Oi, gente.
Me chamo Gabrielly, tenho 27 anos e estou passando por um momento delicado.
Antes de mais nada, obrigada por estarem aqui, mesmo que virtualmente. Às vezes, a gente só precisa que alguém veja a nossa dor, mesmo que não a entenda por completo.
Hoje, resolvi abrir meu coração. Não por fraqueza, mas por coragem — a coragem de dizer que não está nada fácil seguir em frente.
Minha única rede de apoio — minha mãe, minha fortaleza — faleceu. E com ela, se foi uma parte de mim. Desde então, luto para me reconstruir dia após dia, mas os escombros têm sido pesados demais para carregar sozinha.
Fui diagnosticada com depressão severa e, numa tentativa de cuidar de mim, tirei uma licença de 30 dias para tratamento. Achei que seria o começo da minha cura. Mas ao retornar, fui desligada da empresa. Um baque atrás do outro, como se a vida tivesse entrado numa sequência de golpes baixos.
As dores se aprofundaram, e confesso, tentei sair dessa vida por sete vezes. Fui internada na UTI por intoxicação em quatro delas. Sempre sozinha. Sem ninguém na sala de espera. Sem um número para ligar. Sem colo.
Não tenho família. Não tenho recursos. Não tenho estrutura. Tenho fé — que cambaleia às vezes, mas ainda vive em mim. E tenho essa coragem de me expor aqui, porque talvez, só talvez, alguém aí tenha como estender a mão.
Pra completar o caos, recentemente, numa crise, precisei ir ao hospital dirigindo. Bati o carro. O seguro não cobriu. A testemunha disse que eu não estava bem. E não estava mesmo. Era verdade. Só que agora tenho mais uma dívida que não sei como vou pagar.
As crises não dão trégua. Portas de emprego parecem paredes. E, sinceramente, estou num fio tênue entre tentar de novo… ou me internar de vez numa clínica psiquiátrica.
Se você leu até aqui, obrigada.
Se puder me ajudar de alguma forma — financeiramente, com uma indicação de trabalho, uma oração, uma palavra, um café virtual — tudo será recebido com um coração que, apesar de esgotado, ainda pulsa.
Porque sim, ainda tô tentando. Ainda tô aqui.
E não quero desistirCom carinho e vulnerabilidade,
Gabrielly