Meu nome é Amanda Aciari, tenho 22 anos e sou estudante de Direito. Sempre tive o privilégio de ter acesso à educação de boa qualidade e, nesse ano, me deparei com uma história que me tocou muito.

Lucas tem 12 anos, está no  8º ano e estuda em colégio público. Ele assiste as aulas por meio do celular da mãe e quando ela sai para trabalhar ele não consegue mais assistir as aulas, pois não tem computador em casa.

A mãe de Lucas, Lúcia, trabalha como empregada doméstica e estava tentando juntar o dinheiro para comprar o computador do filho. No entanto, com a chegada da pandemia ficou ainda mais difícil pois foi demitida de seu emprego fixo.

Lúcia bateu na porta da minha casa pedindo emprego e uma oportunidade de se recolocar e ter uma renda. Hoje, Lúcia mantém a subsistência de sua família com algumas faxinas que arruma para fazer.

Para mim, Lúcia e Lucas são o retrato de realidades sociais injustas nas quais muitas pessoas vivem.

Desde que se iniciou o ensino remoto, enquanto redes e alunos com mais estrutura avançaram no ensino, uma parcela dos alunos e de locais mais carentes não conseguiu se manter conectada.

O abismo digital, que já era preocupante, na pandemia piorou, pois o grupo de alunos mais desconectados coincide com o grupo que tem renda per capita menor, mais incidência de pobreza e mais chance de abandonar a escola antes de concluir os estudos.

O sistema educacional do nosso país enfrenta disparidades raciais, sociais e locais. A pandemia do coronavírus escancarou essa problemática e impôs desafios ainda mais urgentes.

Ainda que as chances possam parecer iguais, com matrícula universal e sem uma política que os discrimine oficialmente, jovens como o Lucas sofrem no dia a dia.

Assim, decidi abrir esse crowdfunding para angariar recursos e comprar um computador para Lucas, de modo a tornar possível o acesso à educação para ele, tendo em vista que educação nunca foi despesa, sempre foi e sempre será um investimento com retorno garantido, pois é por meio da educação que ocorre o aperfeiçoamento da humanidade.

Vamos ajudar Lucas, que como muitos jovens, se houvessem iniciativas como essa, mudariam a sua trajetória de vida e teriam mais oportunidades de escolhas.