Eliana Tiezzi.
Imagina uma vida que vai se desenhando, quase que meio inconsequente, toda voltada para ações sociais. Só há pouco tempo, fazendo um balanço da vida (ando fazendo um por dia quase), me dei conta que desde os 17 anos faço ações sociais. Comecei indo aos sábados para um orfanato de meninas, passava o dia com elas. Guardo memórias muito especiais desses dias.
Depois veio a Febem, a Secretaria do Menor, atendimentos gratuitos até chegar num impasse: não sentia que o modelo que eu aplicava junto a portadores de transtornos psíquicos era suficiente, que se quer se comunicava de fato com eles. Resolvi replicar o modelo bem inicial de Freud, de escuta das histéricas.
Com esse mecanismo simples, enxerguei o que pacientes psiquiátricos clamavam e, em resposta, criei o Papel de Gente. Primeira entidade a colocar uma tesoura na mão de paciente psiquiátrico e dizer-lhe “eu confio plenamente em você”, ensinando-os a se valorizarem, a entenderem suas patologias e admirá-las, a trata-las com o devido respeito.
Dentro do Papel de Gente sempre reinou a alegria e confiança, tínhamos todos, antes de tudo, grande amizade um pelo outro. E assim seguimos até que surgiu uma mudança na lei de incentivo que, da noite para o dia, sem aviso, nos tirou a possibilidade de continuidade do atendimento de 100 pacientes. Por muitos anos, o Papel de Gente foi referência na produção de brindes sustentáveis para empresas, porém, depois da perda do patrocínio, nunca mais foi o mesmo e dívidas se acumularam entre situações que pareciam de estabilidade e crescimento.
Mais tarde criei o Clube da Gente, aplicativo para a saúde emocional e saúde ambiental urbana, a SEC – Saúde Emocional Corporativa, que teve sua gênese treinada na Omint, apoiando a elaboração do programa de saúde emocional da empresa. Criei a Mostra “Que Loucura é essa?”, que, em sua primeira edição, aconteceu no Conjunto Nacional em SP, em agosto de 2017 e com patrocínio integral via Rouanet da Leroy Merlin, recebeu 180mil pessoas em 15 dias.
Foram muitas alegrias infinitas, cumplicidades, parcerias, olhares de respeito e admiração, palavras de confiança, festas, saraus, produtos, exposições, conversas de quintal, terapias públicas, mas também, muita tristeza e frustrações. Acho que foram tantas, que acabaram se transformando em doença dentro de mim.
Descobri em novembro de 2018 que estava com um tumor no intestino que, retirado em caráter de urgência, deixou uma metástase no fígado. Realizei quimioterapia entre fevereiro e maio e os resultados mostraram que os tumores cresceram muito e outras duas metástases no pulmão e no abdômen surgiram.
Trata-se de um adenocarcinoma de sigmoide rápido e agressivo e decidi já em dezembro iniciar outras terapêuticas, bastante comentadas e bem sucedidas nos dias atuais como tratamento antroposófico, reflexologia, acupuntura e agora alimentação alcalina e tratamento com óleo de canabis.
Ocorre que essa descoberta, me encontrou em um momento de transição profissional e administração das dificuldades financeiras do Papel de Gente.
Hoje, estou completamente sem trabalho. Minha familia não possui alto poder aquisitivo e por isso resolvi criar uma Vaquinha Virtual para custear meu tratamento ao longo desse ano. Para maior transparência abaixo descrevo os custos de todos os tratamentos e gastos que envolvem o valor total mensal:
Produzi em 2017 um caderno com alguns pensamentos sobre saúde emocional, bem viver e saúde ambiental urbana e gostaria de presentear cada pessoa que participar dessa iniciativa com um desses cadernos. Sendo assim, quem puder contiribuir com qualquer valor ou compartilhamento da vaquinha será uma força para atravessar esse desafio, desde já sou imensamente grata.
Grande abraço! A vida é linda!!
Conheça o meu trabalho
Papel de Gente http://papeldegente.org.br/
Mostra que Loucura é Essa https://www.facebook.com/MostraQueLoucuraeEssa/
Perfil pessoal https://www.facebook.com/etiezzi
Imagina uma vida que vai se desenhando, quase que meio inconsequente, toda voltada para ações sociais. Só há pouco tempo, fazendo um balanço da vida (ando fazendo um por dia quase), me dei conta que desde os 17 anos faço ações sociais. Comecei indo aos sábados para um orfanato de meninas, passava o dia com elas. Guardo memórias muito especiais desses dias.
Depois veio a Febem, a Secretaria do Menor, atendimentos gratuitos até chegar num impasse: não sentia que o modelo que eu aplicava junto a portadores de transtornos psíquicos era suficiente, que se quer se comunicava de fato com eles. Resolvi replicar o modelo bem inicial de Freud, de escuta das histéricas.
Com esse mecanismo simples, enxerguei o que pacientes psiquiátricos clamavam e, em resposta, criei o Papel de Gente. Primeira entidade a colocar uma tesoura na mão de paciente psiquiátrico e dizer-lhe “eu confio plenamente em você”, ensinando-os a se valorizarem, a entenderem suas patologias e admirá-las, a trata-las com o devido respeito.
Dentro do Papel de Gente sempre reinou a alegria e confiança, tínhamos todos, antes de tudo, grande amizade um pelo outro. E assim seguimos até que surgiu uma mudança na lei de incentivo que, da noite para o dia, sem aviso, nos tirou a possibilidade de continuidade do atendimento de 100 pacientes. Por muitos anos, o Papel de Gente foi referência na produção de brindes sustentáveis para empresas, porém, depois da perda do patrocínio, nunca mais foi o mesmo e dívidas se acumularam entre situações que pareciam de estabilidade e crescimento.
Mais tarde criei o Clube da Gente, aplicativo para a saúde emocional e saúde ambiental urbana, a SEC – Saúde Emocional Corporativa, que teve sua gênese treinada na Omint, apoiando a elaboração do programa de saúde emocional da empresa. Criei a Mostra “Que Loucura é essa?”, que, em sua primeira edição, aconteceu no Conjunto Nacional em SP, em agosto de 2017 e com patrocínio integral via Rouanet da Leroy Merlin, recebeu 180mil pessoas em 15 dias.
Foram muitas alegrias infinitas, cumplicidades, parcerias, olhares de respeito e admiração, palavras de confiança, festas, saraus, produtos, exposições, conversas de quintal, terapias públicas, mas também, muita tristeza e frustrações. Acho que foram tantas, que acabaram se transformando em doença dentro de mim.
Descobri em novembro de 2018 que estava com um tumor no intestino que, retirado em caráter de urgência, deixou uma metástase no fígado. Realizei quimioterapia entre fevereiro e maio e os resultados mostraram que os tumores cresceram muito e outras duas metástases no pulmão e no abdômen surgiram.
Trata-se de um adenocarcinoma de sigmoide rápido e agressivo e decidi já em dezembro iniciar outras terapêuticas, bastante comentadas e bem sucedidas nos dias atuais como tratamento antroposófico, reflexologia, acupuntura e agora alimentação alcalina e tratamento com óleo de canabis.
Ocorre que essa descoberta, me encontrou em um momento de transição profissional e administração das dificuldades financeiras do Papel de Gente.
Hoje, estou completamente sem trabalho. Minha familia não possui alto poder aquisitivo e por isso resolvi criar uma Vaquinha Virtual para custear meu tratamento ao longo desse ano. Para maior transparência abaixo descrevo os custos de todos os tratamentos e gastos que envolvem o valor total mensal:
Produzi em 2017 um caderno com alguns pensamentos sobre saúde emocional, bem viver e saúde ambiental urbana e gostaria de presentear cada pessoa que participar dessa iniciativa com um desses cadernos. Sendo assim, quem puder contiribuir com qualquer valor ou compartilhamento da vaquinha será uma força para atravessar esse desafio, desde já sou imensamente grata.
Grande abraço! A vida é linda!!
Conheça o meu trabalho
Papel de Gente http://papeldegente.org.br/
Mostra que Loucura é Essa https://www.facebook.com/MostraQueLoucuraeEssa/
Perfil pessoal https://www.facebook.com/etiezzi
