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Minha casa / minha paz mental

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Minha casa / minha paz mental
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Vaquinha criada em: 15/12/2021

Olá, Eu sou Diogo e meus vizinhos tornaram minha vida um “inferno”! 

Sim, esse é o título do meu sofrimento e o que tem sido a causa principal de minha falta de esperança com a humanidade, depressão e ansiedade recentes. 

Como isso aconteceu? É uma história que preciso contar por passos. 

Minha tia sempre quis muito comprar uma casa para morar com marido, durante anos lutou por um empréstimo no trabalho dela. Quando finalmente conseguiu, o até então marido dela se transformou em um ser agressivo e interesseiro; ao ponto de querer tomar a casa dela na justiça. Porém, com a separação tudo foi resolvido e ela continuou com o bem que tanto lutou.

Nesta fase eu era uma criança, aproximadamente 10 anos de idade, que dava orgulho à família pelo empenho nos estudos. Juntando a desilusão da minha tia com a proximidade que temos, ela me criou junto com meus pais e minha avó como a um filho (ela não teve filhos), um certo dia ela resolveu me presentear a casa... ainda na base da fala.

Quando todo período conturbado na vida dela passou, eu tinha 14 anos, quando ela emprestou a casa para um tio meu morar lá. Ele tinha acabado de casar e estava construindo uma casa com a esposa em outra cidade. O que seria provisório se estendeu por anos. Foi quando minha tia oficializou a passagem do documento da casa para meu nome. Eu já estava maior de idade, no entanto meu tio permanecia lá.

Como eu ainda morava com meus pais, decidi não atrapalhar a vida desse meu tio (pois em muitas partes da vida ele me ajudou e me incentivou nos estudos). Porém os anos foram passando, fui me estabilizando no trabalho e construindo uma reserva para reformar a casa no futuro.

E a casa? Era, ainda é, uma casa velha com fundações desregulares e quando ela me foi entregue estava num estado difícil de habitar. Durante esses 10 ou 15 anos ela não passou por nenhuma reforma, as madeiras do telhado estão podres, as janelas estão emperradas, a grade da frente está deteriorada, o portão da casa não trava direito, o quintal estava muito sujo. Quando chove o telhado pinga em lugares aleatórios, a casa tem apenas dois pontos de água (chuveiro e torneira da pia). 

Agora preciso retornar a 2018, no início do segundo semestre eu estava com uma reserva financeira para dar início às obras (meu tio morando lá, eu na casa dos meus pais). No entanto, parecem que as coisas são feitas para frearem minha vida. Precisei sacar toda minha reserva quando minha avó começou a adoecer. Foram 06 meses de sofrimento, correria para hospital, a família se desdobrando para ficar no hospital com ela, o que eu conseguia fazer era apenas o financeiro e o apoio a ela. Tentava parecer forte, por dentro estava ruindo. Ela lutou contra uma obstrução, um câncer, no intestino de agostou de 2018 até janeiro de 2019. Faria o impossível para conseguir diminuir o sofrimento ela e tirá-la daquela situação, mas o dinheiro não é a chave de tudo. Perdemos essa batalha.

No mês seguinte entrei na faculdade pública, depois de 9 anos de conclusão do ensino médio e mudei de posto no trabalho buscando um melhor deslocamento casa-trabalho-faculdade-casa.

Depois de ver minha vida desestruturada, fui atrás do meu sonho de ser professor. Não consegui viver o luto da perda da pessoa mais forte da minha vida, tive que erguer a cabeça e segui. Porém a casa dos meus pais era um gatilho constante para a saudade, eu estava desmotivado e agressivo. Decidi me mudar, morar afastado enquanto me reorganizava. Não seria opção morar na casa que ganhei, ela fica próxima das “lembranças” que eu precisava evitar por enquanto.

Passei os anos seguintes numa escalada de problemas psicológicos que me levaram a autolesão, a pensar em desistir de tudo, a atrapalhar meu relacionamento interpessoal, a me dar crises de choro. Com muita guerra, tratamento e atividades físicas consegui um respiro.

No novo posto de trabalho a coisa apertou, eu vivi uma nova forma (exagerada) de organização onde a cobrança pesou e o trabalho multiplicou. Só que eu precisava da proximidade com a faculdade, precisava de uma mexida na rotina e isso foi bom inicialmente. Passados uns anos, com muita cobrança por horários e o cansaço do deslocamento, percebi que só conseguiria sobreviver a esse ritmo se tivesse uma moto. E com muita luta eu consegui tirar habilitação e ter uma moto, isso tudo melhorou meu rendimento no trabalho e na faculdade. Mas aí veio a Covid-19 e parou o mundo. As coisas apertaram, tive que pedir a minha casa (por direito) a meu tio.

E surpresa: ele não quis sair de boa, implicou por um tempo, quis atrapalhar, mesmo acabando por sair a nossa situação e proximidade ruiu. Aprendi mais uma vez que família e “dinheiro” não se misturam. A casa, como disse antes, estava totalmente destroçada, fruto de anos de maus-tratos. 

Para poder me mudar para lá, tive que abrir fazer alguns reparos na casa. Que ficaram inacabados, com a promessa de serem cumpridos aos poucos. Eu não tenho luxo, vivo com o mínimo. Minha casa é, com muito tato para dizer isso, uma das mais deterioradas da rua. Não levo visitas lá, tenho vergonha de mostrar onde moro. As madeiras do telhado estão estragadas, para se ter ideia, abrigando besouros que já tentei combater e não consegui.

Sendo sincero: Daria para morar lá enquanto reformava aos poucos.

Porém vem a última, e mais recente, porrada que a vida me deu: Os vizinhos.

 

Até então imaginava tranquilidade naquela casa, mesmo com todas dificuldades era meu lugar. Só que nos 06 meses (quase 07) que me mudei para lá, tive o meu ritmo diário e de final de semana ditado pela vida dos vizinhos. Principalmente os que vou citar.

Eu não sou seguidor de religião alguma, mas observo as pessoas generalizarem os cristãos (protestantes / evangélicos) por alguns motivos. Só que não sabia que uma família específica faria, com um desses motivos alegados pelos que são opostos a eles, da minha vida um inferno. Tem funcionado assim:  a casa vizinha é colada no muro (minha casa respeita uma distância para o muro vizinho) ficando um beco entre a casa deles e o meu quarto. A casa deles é lajeada, o que, creio, direciona o som para meu quarto. Se cair uma moeda no quintal deles, o som vai no meu quarto (com certo exagero meu). 

Nos últimos meses, incluindo minhas férias, acordamos no ritmo deles. Por volta das 07/08horas começam a se movimentar e fazer barulho no quintal. Por volta das 09/10h ligam o aparelho de som, com direito a karaokê das crianças e do pai da casa. Nos raros dias que não ligam o som, eu acordo ansioso e com medo se vão ligar... sério, acordo assustado e com o coração acelerado. 

Certo dia fomos falar com o vizinho, ele disse que abaixaria o som e mudaria a direção das caixas. Durou uma semana, tudo voltou ao normal. Mas daí eu cansei, não uma pessoa que gosta de incomodar, até o volume da minha tv eu limito. Essa situação ficou e tende a ficar mais desgastante para ambos. Afim de manter minha sanidade mental, ou algum controle sobre ela, decidi me mudar (morar de favor) até finalmente concluir a casa.

A ideia é colocar Laje ao menos no meu quarto, que mede aproximadamente 3 metros x 3 metros. E assim alimento a esperança de não me incomodar com os barulhos externos. Não quero ser invasivo como eles são. 

Tem uma frase que detesto: Os incomodados que se mudem.

Porém posso adaptá-la: O incomodado se adaptará.

Com essa “pequena” história pretendo arrecadar ajuda para essa parte da minha vida. Nunca achei que chegaria em tal ponto, não por orgulho, mas por urgência causada por pessoas que aparentemente seriam boas pessoas. Juntando o aperreio ao necessário.

Ajudei muita gente, se pudesse ajudaria mais, só que nesse momento eu que preciso. Imagino que o valor descrito seja suficiente. Caso seja muito, faço doação com o restante ou devolvo de acordo com o que quiserem. Eu sei que no momento que o mundo está vivendo, há pessoas precisando também. Mas fica aqui meu agradecimento se você chegou até aqui.

Para agradecer, posso te mandar uma pequena lembrança.

Fico te devendo essa <3 

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