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Jovens de Periferia na Brazil Conference 2020

ID: 898711
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Criada em: 11/02/2020
Jovens de Periferia na Brazil Conference 2020
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Qual foi o critério de seleção dos participantes desse programa? A seleção foi realizada entre os jovens apoiados pelo Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart). Foram escolhidos cinco  jovens brasileiros de alto potencial, selecionados com base em suas trajetórias inspiradoras, para a Brazil Conference 2020. Nessa oportunidade eles terão a possibilidade de expandir suas redes, discutir os desafios do Brasil com diversas lideranças brasileiras, conhecer as Universidades de Harvard e MIT e sonhar mais alto! 

O que é a Brazil Conference? A Brazil Conference at Harvard & MIT é realizada anualmente pela comunidade brasileira de estudantes em Boston para promover o encontro com líderes e representantes da diversidade do Brasil. Discutimos temas relacionados à política, economia, cultura e sociedade. A conferência tem a missão de estabelecer um espaço plural para o debate, criando ideias sobre o futuro do nosso país e fomentando as transformações que melhorarão as vidas do maior número de brasileiros.

Quem são os cinco participantes selecionados?

Gabriel Lucena de Mattos:  Tenho 19 anos, aluno de Economia na Unicamp, morador de periferia e negro. Desde criança fui muito incentivado a ler e a estudar pela minha família e professores da rede pública, e com isso fui vencedor de um concurso de redação da Associação Brasileira de Difusão do Livro, com 11 anos. Desde então, entendi o papel transformador da educação. Aos 15 anos, entrei na ETEC Pirituba e virei bolsista do Ismart Online, na primeira turma de ensino médio. Esses dois centros foram importantíssimos para minha formação, me ajudando tanto com educação de qualidade e desenvolvimento pessoal. Com todo esse apoio, em 2016 eu fui bolsista da AFS para fazer um intercâmbio para Argentina. Lá, conheci melhor e me apaixonei pela Economia. Decidi que iria seguir nessa área, pois vi que nela eu poderia ajudar aqueles que são como eu, mas que não tiveram as mesmas oportunidades. Atualmente, sigo bolsista do Ismart, mantenho contato com alunos dos lugares que estudei para ajudá-los e inspirá-los e sou diretor da empresa júnior do meu curso, impactando e ajudando de micro a médio empreendedores a criarem e manterem seus negócios com um preço mais baixo e inovação, além de desenvolver os alunos para o mercado de trabalho.

Gabriele da Silva Santos:Sou Gabriele, tenho 22 anos e sou recém-formada em Engenharia de Produção na PUC-Rio. Nasci em Nilópolis, mas sempre vivi na cidade do Rio de Janeiro. Estudei em escola pública durante a infância e quando tinha 11 anos, participei do processo seletivo do ISMART. Ao ser selecionada para o programa, tive a oportunidade de ter um preparatório para cursar o ensino médio em um colégio de ponta no Rio. Depois de passar para o ISMART, uma das grandes barreiras era o inglês, algo precário na educação pública. Foquei em aprender o inglês e vendo meu esforço, uma professora me incluiu em uma turma particular que ensinava em sua casa para acelerar minha evolução. Assim, o ISMART me premiou com uma bolsa para um curso de verão na Universidade de Yale. No ano seguinte, apliquei com bolsa para um outro curso na Universidade de Notre Dame. Sempre fui uma pessoa inquieta e gostava de me envolver em diversas atividades. Durante o Ensino Médio, liderei uma Miniempresa como Diretora de Produção , participei de simulações da ONU e era capitã do time de vôlei, além de ter sido premiada com um programa de iniciação científica na PUC-Rio por conta do bom desempenho em química. Ao final do ensino médio, optei por cursar Engenharia de Produção na PUC-Rio com domínio adicional em Empreendedorismo, conquistando uma bolsa de patrocínio por conta do desempenho acadêmico. Tive a oportunidade de participar da Empresa Júnior e fui selecionada para fazer um curso em Viena sobre Economia Internacional e Desenvolvimento Sustentável por conta do meu interesse no tema. Neste momento, eu e mais 3 bolsistas criamos a Oficina Ultrapassar, um workshop voltado à educação empreendedora, sustentável e de gestão de negócios para pessoas sem acesso a esse tipo de informação. Acredito que a educação, integridade e uma formação empreendedora tem um poder transformacional para o nosso país.

Gabriella Batista dos Santos: Eu sou a Gabriella, estudante de Direito na UFRJ, alumni da Latin American Leadership Academy, bolsista do ISMART, artista independente, voluntária e criadora do Projeto "Arte Livre". Sou negra e lésbica, nascida e criada numa região do Rio dominada pela milícia, na qual eu sou, infelizmente, uma exceção em ingressar numa universidade pública. Desde criança sempre sonhei em tornar o acesso à educação mais democrático. Tive diversas dificuldades para conseguir a bolsa do ISMART, visto que ingressei por meio do ISMART ONLINE, na época sem internet e computador em casa com a missão de construir um app, sozinha. Então, ingressei no Projeto Alicerce, uma experiência muito importante, apesar da rotina de 6 horas no transporte público e estudo simultâneo em duas escolas. Dessa forma entrei num colégio de excelência mantendo sempre o foco de ajudar pessoas como eu. Assim, tive a oportunidade de estudar e passar para 2 universidades federais no curso de Direito. Agora, construo o projeto “Arte Livre”, para inserir arte como terapia a presidiários e por meio da coletividade negra promovo ações de inclusão de jovens favelados na universidade. Pela poesia falada encorajo populações periféricas a romperem barreiras sociais, assim como eu.

Rebeca Gaudêncio Lima:Rebeca Gaudêncio Lima, 20 anos, bolsista graduanda em Economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.Nascida e criada numa comunidade carente do Rio de Janeiro, Complexo do Alemão. De família humilde, descobri a educação como a única ferramenta possível para quebrar o ciclo de pobreza na minha família e me tornei um referencial na minha comunidade. Através do ISMART tive a oportunidade de cursar o Ensino Médio num colégio de excelência, como o Colégio Santo Inácio e de me tornar parte de uma rede de jovens motivados a impactar a realidade brasileira por meio da educação e do desenvolvimento social. Hoje, atuo como consultora de finanças na Empresa Júnior da minha universidade, onde elaboro projetos e colaboro para um desenvolvimento mais consciente, igualitário e diverso num meio que ainda sofre muito com a ausência de pluralidade. São nesses ambientes que pretendo me inserir, mostrando existem muitos talentos ofuscados pelo racismo e pela desigualdade. E, tenho como lema a frase de Paulo Freire que diz: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” 

Abidan Henrique da Silva: Abidan, 22 anos, é morador de um bairro chamado Ressaca, numa região rural de Embu das Artes. Cresceu numa família muito simples, em que a mãe era empregada doméstica e o pai marceneiro. A partir da bolsa do Ismart, Abidan teve acesso a diversas oportunidades como estudar no Colégio Sidarta, fazer a Harvard Summer School com a bolsa do Robert Wong e, em 2015, conseguiu entrar na POLI, onde cursa engenharia. Com essa trajetória, Abidan incentivou seus pais a voltarem a estudar e ambos terminaram os estudos e se graduaram: sua mãe em pedagogia e seu pai em engenharia. Hoje, Abidan empreende um projeto social na sua cidade chamado Km23, que tem como objetivos levar referência e oportunidades para jovens de escolas públicas e periferia. 

Por que vir para a BC é importante para os jovens selecionados?

Gabriel Lucena de Mattos:  Mesmo com todas dificuldades por conta de classe e raça, fui privilegiado de ter tido muitas oportunidades - professores que acreditam na educação pública, o IOL que sempre acreditou em mim e educação pública de qualidade. Tudo isso me transformou, transformou a vida da minha família e vejo que transforma outras pessoas. Hoje, sei que essas oportunidades não estão no alcance de todas as pessoas, principalmente pobres, negros, indígenas, PCDs e trans. Tá chegando a hora de retribuir tudo pro Brasil, e eu quero debater o "como" com quem já está fazendo sua parte. Além disso, com esse time super diverso que faço parte e que vai pra BC, quero inspirar e abrir portas para que pessoas como nós - mulheres, pessoas negras - saibam que podem sonhar o mais alto impossível, e que, mesmo o caminho sendo mais longo, é possível da gente chegar lá juntos. 

Gabriele da Silva Santos:A Brazil Conference é um evento que conecta diferentes públicos, opiniões e perspectivas. Além de ser importante ser enriquecido por todo o conteúdo do fórum, também é válido estarmos presentes e contribuirmos para uma maior pluralidade em um espaço que ainda possui um perfil dominante. Pessoalmente, poderei estar em contato com grandes lideranças brasileiras entendendo próximos passos para o Brasil e ampliando um networking que também quer gerar impacto no país. É uma oportunidade de visualizar referências brasileiras, compreender a conjuntura nacional e ter exemplos de profissionais que quero me tornar.

Gabriella Batista dos Santos: Acredito que a Brazil Conference é uma ótima oportunidade para conseguir entender melhor como posso alcançar meu objetivos de impacto social. A minha motivação é reduzir a escravidão contemporânea brasileira, que sujeita negros e pobres a viverem em exclusão.  Acredito que a arte como instrumento de humanização e a educação que pode ser inserida por meio dela, unidos são um instrumento de tornar pessoas privadas de liberdade - presidiários, livres. Isso porque a maioria da população carcerária é preta e pobre, escravos do racismo e da desigualdade. Não quero ser uma pessoa que quebra uma barreira social e se fecha em exceção, quero ser chave para libertar outros pretos e pobres. Não há transformação se àqueles que alcançam o topo fazem do topo uma ilha. Liberdade é não sentir medo e enquanto eu for a única negra pobre num espaço, eu temo. Quero ajudar outros como eu e muitos esquecidos a terem a oportunidade de chegar nos mesmos lugares que eu. Assim como a minha poesia e meu livro, a arte pode libertar outrem. Quero ser chave e a Brazil conference pode me ajudar.

Rebeca Gaudêncio Lima: Na Brazil Conference terei a oportunidade de conhecer jovens com a mesma ânsia de mudança que eu e me tornar agente de transformação na comunidade em que moro, que é o Complexo do Alemão, onde milhares de jovens e adolescentes são expostos a cada dia à fome, ao tráfico de drogas e à prostituição. Acredito que na BC construiremos um debate plural de alto nível, em que poderemos trazer muitos insumos que, de fato, consigam impactar o cenário da educação brasileira atual e melhorar o índice de desenvolvimento social de diversas comunidades brasileiras. Uma experiência internacional com tal notoriedade nos dá motivos para que sigamos nos esforçando para promover o impacto social no meio em que vivemos e, ainda, que mantenhamos a esperança de ter um país mais diverso politicamente, etnicamente, sexualmente, culturalmente com mais oportunidades e menos desigualdades. 

Abidan Henrique da Silva:Ir para a Brazil Conference é uma oportunidade única para mim, pois terei a chance de me conectar com as principais lideranças do Brasil e adquirir conhecimento para agregar valor ao Km23 e para minha vida profissional. Em especial, tenho interesse por educação e pela carreira pública, dessa forma, a BC é um espaço propício para eu fazer networking com pessoas que são referência para mim. 

Como o dinheiro arrecadado será utilizado? O dinheiro arrecadado cobrirá despesas logísticas da viagem aos Estados Unidos. A Brazil Conference está oferecendo os convites para a conferência sem custo. 

Confira o orçamento detalhado do uso dos recursos no link: bit.ly/ismartnabc-recursos

Como eu posso saber se a ida dos cinco participantes  foi bem-sucedida?Vamos oferecer a opção para nossos doadores de receberem um email com um relato da viagem, incluindo fotos.

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