
Sou Jaelson Castro, mais conhecido como Jaú.
Oriundo de Caetité, cheguei a Salvador em 1973, ano em que completei 12 anos de idade. Quando chegamos já era noite, não vi o mar, no entanto o cheiro da maresia era sentido, isso no percurso entre a rodoviária velha e o bairro de Nazaré, Travessa Franco Velasco, 13.
Vi o mar pela primeira vez quando descia a Ladeira da Barra, a partir daí me calei, o coração veio a boca…. Fomos para o Porto da Barra, naquela época “muito diferente” da atual, mas linda, uma praia sempre linda….
Me encantei com a areia e seus fragmentos, do mar não queria mais sair…. Percebi ser melhor nadar em água salgada. Me apaixonei pelo mar, pela praia, as ondas, jacaré, surf, pelas conchas, búzios e operculo, pelas aves, velas e recentemente pelos RODOLITOS.
Paixão pelo litoral, também amo a Caatinga e muito tenho andado pela Restinga. Cerrado andei pouco, no entanto muito sei da Mata Atlântica.
Mas a frase a seguir diz muito: “Caso não encontre Jau na praia, no mar, na Chapada ele estará!”
Nasci em Pajeú do Vento, 22km de Caetité, sou Ornitologo e gosto de velejar.
Vento, asas e velas, minhas peças estão ligadas esse trio.
Vamos lá: passamos no litoral de Camaçari o longo período do Confinamento, praia linda e sem muito o que fazer, há não ser surfar e andar na praia. Pois bem, foi daí que reparei os fragmentos sobre as areias e percebi algumas artes ali já prontas. Coletei algumas, dando início a minha Land Art.
A Professora Sol de Maria, especialista em moluscos (Malocofauna, Malacologia), se interessou e identificou as espécies presentes nas obras, chegando a identificar 42.
Congresso UFBA 2024, trabalho submetido (Malocofauna na Land Art de Jaelson Castro) e aceito.
Exposição “Fragmentos do Confinamento”.
A exposição contará com a presença do IBIO/UFBA.
São mais de 150 estatuetas.
Estamos na Década do Oceano e essa exposição caminha junto. Abordaremos a importância do Oceano para o Mundo.
Teremos o “Cantinho da Chapara” . Fiz algumas com usando pedras de lá.
Vamos abordar o SOS/Salve a Chapadinha, coletar assinaturas e divulgar a questão.
Pois é, para que a exposição aconteça, precisamos de uma certa quantia, para compra de banners, fotografias, aluguel de sonorização, iluminação, vídeo, mesas e estantes.
As obras não estarão a venda, trata-se de coleção científica, muito, muito interessante.
E vamos Salvar a Floresta da Chapadinha.
Sei que podemos contar com a ajuda e compreensão de todos e todas.
Gratidão,
Jaú Castro