A aldeia indígena Pankararu está localizada entre as cidades de Tacaratu e Petrolândia, no Nordeste brasileiro. Segundo Pinto (1952), a presença do corpo com os ornamentos das “máscaras-de-dansa”, pode ser visto em uma grande distribuição geográfica, além da comunidade Pankararu. Há evidência desse ornamento entre os Bacaüi, Karajá, Bororo, Uaupé e muitas outras comunidades indígenas brasileiras e em toda a América do Sul. São indícios que comprovam a herança desses rituais em tempos antigos, mas que também nos fazem entender os paralelos em comum dentro dessas comunidades. Comparando as informações coletadas no estudo bibliográfico em comunidades indígenas do Nordeste brasileiro, me fizeram perceber que nas situações em que há a presença da máscara, há também um cargo, ou um conceito, que significa a imagem da entidade manifestada nesse instrumento de adoração, os encantados, como diz Arruti citado por Marcos Albuquerque (2010, p. 27):
os encantados são índios que se encantaram, voluntários ou involuntariamente (...) A atuação do encantado no médium é uma relação de irradiação e não incorporação (...) O encantado não é o espirito de uma pessoa, mas sim o espirito de um ser encantado, algo vivo, na natureza e no plano humano, na Terra.
Especialmente na comunidade Pankararu a máscara dos encantados são chamadas de Praiá. Todos os elementos da performance, mesmo que de forma inconsciente, são significativos. A palha só é a matéria prima para a confecção dessa máscara porque é fundamental para a cultura desse povo e existe em abundância no território indígena, sendo encontrada também em artesanatos, roupas e esteiras. Dessa forma, o momento em que a máscara é invocada constitui também um grande símbolo, a performance dos encantados só acontece nos rituais específicos no mês de janeiro e fevereiro.
Mas para a realização dessa pesquisa eu preciso de uma cámera DSLR que custa em torno de 2.000 reais, e é por isso que abro essa vauinha oline, espero que possam me ajudar!
Atenciosamente,
Caio Richard