Como ajudar
Descubra
Como funciona
Nichelle na Université d'Aix-Marseille (França)
Vaquinha / Outros / Dinheiro

Nichelle na Université d'Aix-Marseille (França)

ID: 323826
  Meu nome é Nichelle, tenho 25 anos e preciso da sua ajuda para realizar meu sonho de estudar na Université d’Aix-Marseille, na França. Na última semana de junho recebi a notícia de que havia sido aceita na universidade para fazer o cur ver tudo
Sobre
Atualizações
Quem ajudou
Vakinha Premiada
Selos recebidos
Vaquinha criada em: 01/07/2018

 

Meu nome é Nichelle, tenho 25 anos e preciso da sua ajuda para realizar meu sonho de estudar na Université d’Aix-Marseille, na França. Na última semana de junho recebi a notícia de que havia sido aceita na universidade para fazer o curso Métiers du livre et du Patrimoine, que terá duração de 2 anos, as aulas começam dia 3 de setembro.  Não foi fácil chegar até aqui ... e  neste momento o que mais está pesando é minha condição financeira, por isso estou pedindo ajuda para dar continuidade a esse sonho.

___________________________________________________________________________________________

[ATUALIZAÇÃO 18/07]

Finalmente consegui ligar no consulado (e ser atendida). Fui informada pelos atendentes que o valor exato para a compra de euros  pelo travel money era de 3.500 (500€ a menos do que tinham me falado na segunda-feira 09/07).  Tenho até essa sexta para enviar o comprovante ao Consulado.

OBS: ESTOU FREQUENTEMENTE DIMINUINDO A META DA VAQUINHA POR AQUI PORQUE ESTOU RECEBENDO DOAÇÕES POR TRANSFERENCIA BANCÁRIA QUE VAI DIRETO PARA MINHA CONTA DO BANCO DO BRASIL. 

[ATUALIZAÇÃO 11/07]

Nessa segunda-feira, 9 de julho, fui ao Consulado Geral da França para solicitar meu visto de estudante. Entreguei aos atendentes os documentos solicitados. Depois de analisarem meus documentos me avisaram que meu visto seria negado pois, segundo eles, minha renda não é suficiente para comprovar que terei condições de me manter fora do Brasil. Me informaram que precisarei comprar 4.000€ (equivalente a R$19.000) para conseguir a aprovação do visto. 

Foi uma notícia muito triste para mim. Ver todo meu esforço jogado no lixo por ser de baixa renda... 

___________________________________________________________________________________________

Nasci na periferia de Salvador, em Pirajá, e fui criada sozinha pela minha mãe.

Aos 7 anos fui morar em Fazenda Coutos com minha tia, pois minha mãe teve que ir para São Paulo trabalhar como cozinheira em um restaurante de comida baiana e como empregada doméstica na casa dos proprietários do restaurante.

Ficamos separadas por um ano, tempo que ela juntou dinheiro e comprou uma casinha na periferia de Campinas. Depois de conseguir o mínimo de estabilidade, minha mãe comprou minha passagem e eu fui encontrá-la em Campinas.

Quando eu tinha 12 anos minha mãe saiu do restaurante e abriu um bar, e eu comecei a trabalhar com ela. Saia da escola a tarde e ia direto para o bar, ficava no caixa, fazia marmita e atendia algumas mesas, ficava até a hora de fechar. Na época nós morávamos na parte de cima do bar. 

Sempre estudei em escola pública e imaginava que faculdade era coisa de gente rica, afinal ninguém da minha família falava sobre isso. Tive contato com muitos estudantes da UNICAMP que frequentavam o bar da minha mãe, alguns que tinham a mesma origem que eu e me incentivaram a prestar o vestibular - me avisaram que era um processo difícil, que teria que me esforçar muito para conseguir uma vaga.  Botei na minha cabeça que entraria em uma universidade pública. Entrei no site dos principais vestibulares do estado de São Paulo para ver o modelo das provas. Foi desanimador, as questões tratavam de assuntos que não foram ensinados na minha escola. As provas de exatas eram impossíveis de responder. Sabia que apenas com meu conhecimento de escola pública eu não seria aprovada.

Fui atrás de cursinho, fiz a prova de bolsas e consegui 70% de desconto. Neste período eu frequentava o cursinho de manhã, trabalhava à tarde com minha mãe e a noite ia para escola. Quem estudou em escola pública a noite sabe como as coisas funcionam. Não tínhamos aula de sexta-feira, e não tivemos professor de matemática por alguns meses. No meio do ano já não tinha forças para aguentar essa rotina, mas minha mãe me deu forças para continuar... continuei. Passei na 3ª chama da USP. Fui a primeira pessoa da minha família a entrar em universidade pública.

Essa aprovação não foi só minha, foi também da minha mãe, dos meus dois irmãos mais novos e de todos aqueles que vieram do mesmo lugar que eu.  

Depois da aprovação tive outro desafio : me manter na faculdade. Trabalhei como garçonete, recreadora de festas infantis, babá, arte-educadora, e vendi cookies na rua, até conseguir um estágio em uma biblioteca.

Nos últimos anos estagiei no laboratório de conservação preventiva da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin - (BBM-USP), onde descobri uma nova paixão: livros. Terminado o tempo de estágio passei no processo seletivo da Biblioteca Municipal Mario de Andrade, onde estagiei no mesmo setor por um ano.

Desde então comecei a sonhar alto: estudar o livro, mas não no Brasil, na França. Se o processo para entrar em numa universidade pública no Brasil foi difícil imagine ser aceita em um universidade pública de outro país. Sabia que teria uma longa batalha pela frente, mas isso não me desanimou, muito pelo contrário. Fiz muitas pesquisas na internet até chegar ao Campus France - plataforma do governo francês que liga estudantes brasileiros às universidades francesas.

Comecei a missão de unir todos os documentos que eles exigiam para criar um dossiê eletrônico. Investi tudo que tinha nesse processo, gastos com taxa de inscrição, tradução juramentada de muitos documentos, test de connaissance du français (TCF), entrada no visto, etc… fora o gasto psicológico.

Foi um processo muito difícil e demorado (começou em fevereiro e ainda não terminou por conta do visto).  E depois de todos esses desafios, de ter vindo de onde eu vim, entrado em uma faculdade pública, ter sido aceita em uma faculdade pública na França, corro o risco de não conseguir realizar esse sonho pois não tenho o dinheiro necessário na conta, e por consequência  ter meu visto negado, por isso preciso da ajuda de vocês, qualquer valor será bem vindo.

Só a educação pode melhorar nosso futuro.

Chegar até aqui foi uma grande vitória,  não quero perder essa oportunidade  por causa de questões financeiras.

Entrem em contato comigo: nichelleteles@gmail.com ou (11) 95580-5716

________________________________________________________________________________________________________________

Meus dados do Banco do Brasil:

Agência: 3559-9

Conta: 50315-0

CPF: 378.596.168-58

________________________________________________________________________________________________________________

Um grande abraço a todos

Com muito amor e carinho,

Nichelle Teles

 

Carta de aceite

Tudo o que você precisa saber sobre o Vakinha
Arrecadado
R$ 6.755,13
de R$ 6.000,00
Dê o primeiro coração
Comprar
Apoiadores72
AVISO LEGAL: O texto e as imagens incluídos nessa página são de única e exclusiva responsabilidade do criador da vaquinha e não representam a opinião ou endosso da plataforma Vakinha.