O Grito Silencioso de Quem Conta Histórias

A escrita é mais do que ofício; é a respiração da minha alma. Eu, Fernanda Brasil, sou professora, mas sou, antes de tudo, criadora de mundos. Carrego em mim a nobre função de educadora e a urgência de quem precisa contar histórias, de semear reflexão, de acender a chama da curiosidade. Foi com essa missão que o meu livro nasceu: gestado em noites insones, lapidado com a paciência de quem sabe o valor de cada palavra.

A primeira batalha é a publicação, o esforço hercúleo de transformar um sonho em papel. Mas a verdadeira guerra, cruel e desanimadora, é o lançamento.

A busca por apoio foi intensa. Bati em portas, enviei e-mails, expus minha obra com a humildade de quem pede uma chance e a convicção de quem oferece algo vital. No entanto, a realidade bate como um sino fúnebre: a cultura atual não perpassa pela leitura. O livro, que deveria ser ponte para o conhecimento e a empatia, é visto como um luxo dispensável.

O que mais dói não é apenas a negação, mas o desdém que encontrei em vários momentos. Foram olhares que traduziam o "mais um(a) sonhador(a) com um livro", sorrisos condescendentes e respostas protocolares que mal disfarçavam o menosprezo pela arte e pela educação. Senti a indiferença fria de quem vê a minha paixão e a minha missão como algo menor, um mero capricho sem valor comercial.

O resultado é um eco vazio. O apoio que consegui não custeia nem 15% do valor total (R$ 5.000,00)necessário para fazer este livro chegar às mãos de quem precisa. É a matemática da desvalorização: o preço do meu sonho e da minha missão é infinitamente maior do que a disposição da sociedade em investí-lo.

Eu sei da importância da leitura para a sociedade. Sei que o livro é a ferramenta mais poderosa para construir mentes críticas, corações sensíveis e cidadãos atuantes. A leitura não é apenas lazer; é a ginástica da alma, o alimento do pensamento, a única forma de nos lermos e lermos o mundo com profundidade. Sem ela, nos tornamos superficiais, manipuláveis, perdidos em um mar de informações rasas.

Estar nessa encruzilhada, entre a obra pronta e a impossibilidade de difundi-la, é dilacerante. É sentir que a semente que plantei está pronta para germinar, mas falta a água do apoio e do reconhecimento cultural.

Mas não vou desistir. Como professora, eu ensino a resiliência. Como escritora, eu dou voz à esperança. Minha função é insistir na luz, mesmo na escuridão. Continuarei lutando para que as minhas histórias — e a importância fundamental da leitura — encontrem o seu caminho. Acredito que, no fundo, todo coração anseia por uma boa história. O desafio é fazê-la chegar lá. E eu farei.

É por isso que este apelo é para você, leitor(a), educador(a), amante de histórias.

Se você acredita no poder transformador de um livro, se entende a minha missão como educadora e escritora, eu peço a sua ajuda para finalizar esta jornada. Não estou pedindo esmola, mas sim um investimento na cultura e na educação, para mostrar àqueles que demonstraram desdém que a nossa comunidade valoriza o saber.

Acesse a vaquinha e seja o apoio que o mercado não me deu. Qualquer contribuição não é apenas um valor; é um voto de confiança na leitura, um tijolo na ponte que conecta o meu sonho ao mundo e a sua história à de muitos leitores.

Ajude-me a provar que a leitura ainda tem voz e valor. Seja a parte que falta para que 100% desta missão seja cumprida. Vamos juntos acender mais essa luz.