Ajude a Jennifer a andar novamente!

Olá me chamo Jennifer, moro em Dois Vizinhos-Pr e tenho 14 anos.

Bom, em setembro do ano passado eu comecei sentir fortes dores no meu joelho esquerdo, mas como eu fazia dança e era uma pessoa muito ativa, não me importei muito, pois a dor era forte mas dava pra ir levando. No finalzinho de setembro a dor começou aumentar muito, e os remédios já não faziam mais efeito, a noite era o período em que eu mais sentia dor, eu já não dormia mais. No inicio eu achava que poderia ter dado uma torsão na dança, fui no massagista, ela fez uma massagem e disse que era o nervo que estava inflamado, pediu pra mim cuidar por uns dias, e não forçar, mas como eu tinha apresentação e estava começando os ensaios gerais eu só cuidei por uma semana e na outra voltei com tudo, acabei forçando demais, cada dia que passava a dor aumentava. Uns dias antes da apresentação eu fui no hospital ,o médico me atendeu e disse que era normal, só uma dorzinha de bailarina, me receitou uma pomada, e disse pra cuidar. Depois de muitos ensaios chegou o dia da apresentação, consegui apresentar . Depois disso eu fui novamente no massagista, a cada dia a dor ia ficando mais forte, nunca senti tanta dor em toda minha vida, depois dessa ultima ida fiquei 15 dias sem conseguir andar de tanta dor, comecei perder muito peso, em  menos de um mês eu perdi 12kg,sem explicação. No dia 06/11/19 sofri um acidente, mas não me recordo de ter batido o joelho, acabei nem indo pro hospital, daquele dia em diante a dor só aumentava, um pouquinho que eu andasse minha perna já inchava, minha mãe começou se preocupar,  no dia 10/11/19 conseguimos uma consulta com um ortopedista, no inicio ele achou que poderia ser o menisco, mas precisava de uma ressonância para ter certeza, conseguimos fazer a ressonância no dia 02/12/19, no dia 09/12 pegamos o resultado ,e no dia 10/12 já marcamos uma consulta com uma clinica geral. A medica olhou meu exame e disse que eu estava com um tumor no fêmur, e que precisava retirar urgentemente,  meu chão desabou no momento da noticia, eu só queria que aquilo tudo fosse mentira, ela já me encaminhou pro ceonc (hospital do câncer)  de Francisco Beltrão, mas eu precisava passar pelo ortopedista primeiro, dia 11/12 eu já  passei pelo orto, que disse a mesma coisa, e nos assustou ainda mais, na sexta dia 13/12 eu tive a consulta no ceonc ,para saber se o tumor era benigno ou maligno, quando o medico olhou meu exame ele já disse que era maligno e que não tinha mais o que fazer, a única solução era amputar o membro, pedimos pra tentar outros meios, o médico disse que realmente não tinha o que fazer, como eu tinha perdido muito peso, e estava muito fraca não iria conseguir fazer outro tipo de tratamento como quimioterapia ou radioterapia. No momento da noticia meu mundo caiu, eu disse que não iria tirar de jeito nenhum ,eu chorei, eu questionei Deus e continuei dizendo que não iria tirar, foi quando o médico olhou pra mim e me perguntou “você prefere a tua perna ou a tua vida?” Foi quando eu cai em si, e entendi a gravidade do problema, sem pensar duas vezes, com o coração em pedaços, eu disse que eu  escolhia a vida, e decidi que iria tirar o membro. Mas a possibilidade de estar em outros órgãos como pulmão, sangue era muito  grande, o médico já me pediu o exames pré operatórios, de sangue, raio-x do pulmão e coração, na segunda eu precisava voltar pra ver o resultado dos exames, se estivesse tudo bem a cirurgia iria acontecer na quarta-feira dia 18/12, mas se estivesse em outros lugares eu precisava tentar a quimioterapia, pra matar a doença e só depois fazer a cirurgia foi o final de semana mais angustiante da minha vida, na segunda voltamos lá e graças a Deus estava tudo bem, era um tumor localizado e só estava no fêmur. Na quarta-feira dia 18/12/19 eu consegui uma cirurgia de encaixe para fazer a retirada do tumor, e também do membro. Desde então eu comecei uma nova vida, eu renasci naquela cirurgia, e quando o desespero batia, quando o medo batia a porta e insistia em ficar eu só pensava que a minha vida estava inteira pela frente, e que os meus sonhos esperavam por mim, passei por muitos momentos difíceis, o período de adaptação, a aceitação, o medo de como iria ser daquele dia em diante, como as pessoas iriam reagir quando me vissem, a insegurança se um dia eu iria conseguir andar novamente, coisas difíceis mas que com todo apoio, o carinho, as energias positivas que me mandavam, as mensagens de força e as orações de todos se tornaram menos dolorosos. Hoje a pergunta que mais recebo ainda é “como é pra você se olhar no espelho e não ver o teu membro?” não vou dizer que nos primeiros dias não foram difíceis, porque foram, mas hoje eu olho pra ela e só o que eu consigo sentir é gratidão, por ela ter me devolvido a vida, hoje a minha perna é só um detalhe. 

E agora depois de meses da cirurgia, depois de tudo isso, eu estou aqui para pedir a ajuda de vocês para comprar a minha prótese ,e me ajudar na realização desse sonho que é voltar a andar!