Dois meses atrás em Manaus resgatei uma cadelinha. Segundo contaram a pequena vira-lata de médio porte foi criada dentro de casa, mas assim que cresceu, acorrentaram em um pedaço de madeira no quintal da casa onde praticamente foi esquecida. A cachorrinha continuava sendo um filhote, mas para aquelas pessoas deixou de ser engraçadinha, fofinha  e passou a ser desprezada assim que ganhou alguns centimetros a mais. A pequena vira-lata de medio porte passava o dia inteiro uivando. Os uivos  era melancolicos, semelhante a um choro. A primeira vez que escutei os lamentos pensei que era sentindo a falta de seus tutores que saia pela manhã e voltavam  a tarde , mas  a verdade é que a  cachorrinha uivava de fome. Um dia presenciei comendo as próprias fezes.   Um dia o proprietário dos quartos chegou até a familia e apresentou a seguintes alternativas: Jogar a cadelinha fora e continuar no quarto  ou ir embora. Havia escutado toda a discursão, assim que levantei e fui ao quintal não vi mais a cadelinha. Pedir para não abandona-la. Em seguida fui até o proprietário e pedir o prazo de cinco dias para resolver a situação  acaso não conseguisse  assumiria a responsabilidade. Cinco dias passaram e não encontrei um novo tutor, ela continuou comigo, mas não fui para bahia. Fiquei mais um mês em Manaus. Durante esse periodo a vacinei, comprei a caixa de transporte, tirei o atestado de viagem e no dia marcado embarcamos para Santarém, onde ficamos dois dias e depois para Belém-PA.  Não viajamos de avião devido o preço  da passagem. Assim que desembarcamos no Porto de Belém pegamos um taxi para o terminal rodoviário. O objetivo era viajar aquele mesmo dia ou  dia seguinte, mas ao pedir informação no guichê disseram que não poderia viajar por causa do tamanho da caixa de transporte. Não cabia na poltrona. Sem ter muito o que fazer fui em todos hoteis que ficavam próximo ao terminal rodoviário e não consegui quarto. Não aceitavam cães. Era Sexta feira e para não ficarmos na rua aluguei uma casa acima do valor onde permanecemos até vender a caixa de transporte e comprar uma menor.  Em seguida a levei na veterinaria para receitar um calmante. Agora estava apenas com dinheiro da passagem. Conversei com o funcionario da empresa de onibus, mas estava relutante em deixar Piveta viajar em uma poltrona ao lado da minha. A cadelinha era de médio porte e pesava 10 km. Para facilitar, eu disse que compraria três passagem, duas para Piveta e uma para mim. o funcionario concordou, mas no dia da viagem mudou de ideia. Primeiro colocou inúmeros obstáculos, depois disse que havia somente uma poltrona disponivel. Sugeriu que comprasse a passagem e levasse  a Piveta no compartimento de bagagem.  Estava descartado essa possibilidade. O episodio aconteceu quarta e somente  haveria um próximo ônibus sexta feira. Estava apenas com o dinheiro das passagens e  ficar mais dois dias em Belém significava gastar. Como não havia mais onibus para Salvador, decidir comprar passagem para Fortaleza. A primeira pergunta que fiz foi  se a Piveta poderia ir ao meu lado e a resposta foi não, mas disseram que poderiam conversar com o motorista e ver se era possível leva-la na cabine. Quando o onibus de Fortaleza chegou o funcionario conversou com o motorista. A caixa de transporte da piveta foi colocada na cabine e fui para o guichê da agência. Quando ainda estava comprando a passagem,  o motorista saiu do onibus aproximou-se e disse que não seria mais possivel levar a cadelinha devido um telefonema que havia recebido da empresa proibindo transportar animais na cabine. Quando isso aconteceu a caixa e a mochila já estava dentro do ônibus e  foram retirados depois do telefonema . Passei a utilizar as vans para me locomover de cidade em cidade. O bagageiro eram refrigerados e os percursos de uma cidade a outra  curtos. Consegui trazê-la até o Maranhão , mas estou ficando sem dinheiro. Peço-lhes que nos  ajudem. :( Pix: (92)98854-0594