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FUSCA adaptado pro Carlos Ramalhete
ID: 231049
FUSCA adaptado pro Carlos Ramalhete
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Vaquinha criada em: 03/11/2017

Juro que não entendo a razão, mas as coisas comigo sempre acabam sendo mais complicadas que o previsto.

Como amputei a perna direita, preciso de um carro adaptado, com o acelerador e o freio operados com a mão, não com o pé direito (que se foi com a perna...), para conseguir me locomover por conta própria. Por enquanto o meu filho está me levando aos lugares, mas quando começar o ano letivo de 2018 ele vai ter que passar a semana inteira fora de casa, estudando, e eu terei que me virar sozinho.

O esquema de adaptação de um veículo é relativamente simples: compra-se o kit do fabricante e instala-se-o em uma oficina mecânica. A parte burocrática, contudo, como sempre tudo no Brasil, é mais complicada. É preciso primeiro fazer uma vistoria prévia no veículo, depois instalar o kit e levar o carro para outra vistoria, com a nota fiscal do kit & alguns outros documentos absurdos em mãos. Para piorar a situação, o carro tem que estar em nome do aleijado que o dirigirá. No caso, euzinho.

No momento eu tenho, parado lá em casa desde o meu acidente de moto em julho de 2014, o meu Opala 1977 velho de guerra, que costumava ser o meu meio usual de transporte. O problema, contudo, é que ele está com a documentação enrolada, por ter sido esquecido na hora de fazer um inventário de 20 e tantos anos atrás de que nem a partilha foi feita. Em suma: é impossível botá-lo no meu nome, logo impossível adaptá-lo legalmente.

Herdei também há pouco um Marea Weekend que era da minha avó e estava parado no Rio. Na primeira vez em que saímos para um pouquinho mais longe nele, o carro quebrou e continua até hoje sem conseguir peça. Não dá para confiar nele. Além disso, como se poderia esperar, ele tbm está preso num inventário e não poderia ser adaptado. Nem vendido, a não ser talvez para um desmanche. De qqr jeito ele não vale mais de dois mil reais.

Finalmente, o que tem quebrado um galho de vez em quando é o Uno que comprei com o dinheiro do seguro das minhas pernas. O problema é que qdo o comprei ele foi registrado no nome da minha esposa, não no meu, para facilitar a papelada, já que eu estava de cama, todo queimado e quebrado. O que eu não imaginava naquele momento é que ela já não me era mais fiel e estava planejando ir embora. Quando o fez, ela compreendeu o fato de eu o ter emprestado para que ela pudesse trabalhar como significando que ela fosse a dona do carro de direito, não apenas no papel. Para conseguir fazer com que ela o devolva por algumas horas para eu ir à Missa ou ao médico já é bem complicado; para passá-lo para o meu nome seria uma guerra absurda.

De qualquer maneira, minha prioridade agora é voltar para casa, a 300km daqui. Aí é que não vai rolar o Uninho nem pra ir à Missa, mesmo. Lá eu vou até poder botar o Opala para andar de novo, mas só quem poderá ter o prazer inenarrável de dirigi-lo será o meu filho, pois eu não tenho como legalizar uma adaptação dele. É por isso que resolvi fazer esta vaquinha: para eu poder comprar um fusquinha, carrinho resistente, que sobe sem problemas o ladeirão de lama que se forma na estrada lá de casa quando chove forte, botá-lo no meu nome e adaptá-lo. Vai ser o meu único meio de transporte.

Peço, então, a sua ajuda, seja apoiando financeiramente, compartilhando o linque ou dedicando suas orações a esta intenção. Obrigado!, e conte sempre com minhas orações.

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