manipulação, na culpa e que nada permeavam o amor de verdade, já que eu não me amava da maneira que deveria, não era o meu centro e a minha melhor companhia, buscava a minha felicidade fora, nas pessoas e nas coisas e claro essa equação é vazia e sem cor. Em outubro de 2015, me casei, no meu coração havia encontrado a minha alma gêmea, fizemos uma festa linda, simples e com pessoas muito próximas, nos divertimos pra caramba e fui muito feliz! Em setembro do mesmo ano, ele foi morar no Rio, transferido pelo trabalho e eu fiquei em BH e apenas em novembro de 2016 pude mudar para a cidade. Estava radiante, pois ia consumar meu casamento e ficar perto do meu amor. Me programei financeiramente, planejei a mudança, me despedi dos amigos e da cidade mineira, e parti. Só não coloquei na conta o luto de deixar uma cidade aonde morei por mais de 10 anos e tinha um lugar enorme no meu coração, me sentia pertencida, como também os vínculos afetivos. Como estava recém-casada e morando juntos há pouco, não me permiti enlutar, não me permiti ficar triste, não me permiti curtir a cidade, pois tinha uma crença limitante acerca do dinheiro, se não estou trabalhando e gerando renda, não posso fazer nada, embora ele custeasse moradia e alimentação e eu com dinheiro guardado, fazia as coisas com culpa. Fiz um curso e para escrever a monografia foi um suplício, era doloroso, pois entrei num grau de ansiedade tão grande que não dormia bem e, por conseguinte não descansava. Minha libido, meu lado mulher estava no chão e comecei a sentir sutilmente um distanciamento dele, eu não sabia explicar, estava se abrindo um buraco entre a gente e eu não compreendia aquilo, não entrava na minha cabeça e eu permanecia ali, firme mesmo com todas essas sensações que também não me permitia falar com as pessoas e o medo de ser julgada?? Comecei a trabalhar em junho de 2017 e um belo e lindo dia, recebo um whatsapp de uma moça que não conhecia, mas como estava iniciando um trabalho de consultoria em RH fui toda receptiva e para minha surpresa e dor era a amante do meu ex marido para me dar a notícia dos 2. Eu estava no trabalho, pela manhã, umas 10h, ela me mandou fotos dos 2, prints de mensagens, enfim evidências e mais evidências da relação dos 2. Meu mundo caiu, eu tremia a ponto de mexer na cadeira, minha pressão abaixou e fiquei completamente transtornada. Meu coração, parecia que tinham enfiado uma faca nele e cutucado ainda... Ele assumiu, mas com o tempo fui percebendo quem ele era, uma pessoa fria, manipuladora, que não sabe o que é o amor e que me culpava por não estarmos bem por ter estado distante e eu não acreditava naquele movimento da vida, como assim, logo comigo, eu não mereço, o quê eu fiz?? Mal sabia eu que este acontecimento foi a minha libertação, de verdade, ele veio para resgatar o meu amor próprio e dizer: Dyamilla, você é a pessoa mais importante da sua vida, se aceite, se ame, se liberte de padrões, regras e julgamentos. Como julguei as pessoas, entes da minha família e mal sabia que o dedo apontado era para mim também e tinha a pretensão de quê certas coisas não aconteceria comigo... Tadinha de mim, tão inocente na soberba, a vida e o Universo me deram uma lição de vida que jamais vou esquecer, pois com este fato, eu inicio uma nova vida com muito mais vida de verdade e resgate daquela criança que nunca deixou de acreditar nas pessoas e no amor, nunca perdi isso, nunca. Tive apoio de todos os lados, não me faltou nada, lembro que eu estava carente, mas muito carente de mim, eu não tinha energia para comer, chocolate que eu amo, não tinha o menor apetite, tudo ficou cinza, muito cinza... Exatamente por eu ter uma luzinha acesa em mim, eu enxerguei os anjos que apareceram para me ajudar, o apoio dos meus pais, sem me julgar foi muito amoroso e fundamental para eu ter a coragem de sair de casa, pedir o divórcio e voltar para BH. (Escrevo em lágrimas, muito me emociona lembrar disso!) Passei 3 semanas em Campos na casa da minha prima, com minha afilhada, Tio, primo e Tia e recebi muito amor, muito carinho e acolhimento. Em Ipatinga, depois na casa dos meus pais, foi difícil trabalhar o fracasso, estou com 36 anos e de volta para a casa dos meus pais, na primeira semana, foi muito dolorido. E detalhe, continuei trabalhando, remoto, de casa, o mês de setembro e outubro, foi ótimo, me mantive sã e pude desfocar um pouco da dor. Passei o mês de outubro inteiro em Ipatinga e tive a grande benção de refazer o vínculo com meus pais, me abrir para a família novamente, pois diante de situações desastrosas que passamos havia me fechado para eles. E redescobri que posso contar com eles para TUDO, é um amor incondicional que só o coração sabe. Desde o acontecido, busquei incessantemente me cuidar, me olhar, entender meus gostos, desejos, vontades, compreender esse movimento da vida e qual seria o recado, já que sempre acreditei que nada na vida acontece por acaso. Em outubro, dia 25, através de uma consulta de tarô, conheci o Sistema Isha Judd. A Terapeuta me passou o contato da Camila e esse foi nosso primeiro contato pelo whatsapp. Ela me ligou, conversamos e dia 26 fiz a inscrição para receber o curso online gratuito e já na primeira faceta, me senti muito leve, não fiquei ansiosa querendo acabar, outras meditações fiz, porém, a sensação foi muito diferente, me deu um calor no coração. E continuei a unificar, conheço 4 facetas, eu e Camila permanecemos com as trocas e expressões, em dezembro fiz o Seminário com a Naila, Facilitadora e me encontrei verdadeiramente. Em outubro, quando vi o programa de 6 meses, me tocou, mas eu não dei ouvidos, hoje sei que foi medo de falar com meus pais e pedir apoio, podia ter feito, mas enfim, as coisas acontecem como tem que ser e está perfeito assim. Há 2 semanas, me bateu muito forte ir fazer os 6 meses, pois sinto a certeza e a transformação em minha vida e quero passar isso para as pessoas, esse é o meu propósito levar o amor para todos os cantos e fazer com que as pessoas compreendam a verdade está dentro delas, vem do coração. Hoje me sinto leve, parece que emagreci uns 20 quilos, fiz as pazes comigo, fiz mesmo, compromisso firmado em me amar exatamente como eu sou! Percebi como a vulnerabilidade é forte e me aproxima das pessoas, como se julgar é violento e perdemos energia, cupla, nãoooo... Isso não existe. Parei de querer aprovação e reconhecimento dos outros, falo e faço as coisas que estou com vontade e me abri pra fluidez, sem expectativa e é cada coisa maravilhosa que tem acontecido!!! Tive a ideia de montar um grupo de mulheres, somos 5 por enquanto, pois quero muito trabalhar com o sagrado feminino, porque sinto que toda vivência que passei preciso compartilhar e ajudar as mulheres que tanto se julgam, competem e estão perdidas em rótulos e máscaras que as consomem por dentro. O grupo existe desde novembro e criamos uma rede de apoio, uma impulsiona e ajuda a outra e é incrível como que os laços de cada uma também estão se transformando com cada mudança interna e amorosa. Hoje eu falo de um lugar de aprofundamento e de certeza da transformação que o Sistema Isha fez em minha vida e gostaria muito, demasiadamente poder passar essa vivência para as pessoas, pois não tem maior riqueza do quê você se apropriar de você de verdade, com amor, com leveza, se sentir bem nos lugares e com as pessoas independente da situação, pois está implicado com o aqui e o agora e não ancorado em futuros e ansiedades. É claro que tenho muito a melhorar, mas a liberdade que sinto hoje em tão pouco tempo em contato com o Sistema Isha me faz ter a certeza que posso aprofundar mais e viver ainda com mais liberdade e ter a oportunidade de ajudar as pessoas nesse processo de se reencontrarem, de se reconectarem com o seu coração. Diante de muitas coisas que ocorreram, divórcio e com minha família, eu não tenho o recurso financeiro para realizar esse sonho e por isso acredito e confio no poder do meu coração e da criação desta possibilidade! Gratidão e Namastê! Com amor, Dyamilla Isabel Ferreira