Raíssa em Yale!

Oi pessoal! Meu nome é Raíssa e sou da Capital Nacional do Calçado, Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul. O título da minha cidade – apesar de ser um pouco engraçado – está muito ligado a minha história. Fui criada em uma comunidade de alta industrialização, passando parte da minha infância num curtume no interior do estado, onde minha família trabalha. Desde pequena vivenciei de perto os problemas ambientais ocorridos na minha região. Quando eu tinha 11 anos, por exemplo, um desastre ambiental ocorreu no rio da minha cidade, matando toneladas de peixes e deixando várias famílias sem água. Minha indignação com essa realidade acabou me levando a fazer um técnico em química no meu ensino médio.

Logo no primeiro ano, eu percebi que dentro de um laboratório eu poderia transformar as minhas ideias em soluções de impacto social. Foi então que comecei a me envolver com projetos de pesquisa, trabalhando com tratamento de água, remanejamento de resíduos, técnicas agrícolas - já plantei mais de 2000 rabanetes para um projeto! - além de uma técnica para contenção de derramamentos de óleo.

Esses projetos me levaram a participar de eventos científicos ao redor do mundo. Foi voltando da maior feira de ciências do mundo, a Intel ISEF nos Estados Unidos, que eu comecei a pensar que estudar fora também poderia fazer parte da minha realidade. Mas essa decisão não foi fácil. Na época, eu tinha duas escolhas. Eu poderia continuar na universidade federal no Brasil, me mudar para a capital, aceitar uma ótima vaga de estágio. Para tudo isso eu só precisava continuar andando em linha reta. A segunda escolha era abrir mão de tudo isso e aplicar para estudar nos EUA, o equivalente a me jogar num labirinto que eu não sabia se tinha saída. Até umas semanas atrás, eu vivi nesse labirinto. Foi uma das fases mais intensas da minha vida. De dezembro a janeiro, eu dormi 3 ou 4 horas por noite, emagreci 5kg, e não saí de casa nem no ano novo (que teve uma pausa de 5min para olhar os fogos da minha janela em Novo Hamburgo. Ps: NH não tem fogos!) para fazer o processo de aplicação para as universidades, que constitui de provas, redações, cartas de recomendação e entrevistas.

Mas felizmente fui aprovada em 7 universidades americanas, entre elas Yale, Princeton, Brown e Penn. Escolhi ir para Yale, onde eu pretendo cursar Psicologia e Neurociência, além de focar minhas próximas pesquisas em doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

Minha maior meta é aprender muito lá fora e voltar ao Brasil usando as experiências e conhecimentos adquiridos para lutar por saúde e igualdade para a população brasileira. Para isso, peço qualquer contribuição sua para concretizar o sonho de realizar minha graduação em uma das melhores universidades do mundo e levar você comigo!

Bora sonhar E VIVER esse sonho juntos?