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PELA LIBERDADE DE OJUARA

ID: 431768
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Criada em: 22/12/2018
PELA LIBERDADE DE OJUARA
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"A arte mata a morte". O verso do MC Diomedes Chinaski é a síntese da realidade de muitos jovens que tiveram suas vidas salvas pela arte, seja de qual expressão for. Jovens como Juan, mais conhecido como Ojuara, DJ e articulador cultural que vem fomentando a cena cultural recifense nos últimos anos. O próprio Chinaski, hoje renome nacional, foi um dos artistas que Ojuara ajudou a revelar e impulsionar a carreira. Entretanto, há pouco mais de quatro meses, a cena cultural recifense ficou órfã de sua atuação. Ojuara foi privado de sua liberdade injustamente.  Criador do selo 9k, que, além de ser um coletivo de DJs, promove festas muito populares em diversas casas de show da capital, Ojuara é também um incentivador de artistas em início de carreira. Está à frente de eventos como Baile de Favela, Baile da Braba e 9K Session, além de festas semanais que funcionam como vitrine para novos artistas. Fez da arte sua aliada para (sobre) viver e salvar outras vidas também. Esse trabalho de promoção cultural do que há de mais genuíno na cena artística periférica, foi interrompido injustamtente. No dia 17 de agosto de 2018, Ojuara, foi preso em uma operação da polícia civil. A ação ocorreu no estúdio de tatuagem Hellcife, que funcionava no Edifício Continental, Centro do Recife. Na ocasião, uma denúncia alegava que o local funcionava como ponto de venda de drogas, o que gerou uma investida policial. Por atuar na produção de eventos musicais, Ojuara frequentava o espaço por causa da relação profissional que mantinha com o proprietário do estúdio, Swellington. Como todo produtor independente, precisava de um ponto fixo para disponibilizar a venda de ingressos no estúdio assim como produtos da 9k (bags e camisas de marcas independentes). Ojuara conheceu Swell, como é mais  conhecido, nas festas que organizava por interesse do próprio, que demonstrou interesse em apoiar os eventos. No dia da ação policial, o produtor estava no meio da produção da maior  edição do "Baile de Favela", que tinha nomes como MV Billl, Kamila  CDD e ADL na programação. Havia ido na loja fechar o lote e repor os ingressos. Aproveitou para esperar  Breno, um amigo, que iria ao seu encontro pegar a quantia de 20$ para o Chá de Bebê de outro amigo. Também havia marcado com a sua namorada, que passaria para pegá-lo de carro. Mas o encontro nem chegou a acontecer. Ojuara foi surpreendido por uma abordagem da polícia. Segundo os agentes, o estúdio tinha uma quantidade de maconha até então desconhecida pelas pessoas que estavam no local no momento da ação. Swellington, dono do espaço, como todos presentes, fugiu e se apresentou à policia cinco dias após ter livrado o flagrante. Segundo os agentes, a droga fora encontrada na geladeira da loja do empresário. Quem acabou detido foi Ojuara, que foi responsabilizado pelo material apreendido. Mesmo réu primário, o produtor foi encaminhado para o Cotel, onde aguarda pela audiência. Durante todo esse tempo, a família contou com a ajuda de amigos e amigas que conhecem Ojuara e sua forma de trabalho honesta, além dos bailes que mesmo sem a mesma força, não pararam de acontecer como forma de resistência e uma vaquinha online foi lançada para ajudar nas despesas. Graças a reputação de Ojuara, o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares assumiu o caso.  Ojuara é o principal articulador dos projetos desenvolvidos pelo coletivo 9K, que também atua como produtora, desde 2015, articula eventos que aproximou a cena do Rap, Brega e Funk, rompendo com as barreiras, fazendo com que os produtos artísticos da periferia escoem e conquistem mais público e visibilidade. Com esforço e conectando uma rede de parcerias que fortalece e tece novos rumos para a produção musical periférica, junto com 9K, contribuiu para a consolidação de trabalhos de artistas como Schnneider, 8.0.8 crew, Zaca de Chagas, Chave Mestra, Femigang, Og Thug, Diomedes Chinaski, além de DJs como Mariá, Brisa, Kananda PX e AK Beatmaker, entre outros.  Familiares, artistas, amigos e amigas de Juan pedem pela sua liberdade. Não é sequer admissível que um articulador cultural, um artista independente com essa relevância, tenha sua vida pessoal e profissional prejudicadas por um crime que não cometeu. O lugar de Ojuara não é atrás das grades. É aqui fora fazendo o que ele sabe fazer de melhor: salvar outras vidas pela arte. #PJLOJUARA

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