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Projeto teatral " Quando a Cidade Dorme"
ID: 2277205
Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Projeto teatral " Quando a Cidade Dorme"
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Vaquinha criada em: 25/07/2021
“Este espetáculo teatral é dedicado a estas  pessoas e a tantas outras que sobrevivem sob condições subumanas e pedem uma oportunidade de expressão.” Contatos     Uda Portela Nextel: (011) 7896-5489 / (011) 7896-5490 Residência: (011) 4091-0752 E-mail: uporteladamata@yahoo.com.br E-mail: kaka117@terra.com.br E-mail da C&A contatooscarasdepalco@yahoo.com.br Blog www.quandoacidadedorme.blogspot.com Objetivo                 O projeto dos integrantes do espetáculo Quando a Cidade Dorme tem como principal objetivo despertar nas pessoas as qualidades ou não qualidades encobertas por camadas sociopolíticas e econômicas.     Independente da classe social, cor e credo dos espectadores, o projeto visa, a partir das diferentes linguagens (teatro, artes plásticas, instalação) tratar de questões ambientais, sociais, econômicas, e culturais, a fim de abrir novas perspectivas, gerar senso crítico e uma nova visão de mundo, mostrando assim, que a vida se funde com a arte e a arte nos faz ver a vida de formas diferentes, dilatando os horizontes.     Partindo dessas questões, o espetáculo é baseado nas classes menos favorecidas, mais especificamente, os moradores de rua. Mostra, pela visão dessas pessoas, as formas como elas enfrentam os problemas que envolvem a luta pela sobrevivência diária nas ruas da metrópole... E a nós artistas coube a responsabilidade de dar voz e espaços poéticos para as suas estórias. Por meio de pequenos fragmentos que trazem à luz da razão fatos reais e brutais que permeiam o universo dessa classe excluída, a peça instiga o espectador a refletir sobre o universo plural das relações humanas, estimulando-o a pensar, via construção poética, a realidade advinda do capitalismo. Justificativa do Projeto     Apresentamos a proposta de trabalho em caráter de teatro mambembe, que para além de uma proposta fechada, apresenta uma obra em construção, em contínuo desenvolvimento, atualizando seu ideário à medida que se modificam as relações objetivas no seio da sociedade. Para contemplar e ampliar várias classes sociais, “Os Caras de Palco” levam seus espetáculos à ambientes alternativos, fazendo com que arte chegue aos mais improváveis pontos da cidade, adaptando a linguagem às condições apresentadas pelo meio, envolvendo o público em uma interatividade mútua de gozo e construção recíproca.     Proposta de Encenação Em termos de linguagem poética, trabalhamos a partir de dois pressupostos: o dramático e o épico. O dramático chega à cena apenas pelo caráter trágico de parte das histórias contadas, porém a estrutura formal (interpretação, encenação e construção textual) prima pelo épico. Expedientes, tais como, quebra de ilusionismo, ruptura entre personagem e depoimento real do intérprete, bem como um discurso verbal calcado na narrativa, rompem com caráter dramático.     O texto foi elaborado a partir de laboratório de coleta e sistematização de informações sobre o tema a ser desenvolvido.  A base textual foi impregnada de diversos depoimentos reais de indivíduos em situação de vulnerabilidade social, no qual se buscou passar uma representação da luta cotidiana dessa população.     O referido trabalho de pesquisa foi realizado num período de um ano e meio nas ruas São Paulo, cidade brasileira com dezenove milhões de habitantes, dentre os quais só na região central estima-se que haja doze mil pessoas que se encontram em condições de precariedade total.     Vale ressaltar que no período de desenvolvimento do trabalho ocorreram ataques de grupos radicais contra os moradores de rua, o que se por um lado dificultou a realização da pesquisa in loco. Por outro lado, desenvolveu um compromisso social nos participantes para além do imaginado, levando-os a manter e desenvolver o projeto como um instrumento de contestação da ordem imposta.     Uma exposição/instalação construída pela própria companhia teatral, utilizando materiais recicláveis, ambienta a representação, mostrando por outro anglo que o material classificado como lixo para a sociedade que o descarta, é luxo e riqueza para quem os recupera. Tornando assim fonte de recurso para os catadores de recicláveis, ou seja os moradores de rua. Por outras palavras: a utilização de materiais recicláveis faz referência aos modos obtenção de recursos empreendidos pelas figuras fictícias, mostrando que a mendicância não é regra entre os moradores de rua. Além de nos dar exemplo que a reciclagem é um dever de todo ser humano. Sinopse O Espetáculo “Quando a Cidade Dorme” mostra o cotidiano de moradores de rua sob o ponto de vista dos próprios moradores, de uma forma lúdica e interativa com o público, utilizando-se de um humor leve, porém, não caricato. As questões ambientais, sócias, econômicas, culturais, preconceito, o abandono, a fé e a falta de perspectivas são alguns temas abordados pelos personagens. Sob este ponto de vista é mostrado o lado humano dessas pessoas à margem da sociedade, que nos fazem refletir através da sua precariedade e vivência, que o ser humano não se deu conta que está criando  um planeta por ele chamado ”ATERRO SANITÁRIO”. Ficha técnica Texto e Direção Geral........................................ Uda Portela Cenografia........................................................... O Grupo Figurino / Maquiagem....................................... Carlos Medeiros/ Josemar Gonçalves     Exposição................................................................. Uda Portela Tempo de peça: 60 minutos Publico alvo: Adolescentes – adultos Após o espetáculo, Um bate papo com o Grupo sobre o processo de montagem. Elenco Josemar Gonçalves..................................... Zé Pinguinha Uda Portela................................................. Zé Bufinha Carlos Medeiros..........................................Deficiente/Lampião/Moleque                                                                                                                                                      Fotos do espetáculo   ““ Do pó eu vim, ao pó eu                                               Voltarei da terra daqui meu irmão                                                             Nada levarei “” “Quando chega a noite e o cansaço vem à cidade dorme, mas ainda sobra alguém                                                              a cidade dorme, mas ainda sobra alguém”.                                          “Latinha papelão,garrafa papel jornal,aluminio cobre e aço,vendo pra viver irmão”                             Plano de Trabalho     O grupo teatral “Os Caras de Palco”, se reúne três vezes por semana, para ensaios e mapeamento de apresentações, levantamento em espaços culturais, centros públicos e espaços alternativos.     Aos sábados o grupo oferece trabalho voluntário às comunidades que participam da Pastoral da Comunicação da região ABCDMR, incentivando a arte e a cultura, ministrando aulas de teatro, e jogos teatrais para adolescentes.     “Os Caras de Palco” seguem a agenda de apresentações sendo ela duas vezes, ou mais, por semana, disseminando seu trabalho onde quer que seja. Histórico da Companhia Os Caras de Palco surgiu em 1995 na região norte de Diadema. É formado por pessoas com visão sócio-cultural próxima e que sempre estudaram e aperfeiçoaram suas técnicas para melhor utiliza-las seus espetáculos. As escolhas estéticas, orbitam, portanto, a partir da necessidade de seus integrantes em propiciar reflexão e conscientização por meio da arte. Espetáculos montados >>> 1998- Retrato de mãe 2000- Queda para alto 2002- Cara preta 2003- Faroeste Cabloco 2006- Rapto da cebolinha 1995/2009 - Paixão de cristo 2008- Conto pra quem conta 2009/2010/2011- A menina de lá 2004/2014 - Quando a cidade dorme Currículo artístico dos atores Nome artístico: Carlos Medeiros                                     Drt: 46219- SP Data de nascimento: 02/01/1987                                      Idade: 22anos Sexo: masculino Qualificações e aperfeiçoamentos >>> Teatro infantil (1996/1998)[ Maria Alice]Teatro adulto (2002/2004) [Alberto Chagas] circo (2004) [ tapias voadores] Leitura dramática (2005) [ Alberto Chagas] { CC teatro escola Plínio Marcos}Preparação para ator (2003) [Sergio Penna] {TV cultura} Workshop: o trabalho de preparação do ator (2004 e 2005) [Marla O’hara] Introdução  ao teatro de animação (2005)[Luiz André Cherubini] Maquiagem e caracterização (2004) [ Rogério Maldonado] Interpretação [ Esdras Domingos] Dramaturgia [ Evill  Rebouças] Expressão corporal [ Roger  Muniz] (2006/2007) { CC teatro escola Plínio Marcos} Direção (2009) [ Lubi] {Escola Livre de Teatro} Espetáculos montados >>> 1996; 1997; O cavalinho azul 2001; 2002; A moça que beijou o jumento pensando que era Roberto Carlos 2003; Homens de papel 2003; Arena conta zumbi 2003/2004; Faroeste caboclo 2004; Eles não usam black-tie 2004; Senhoras dos afogados    2004; O dinheiro é o terror 2004; Procura-se uma estrela 2004; Esketosko 2004/2009; Quando a cidade dorme 2005; Paixão de Cristo 2007/2008; A galinha dos ovos de ouro 2009; Carro-céu de rodas Trabalhos televisivos >>> 1997 Tele-curso 2000 Direção: Serginho Alves TVN 2002/2004 Galera Direção: Jeremias Moreira TV Cultura Curtas metragens >>> 1996 Paisagens brasileiras Direção: Carlos Nascibene 2004 Prometeu acorrentado Direção: Marcelo Felipe Sampaio Nome artístico: Josemar Gonçalves Data de nascimento: 16/07/81 Idade: 27 Sexo: Masculino Qualificações e aperfeiçoamentos >>> Leitura dramática (2005) [ Alberto Chagas] { CC teatro escola Plínio Marcos} Workshop: o trabalho de preparação do ator (2004 e 2005) [Marla  O’hara] Introdução  ao teatro de animação (2005)[Luiz André Cherubini] Interpretação [ Esdras Domingos] Dramaturgia [ Evill  Rebouças] Expressão corporal [ Roger  Muniz] (2006/2007) { CC teatro escola Plínio Marcos} Espetáculos montados >>> 1998- Retrato de mãe 2000- Queda para alto 2002- Cara preta 2003- Faroeste Cabloco 2006- Rapto da cebolinha 1998/2009 - Paixão de Cristo 2007- Estação Psicose 2008- Conto pra quem conta 2009/2010/2011- A menina de lá 2004/2009 - Quando a cidade dorme Nome artístico: Uda Portela Data de nascimento: 06/05/1978 Idade: 36 Sexo: Masculino Roteirista, Dramaturgo, Diretor Qualificações e aperfeiçoamentos >>> Leitura dramática (2005) [ Alberto Chagas] { CC teatro escola Plínio Marcos} Workshop: o trabalho de preparação do ator (2004 e 2005) [Marla  O’hara] Introdução  ao teatro de animação (2005)[Luiz André Cherubini] Interpretação [ Esdras Domingos] Dramaturgia [ Evill  Rebouças] Expressão corporal [ Roger  Muniz] (2006/2007) { CC teatro escola Plínio Marcos} Interpretação e preparação de ator (2010/2011/2012) Vicente Fantin Espetáculos montados >>> Retrato de mãe 1998 (Adaptação e Direção: Uda Portela) 2000- Queda para alto ( Adaptação e Direção: Uda Portela) 2002- Cara preta (Direção: Uda Portela) 2003- Faroeste Caboclo ( Adaptação E Direção: Uda Portela) 2006- Rapto da cebolinha (Direção: Uda Portela) 1998/2014 - Paixão de Cristo ( Adaptação e Direção: Uda Portela) 2007- Estações Psicose (Direção: Uda Portela) 2008- Contos pra quem conta (Direção: Uda Portela) 2009/2010/2011- A menina de lá (Assistente de Direção) 2004/2014- Quando a cidade dorme ( Texto e Direção:Uda Portela ) QUANDO A CIDADE DORME Personagens: Zé Pinguinha Zé Bufinha Deficiente Evangelista Moleque Lampião Autor: Uda Portela O cenário é composto por um poste no centro do palco, com vários materiais recicláveis espalhados. Os refletores estão apagados e os atores estão dispostos em pé, parados, cada um em uma posição diferente do outro com uma vela acessa nas mãos. Cada ator expressa o seu repudio sem estar no personagem. Zé Bufinha:   Ah, tristeza! Ela se esconde nas    ruas na cidade,  em qualquer beco  que  você olha, ela tá lá. No rosto do cidadão pode-se notar o sofrimento em suas mãos,  as marcas  das batalhas,  acordar cedo, dormir tarde, com medo da sociedade, pois os ventos sopram morte pelo ar.  As vezes eu me sinto como uma máquina de reciclável, tudo que é descartado por vocês é aproveitado por mim, mais sem nenhum tipo de esterilização, uma camisa velha, sapato de um tênis de outro, uma marmita cheia de vermes, o estomago as vezes rejeita, ele rejeita, mais aceita por que nunca sabe quando vai ser a próxima remessa. Eu sinto na sociedade que ela quer me descartar, pois eu sou o tipo de lixo que vai pro  aterro sanitário, não tem utilidade. Talvez assim as praças ganhem vida, os chafariz voltem a jorrar água, até quem sabe  os casais de namorados voltem  a frequentar, tirar belas fotos, sem que nenhum rato como eu, saia como pano de fundo. Zé Pinguinha:  Eu sou uma escultura viva, sou o retrato da sociedade de pedras, esculpido pela dor, pelo repúdio e pelo sofrimento.  Sou uma fotográfia sem face estampada nas rua. Não estou em outidoor ou em galerias famosas. Mais se olhar ao seu redor verão expostos milhares de faces iguais a minha,  gratuitamente nas galerias do sub mundo ,  nas pontes, becos e vielas, calçadas e praças. Por que eu sou o lixo, dependo do lixo e faço parte do lixo, Onde nenhum de vocês gostaria de me ver num quadro da sua parede da sala, ou num porta retrato da estante. Sou uma escultura ainda viva criada por vocês, e prestes a entrar em extinção. Os lugares onde eramos expostos estão sendo lacrados, concretados gradiados e murados. Lampião:  Hoje  acordei e tentei olhar no espelho, na esperança de ver a minha alma, encontrar dentro de mim a face que meus olhos já não me enxergam mais.   Perdi a sensibilidade de sentir o meu ser. O meu cheiro serve como um tipo  repelente para afastar as pessoas de mim, a minha imagem ofuscada e degradante impõem o medo, e as pessoas ao me notarem, atravessam a calçada, com pensamentos aliatórios e não identificados pois tentam interpretar qual o tipo de ameaça que represento e posso calsar a elas . Me sinto como uma calçada que foi concretada e esta com uma placa dizendo cimento fresco, e as pessoas não passam para não se sujarem. Será que vim de um outro planeta? Qual a minha diferença pra sua ?  no meu silêncio questiono  Deus se fui feito a sua imagem e semelhança. Apagam-se a velas que estão nas mãos dos atores. Música ( Retrato ) Do pó eu vim Ao pó eu voltarei, Da terra daqui, meu irmão Nada levarei. (2 x) Latinha, papelão, Garrafa, papel, jornal, Alumínio, cobre e aço, Vendo pra viver irmão. (2 x) Quando chega a noite O cansaço vem, A cidade dorme, Mas ainda sobra alguém. (2 x) CENA DOMICRO EMPREENDEDOR ( NO PALCO ESTÁ MONTADO UMA OFERENDA, SIMBOLIZANDO UMA ENCRUZILHADA ) Zé Bufinha:  Ai oh, o pessoal tem medo disso aqui, tem medo disso aqui, pra mim não vale nada. Eu respeito. Eu do graças a deus quando eu encontro uma macumbinha dessa aqui, por que é sinal que tem cumida, alimento, tem até uma diversão de vez enquando um baralho. Se acha que o zé pilintra vai tomar isto aqui ( mensão a cachaça  ), vai nada meu amigo, isso aqui é matar o frio, mais eu respeito ( 1º gole pro santo ), E é da boa hein!. Eu atava com uma idéia esse dias, pensando nisso aqui... Não tem ai essas estória de micro empreendedor? Eu saquei um negócio, vo mandar macumba via screp, uadsap, nada de matar galinha nem carneirinho, se a mandiga for muito pesada, no máximo envio um caldo kinor via sedex, e já era, eu tô com essa idéia ai. Vo levar a boneca lá para as crianças do abrigo. Zé Pinguinha – Eu moro aqui tem dois anos, trabalho aqui tem dois também. Quando eu cheguei aqui, eu não comia, eu tinha nojo, agora como aqui mesmo, E do graças a deus , por que ultimamente a concorrência aqui no lixão tá muito grande, tô disputando palmo a palmo com os animais. O lixo de São Paulo é muito rico, aqui se encontra de tudo, coisa boa, coisas ruins, é daqui que eu tiro o meu sustento. Tem veis que do sorte encontro o rango pra semana toda. Um dia encontrei um corpo, fedia igual um gambá tava em estado de putrificação, vou fazer o que bola pra frente. O que pega mais aqui, é a canseira,o desgaste físico, visual, mental, eu tô com uma coceira tô que não me aguento, parece até que eu peguei um chato, . Mais  eu vô sai daqui, eu vô sai daqui, eu tenho apetite, mais num é cum boca de cigano, canela seca não... É logo com uma basuca vô derrubar Helicóptero, explodir carro forte, vô botar o pânico causar o terror. E o Bim Ladem não me conheceu, que ALA o tenha, se ele tivesse me conhecido, ia ficar impressionado, ia me nomear membro de patente maior da AUCAIDA na América Latina,  Por que não tem esses malucos ai que fica divulgando políticos safados, entregando papelzinho, queria que eu estivesse lá, eu ia tá lá no meio deles com colete cheio de bomba, ia pegar camisa, boné, adesivo e ia ser o mais intusiasmado pra não dá guela. Quando ele descesse do palanque, e viesse comprimentar os eleitores, eu ia falar vem, vem mais. Não quero aperto de mão não, nem tapinha nas costas, quero logo um abraço. ( FAZ MENÇÃO DE EXPLOSÃO ), Eu vô, mais vô mandar um monte pro inferno.  Paraiso, sete virgens,  aminha família iria ficar tudo bem, por que a alcaida tem seguro de vida. (CENA DO MICHE PTCHULÃO) Zé Bufinha: Vai cume meu cú o caraio pitchulão, vai cume meu cú o caraio, vem vem pro se vê, porra! Eu tava  dormindo eu tava dormindo, o cara chego lá na maior simpatia,trocando uma idéia, levo até uma garrafa  de cachaça,.. Ai ele falô pra mim quer comer o meu cú? Eu cumi, eu cumi, mais eu não so viado, eu não sou viado, vem  vem pra você vê, eu to Cuma pica de boi, que eu ganhei do alicate, eu vo dar 2 lapada na sua costela, vo ti deixar pistiado fi duma égua,,, eu tô nervoso, tô nervoso. Thiago – Meu pai é um pilantra meu pai é, é sim....Ele num dá um real dentro de casa. Todo dia eu saiu pra vender as minhas balinhas., eu também faço merchandagem, Eu peço, peço mesmo num tenho vergonha de pedir, eu peço pra ajudar em casa pra  comprar o botijão de gás, a comprar  material de escola, a comprar uns remédinhos. A minha mãe falo que a minha letra é mais bunita que a da minha irmã. Eu num so maloquero não ooo, num fumo doga, nem  doido não o...Eu so assim porque eu fui atropelado  sete veiz bati a cabeça na guia e levei duas mordidas de cachorro. Só isso..  Senhoras e senhores desculpa tirar o foco de vocês do foco que é  a história da minha vida, mais eu tenho aqui umas balinhas de gomas,  uma é cinquenta centavos e u faço três por um real, quem puder me ajudar, Deus abençoe, que não puder Deus abençoe do mesmo jeito,tem um real ai o pra mim ajuda?  Dentista dentista, ponte móvel, canal, abituração dentista, dentista..... (sai thiago) Zé Bufinha – Eu moro aqui tem 2 anos. Tem dois anos que eu moro aqui...A minha família é essa daqui, por que a que é de sangue, nunca ligou pra mim nunca veio me visitar ,. Mais a minha mãe vei ontem. Ela ficou impressionada com a minha casa , Por que eu desenvolvi uma tecnologia de ponta, sou engenheiro, quando se chega na minha casa não precisa nem chamar nem bater, é só entrar a minha casa não tem porta... A minha mãe ficou doida com isso, ela falou Zé e se entrar um ladrão? Vai roubar o que  mãe, só se for uma panela véia.  E num é que roubaram ! Quando a mãe da gente fala tem que abaixar a oreia, E quando ela entro no banheiro, a coisa mais linda tecnologia  de ponta, disenvolvi um sistema de captação de água da chuva, pra não ter que toda hora incomodar os moradores e comerciantes da região, agua limpa pra beber, cozinhar e tomar banho. Eu sou um cara privilegiado durmo com a lua e as estrelas, acordo com sol rachando na cara, mais o foda mesmo é quando chove você bota um cobertozinho no chão molha, bota um papelãozinho molha também, a mãe falou que não vem mais na minha casa... tá limpo casa de bacana não agrada pobre. (CENA DO CRENTE FANÁTICO) Crente –( ENTRA CANTANDO ):Entra na minha casa entra na minha vida, mexe com  minhas estrutura sara  todas as feridas, me ensina a ter santidade........ Zé Bufinha – Que baixaria é essa, aí Zé? Zé Dourado- Eu sei Lá mais um fanático ai. Zé Bufinha-  Eu não gosto desses caras fanáticos ai não os, é serio mesmo. Esses dia  veio uma cara  igual esse, me entregar um papel. Se ele soubesse a raiva que eu tenho, ele não me daria, por que se for para me entregar papel, entrega logo de caixa né, faiz igual as mina que trabalha lá no farol pelo menos você não polui os bueiros, se não servir pra reciclagem serve para higiene pessoal . Crente – ( sai entregando os panfletos ) Aceita a palavra do senhor, você aceita a palavra do senhor? Eu ouvi o senhor falando. Mais saiba que Deus tem uma obra na sua vida, tem uma obra na vida de cada um aqui presente, vocês não estão aqui esta noite reunidos por acaso. Você aceita o senhor Jesus como único Salvador na sua vida.... ( é interrompido ) Zé Dourado – Aí, filha, não vai  na dele não, vai na dele não , esse papo ai eu já conheço, pra você ter uma idéia , esses  dia ai  fui na igreja, saca só o psicológico do pastor. Eu estava desse jeito, aí começou uma gritaria, um pa pa pa um pe pe pe,  que me deu uma dor de cabeça do caramba. Ainda veio passando uns cara com um coador gigante pedindo dinheiro ! Aí, meu irmão, olha o meu estado! Vai roubar o capeta (crente fica furioso) Crente –O senhor não le a bíblia não conhece a palavra, isso se chama dizimo  meu senhor, a sua vida está assim  por que a sua vida esta amarrada. Zé Bufinha (indignado) – Amarrado, amarrado ta é o Satanas! Esses caras  têm uma mania feia de falar que a sua vida ta amarrada... você já ta fudido o cara ao invés de chegar e te levantar a moral, não. Vem falar que a sua vida tá amarrada,  Amarrado ta é o capeta! Crente – Eu sei que  a seu fardo esta pesado meu irmão , mais você tem que crê em Jesus ( levando as mão para fazer uma oração ) Sai dele filho do cão , Tinhoso! Zé Bufinha (enfurecido) – Tião, não!  Pode parar ta pegando pesado.  Pode parar já fala que se ta amarrado, e ainda vem fala do meu pai .  Tião era meu pai, cabra macho do norte, né ZÉ, é melhor você pegar o caminho do beco, por que si não eu vô pegar a chibata de boi vô da duas lapadas no seu lombo, se vai sair daqui com dois quentes e um fervendo. Zé Pinguinha (lendo uma revista pornográfica) –  Ei, Ei, Aí, vamos respeitar o ambiente... Não se pode nem mais ler tranquilamente. Crente – Senhor, me desculpa mas eu não estou preparado pra isso! MAIS SAIBA QUE Jesus esta com senhor . ( SAI CANTANDO )Entra na minha casa entra na minha vida mexe com minhas estruturas sara todas as feridas.... (crente sai) Zé Bufinha – Aqui ó , se Jesus Cristo sofreu o tanto que estou sofrendo o cara era macho ele tinha o saco roxo.  Porque  de doença eu tô cheio tô pior que jó ,  se jó tinha sete, eu tenho vinte uma, é pra cair o cú da bunda. Zé Pinguinha – ( LEVANTANDO ) AI as mulheres aqui da rua é tudo interesseira, tudo interesseira, teve uma mão ai, que eu fiz uma fita na padaria, descolei  15 pacotes de malboro, malboro, não é eight não, é um troféu um litrão de absolut,  voltei pro beco, era bunitinho pra lá, gostosinho pra cá, as mulher fumaram tudo, só deixaram as bituca no chão, a minha absolut foi igual água, tomaram tudo,  desce macio, me deixaram na mão, me abandonaram, tem problema não tá aqui as minhas mulheres, essas me deixam na mão mais nunca me abandonam. Ai Loira hoje é contigo, hoje eu sou todo seu meu bebê, calma ia morena não precisa brigar a manha é sua vez, não precisa brigar... ( derrepente pisa em algo ).... Puta que pariu, eu já falei pra esse fi duma égua, não fazer isso aqui não, na área de trabalho não.. todo dia eu limpo isso aqui, eu lavo, eu passo o rodo na praça, que que eu fiz para merecer isso meu deus do céu. ( abaixa pega o sapato) tem cara, tem cheiro, puta que pariu é merda... puta que pariu Zé, eu já falei pro cê aqui não, aqui é ambiente de trabalho, quer cagar, vai cagar no beco central meu,  Eu vô fazer uma risca no chão, aqui é território meu tu que ouze atravessar a fronteira e abrir esse rabo aqui, eu te arrebento vo fazer você cume.. ta avisado. Zé Bufinha – Eu vou cagar aonde? Eu já to  fudido,  fidido, imagina cagado, E falando em cagar, me bateu uma vontade que, eu acho que não vai ter jeito... Sinto muito, Zé! (Zé Pinguinha observa a atitude de Zé Dourado estupefato e se retira da cena, a luz se apaga lentamente restando apenas um foco sobre Zé Bufinha, que lentamente vai se abaixando e abaixando suas calças, como se estivesse defecando) Infelizmente eu vou fazer o que os caras do comercio  não deixa nos usar o banheiro, quando se entra num bar os caras só falta de dar uma paulada, quando se entra num beco que não é seu os caras de dão pedrada, vai caga na puta que pariu, se eu soubesse onde é eu cagaria, e o Zé vem falar pra mim que eu não posso cagar, Eu tô igual cachorro de madame cagando e ensacando. Tá vendo ai, parece até ouro, a gente tem que ficar escondendo.. (CENA DO MOLEQUE VENDENDO BALAS NO FAROL, ENTRA COM PERNA DE PAU, E ENTRE OS CARROS VAI COLOCANDO OS SAQUINHOS NOS RETROVISORES ) Moleque –Boa tarde meu patrão, uma amostrinha grátis  do produto, um realzinho só,  ajuda ai .( VAI EM TODA PLATÉIA  DISTRIBUINDO SEU PRODUTO E VOLTA RECOLHENDO ) Obrigado, boa viagem, Obrigado boa viagem.. ( PARA  NO CENTRO DO PALCO) Moleque- Eu só não chinguei o camarada do camaro amarelo, por que tenho educação, tô aqui honestamente vendendo meu produto para tentar sobrevir, se não quer comprar o meu produto, fica tranquilo que não irei te encher, recolho e vou embora, mais me humilhar não. O cara abriu só a pontinha do vidro jogou a moeda no chão e falou : PEGA AI MOLEQUE VAI COMPRA TEU BAGULHO. MOLEQUE:  MOLEQUE É O CACETE, EU TENHO NOME, MEU NOME É JONI, JONI PORRA, TO TRABALHANDO, NÃO TO ROUBANDO OU USANDO DROGA NÃO, MEU NOME É JONI PORRA.. Zé Bufinha – Calma, Gil! calma? Moleque: Gil quem é Gil aqui, meu nome é Joni, Joni! Zé Pinguinha – Tô falando , mudou até de de identidade,  cade a carroça,? Moleque- Eu vo pagar outra num esquenta não! Zé Bufinha –  O cara tava desaparecido  já tinha 3 meses, a carroça com ele dentro, ele voltou, a carroça não, Ainda voltou metido mudou até o nome, né Gildeon Moleque – Quem foi que te disse, quem foi que te disse, meu nome é Joni, Joni, entendeu meu, eu aceitei o tratamento na clinica de recuperação, tava lá fiz até uns cursos, to vendendo  bala, doces, amendoim, nos farol pra complementar a renda ai   já mandei o perna fina fazer outra carroça, até  maior que a antiga. Zé Pinguinha – Esse nome ai te deram lá na clinica, é legal, que o seu quando a gente fala parece que tá chingando Gildeon.. Moleque- Não enche saco meu , to mó cansado eu volto encontro essa bagunça do caramba aqui meu, eu já falei, é para separar latinha com latinha papelão com papelão, uma zona do cacete um fedo de merda do caralho, já me extressei vou tomar um banho pra enfrentar o próximo turno. Zé Bufinha- Não vem falar que sou eu não... (moleque tomando  banho) Zé Bufinha-  E ó seguinte cuidado com exagero ai, que essa água não é o gato  da caixa, nem da rua não. Moleque -  E é de onde então? Zé Bufinha – Disinvolvi uma tecnologia de ponta , vem do céu captação, e é pra tomar banho, bebe e cozinha, manera ai... (CENA DO ASSALTO) Zé Pinguinha – To lembrando aqui. Quando tinha 12 anos. Naquela época, eu cuidava do meu tio, ele não andava, era paralítico, depois de um tempo meu tio morreu, dei graças a deus me livrei daquela zica. Não tava aguentando mais . Aí  fui para na febem, centro de recuperação ao menor, nunca roubei uma bala, fui jogado lá Desandei,, veio o primeiro  copo de cachaça , primeiro cigarro , primeiro baseado, primeira carreira de farinha, desandei, sai e comecei a roubar , mas não dava,  era pouco. Já queria partir pra cabeça. Bolei um plano: assaltar o mercadinho. Trombei o Gildeon e falei tu é sujeito  homem?” Moleque – Gildeon é o caralho , meu nome é Joni é ! Claro que eu sou! Zé Pinguinha – Trombei o Bufinha e você, Zé, é sujeito homem? Zé Bufinha – Saca só minha personalidade, não preciso nem falar. Zé Pinguinha – Então fechou! Aí naquele dia, eu tava muito louco, eu já tinha mandado três pra narina. Já entrei gritando: Aí pro chão! (interrompe o grito e verifica se todos estão encapuzados) Zé Bufinha - Para! Aí, cadê a touca caralho!  Tá filmando porra Zé Bufinha e Joni colocam a touca e partem para o assalto, segurando garrafas d’água como se fossem armas. Zé Pinguinha observa e vai para o assalto, escolhendo alguém na platéia para ser a vítima prosseguindo assim, a cena de um assalto. Zé Pinguinha – Aí, caralho, pro chão! Olha lá, Zé. Ô, Neguinho! Olha ali, Neguinho. Neguinho – Neguinho é o caralho, mano! Zé Bufinha – Fica quieta, tia! Ta ligado? Zé Pinguinha – Aí, é o seguinte: se ficar quietinha, nóis vai embora rapidão. Se não, vai subir! Vai subir, se liga ai Gil Moleque – Gil o caralho porra meu nome é Joni. Zé Pinguinha-   –AI Zé  fica de olho  Zé Dourado – Para de falar meu nome porra, que ladrão é você , fica na moral tia, aqui é o crime vo botar o terror ta ligado. Zé Pinguinha - Não percebi, tinha uma polícia à paisana. Quando eu fui sacar meu cano, só ouvi os gritos: “Pro chão, vagabundo!” Olhei pro lado, cadê o Gil? Moleque-  Meu nome meu nome é Joni, Joni, qual seu telefone? Zé Pinguinha-  Olhei pro outro cade o ZÉ? Zé Bufinha – Quanto é o litro do minuano minha senhora ? Deixa quieto me dá um sabão empedra mesmo.. Zé Pinguinha- Amigo, t ambém de ferra, ve lá com quem vocês anda.. Tá bom, tá bom , não precisa empurrar não, eu sei o caminho. Zé Bufinha- Quando eu cheguei aqui eu num me lembro...eu   num me lembro não.eu acho que eu to com aquele poblema lá,aminezia...eu me lembro de poucas coisas....Eu cheguei numa casa bonita, e me atendeu uma moça bonita também... O moça você num tem um prato de comida que possa me oferecer???E que não vai lhe fazer falta nem pra você e nem pra sua família (ouve-se uma resposta em off) Desculpa esfarrapada  né? Eu não estou pedindo 5 kilos de arroz não, só um prato de cumida... Cheguei numa outra casa mais bonita ainda,  tinha um pit bul com um frano inteiro na boca, falei moço você num tem um prato de  comida que possa me oferecer e não vai lhe fazer falta nem pra você e nem pra sua família (ouve- se latidos do cachorro  e gritos do homem ) . que num lhe falte o que ta me faltando hoje... Pois amanhã você pode estar na minha situação ou até pior, num é  jogando praga não... (Entra Lanpião) Zé Pinguinha-   O Zé olha quem chego, o Gildeon sumiu, olha quem apareceu Zé Bufinha – Pega a pica de boi da 2 lapada da custela e já era! Zé Pinguinha- Sei não esse cara parece que tá com encosto. Zé Bufinha – Pega a pica de boi da 2 lapada no lombo bem dada, quero ver se o encosto quenta.? Zé Pinguinha -  que foi caramba? Quer comida? Zé Bufinha- Quer latinha? Pode pegar Lampião alvoroçado começa a pegar tudo quando é interrompido Zé Bufinha- Pode parar, pode parar, eu falei para você pegar a quantidade para  matar a sua fome hoje, e não pra limpar o estoque inteiro não! Lampião – Meu nome é Lampião. Mas não é por que eu sou nordestino cangaceiro, não. É que eu tenho medo do escuro mano. Sério! Eu não vou no beco à noite, tenho medo... Lembro como se fosse hoje. Só de lembrar, já me dá vontade de mijar. Um dia eu juntei um real pra fazer um ensopado...de pé de frango... Eu tava cozinhando ali, quando chegou um monte de maluco. Eles aproximaram e não falaram nada, só ficavam me olhando. Eu falei: “que foi? O que vocês tão olhando? Tem muito pé de frango aqui, dá pra todo mundo comer (Lampião começa a imaginar a situação) Que? meu! Para com isso cara! (cai de forma agonizante e urra de dor) Pelo amor de Deus, pode levar tudo! Eu não to mais com fome, mesmo! (Protege a cabeça, como se defendesse de um chute) Não! Na cabeça, não! (Começa a gemer de dor e em seguida, chora) Na cabeça, não!” Faz-se silêncio. Lampião permanece deitado no chão, caído. Zé Dourado, Zé Pinguinha virasse de costas... Zé Bufinha – Aqui na rua é assim: A gente tem que fingir que é fantasma . Porque se não, a assombração pega você também. CENA DO POLITICO Zé Pinguinha – Eu já fui eleitor. Votei no presidente da república, eu . Coloquei o homem no poder eu tinha um titulo. Eu coloquei o homem no poder fiz parte da história , peguei a maior fila, eu tava lá cheguei na urna apertei o botão, confirmei.  Hoje ele ta lá, andando de avião, eu to aqui, todo fudído.  Mas eu vou sair daqui, vou fazer um protesto, vou parar a Paulista! Vão me conhecer! Vou fundar um partido: PDMR, Partido dos Moradores de Rua. Vão me conhecer... Zé Bufinha – To com você, Zé.  To com você amigão , eu sou acessor do Zé. Eu mandei uma carta lá para o congresso o zé que escreveu, mais eu acho que não ficou boa porque ninguém respondeu, o zé é semi analfabeto, mais eu redigi por via das duvidas, e cloquei as nossas reivindicações . Imagina vocês que só no centro de  São Paulo é 19 mil moradores de rua,  diferente do termo mendigo, pois nós trabalha, somos catadores de recicláveis. Agora imagina vocês se essa população de rua votasse, quantos vereadores  nós elegeríamos. Teríamos ai a nossa diferença pessoas que brigaríamos por nós. Outro ponto se nós moradores recebecessemos  uma bolsa com valor simbólico, viveríamos um pouco melhor. Mais é como aquele velho ditado popular, ¨O que importa é a intenção” se iremos ser atendindos  é ourta coisa. Zé Pinguinha Aqui ó... um dia eu resolvi fazer uma lista com o nome de todas as pessoas que viveram aqui comigo e foram vitimas de assassinato. Dezisti. Parei no meio... Por isso todo dia antes de dormi eu acendo uma vela e rezo... (começa a rezar) Zé Bufinha – Particularmente eu não gosto do Pai-nosso. Pra mim é uma oração egoísta.   Pra que falar Pai, se eu não me comporto como filho? Pra que falar Nosso, se vivo cercado em meu egoísmo? Pra que falar que estás no céu, se somente penso em coisas terrenas? Pra que dizer santificado seja o vosso nome, se não o honro, nem o divulgo? Por que digo venha a nós o vosso reino, se não vivemos em irmandade? Por que digo seja feita sua vontade, se não aceito se ela é dolorosa? Assim na terra como no céu? O pão nosso de cada dia nos daí hoje, se não me preocupo com a fome do meu irmão? Perdoai as nossas ofensas, se tenho a intenção de continuar pecando? Assim como perdoamos aqueles que nos tenha ofendido, se não tenho coragem de perdoar? Não nos deixeis cair em tentação, se não mostro intenção em resistir? Livrai-nos do mal, se não tomo partido contra o mal? E por que digo amém? Pra concordar com toda essa palhaçada? Nem fudendo? Por isso que eu digo que o Pai-nosso é uma oração egoísta! (para os companheiros) ai pessoal da licença que eu vo durmi... MEU TETO É A LUA, MINHA CASA É A RUA , VOCÊ PODE ENTRAR.! VOCÊ PODE ENTRAR.! VOCÊ PODE ENTRAR.! VOCÊS PODE ENTRAR.! Fim do espetáculo.
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