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Projeto Aguá para aldeia Huni Kuin

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Projeto Aguá para aldeia Huni Kuin
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Vaquinha criada em: 07/12/2018

Projeto Água

O Projeto Água nasceu após uma imersão na Amazônia acreana  junto à nação Huni Kuin em uma aldeia encantada chamada na língua tradicional, Ni Yushibu e em português, Altamira. Foram dez dias de muitas trocas, aprendizados e curas, mas notamos que a aldeia não estava em festa como nós estávamos. Boa parte da população local estava muito doente e os que mais sofriam eram as crianças e os idosos com a contaminação da agua.  Foi um choque de realidade muito grande, ninguém podia imaginar que indígenas que vivem nas florestas estão com dificuldade tão básica como essa, difícil até mesmo de imaginar como isso é possível mas infelizmente essa situação é cada vez mais comum devido aos grandes impactos ambientais e poluição dos rios e nascentes.

Antes de sair da aldeia fizemos uma promessa a todes que ali viviam, prometemos que e nenhuma vida mais iria se perder  e ninguém mais sofreria por falta de água. Foi assim que nasceu o Projeto Água. Dois anos depois da primeira visita conseguimos construir um sistema de captação de chuva de dez mil litros, mas que, infelizmente, não foi suficiente para vencer o período de seca de três meses natural da Floresta. Também percebemos que pela tradição Huni Kuin, os nativos não bebem água de chuva, independente de sua pureza. O esforço porém, foi válido em todos os sentidos, pois o sistema de chuva é facilmente replicável e hoje esse sistema é visto por toda aldeia. Descobrimos também uma coisa muito importante: o uso secundário de água. Isso quer dizer água para lavar, cozinhar, tomar banho e outros fins é muito importante e útil para especialmente as mulheres da Aldeia. Imagine que para cozinhar elas precisam ir até o rio e percorrer uma distância às vezes maior que 100m três vezes ao dia com panelas muito pesadas, e depois mais três vezes para lavar louça, para lavar roupa e para o banho, delas e das crianças. Elas não tinham tempo de fazer mais nada, estavam presas a uma rotina muito dura e pesada e a água da chuva captada trouxe conforto, tempo, empoderamento e liberdade. Hoje, se você visitar a aldeia vai ver todas as mulheres cantando nos retiros, se divertindo, sorrindo isso tudo graças ao sistema de chuva.

Entretanto, nossa luta não parou por aí. Com a chegada dos  permacultores  na aldeia  nasceu a ideia de se cavar um poço. Cavamos o primeiro, porém ele ficava muito distante e reservava pouca água no período de seca. Por este motivo, esse ano, concentramos todos nossos esforços (seis anos após o início de tudo) para concluir esse projeto que irá beneficiar 160 pessoas. Em 2018 conseguimos cavar 2 poços e encontramos água limpa, deliciosa e de qualidade. Um sucesso!

Mas um novo desafio surgiu: é preciso distribuir essa água que se encontra em local mais isolado até o coração da aldeia. Montamos então um grande plano com o Charles S. Huber Professor de Tratamento de Águas do curso de Gestão Ambiental do Instituto Federal Sul-rio-grandense: O Sistema de Distribuição de Água para Beber da Aldeia Altamira Ni Yuxibu Para garantir água de qualidade para os habitantes da aldeia Altamira, estão sendo construídos dois poços do tipo amazônicos (superficiais com no máximo 5 m de profundidade), além do já existente. Esses poços estão situados em um local distante quase 1 km da área onde estão localizadas a maior parte das casas da comunidade. Essa área fica dentro da mata e para levar a água até a aldeia será necessária a construção de uma rede de coleta e distribuição de água. A rede de coleta irá ligar os três poços a duas caixas de água que ficarão sobre um morro dentro da área da aldeia. Uma das caixas de água já existe e a outra precisa ser adquirida. Para a coleta e transporte da água entre os três poços e as caixas será necessário a aquisição de 1.000 metros (aproximadamente 400 m para cada um dos dois novos poços e 100 m para o existente) de tubo de PVC com diâmetro de 25 mm, conexões, duas bombas elétricas e fiação.  

A partir dessas caixas, a água será direcionada por gravidade até uma casa localizada em uma posição central (Txai Maya), por uma tubulação de 40 mm de diâmetro, que se estenderá por 770 metros dentro da aldeia. Nesse local haverá outra caixa de água, que também precisa ser adquirida. Nesse longo trajeto, 5 casas da aldeia já serão conectadas à rede e beneficiadas com água para beber. Dessa caixa de água, que será instalada no local, sairão três redes secundárias construídas com tubo de PVC de 25 mm que se estenderá por mais 400 metros levando água de beber para as 7 casas restantes da aldeia.  

“Eu permaneci na aldeia por 14 dias fazendo análises microbiológicas na água de diversos locais para que os poços fossem construídos onde houvesse água de qualidade e em abundância durante as duas estações (chuvosa e seca). Além disso, por demanda das lideranças da aldeia, que sonham em ter água encanada na comunidade, foi feito esse projeto da rede de distribuição de água para todas as casas de Altamira. No dia 27/12/18, estarei retornando para a comunidade para trabalhar nesse projeto tão sonhado por todos. Os custos de material (tubos de PVC, joelhos 90° e 45°, luvas, franjas, registros, reduções, cola, caixas de água, estruturas para instalação das caixas, bombas elétricas e rede elétrica) será de aproximadamente 20.000 reais.” Charles S. Huber

 

Ainda temos essa grande desafio pela frente, montar esse sistema de distribuição de água na floresta não é mole não! Muito rebolado, muitos desafios, mas estamos confiantes e vamos seguir tentando. O professos Charles S. Huber está voltando agora dia 27 de dezembro 2018  para a aldeia e vamos abrir uma arrecadação coletiva para juntar o valor máximo que for possível para conclusão desse grande sonho que é ver os moradores da floresta vivendo com abundancia de agua.  Se conseguimos juntar dez mil reais em nossa Vakinha vamos conectar um novo poço ao sistema e jogar essa agua até a residência do querido Pajé Kixtin e também alimentar a escola da aldeia. Se conseguirmos vinte mil reais vamos levar a água a 3 pontos centrais alimentando toda aldeia com muita água boa.

Convidamos a todos que queiram ajudar a tornar esse sonho possível a doar cliclando no link da Vakinha e se tudo correr bem em fevereiros trago mais novidades e fotos do projeto.

Beijos no coração de todes,

 

Hilas al Khouri

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