
OBJETIVO:
Pretendo ministrar um curso rápido de teatro para pessoas carentes e finalizar um trabalho em vídeo.
Benedcto Fersan, nascido como Benedito Ferreira dos Santos em Anadia, interior de Alagoas, em 1952, emerge como uma figura singular no cenário cinematográfico e teatral brasileiro. Com uma carreira multifacetada que abrange direção, roteiro e atuação, Fersan é uma voz autêntica que eleva a representação da cultura nordestina.
Desde os primeiros anos como camelô e representante de remédios em Maceió,Fersan já demonstrava uma inclinação para o mundo do cinema. Seus passos iniciais, contudo, o levaram por diversos caminhos, incluindo o trabalho com serigrafia e sua atuação como professor de física e matemática de segundo grau. No entanto, a chama do cinema nunca se apagou.
O divisor de águas em sua trajetória ocorreu há cerca de três décadas, quando Fersan decidiu mergulhar no universo cinematográfico de forma mais intensa. A fundação de uma rede de locadoras de vídeo não só revelou sua paixão pela sétima arte, mas também sinalizou uma nova direção para sua carreira. Inspirado por clássicos do cinema e frustrado pela falta de representação autêntica da realidade nordestina,Fersan decidiu que era hora de contar suas próprias histórias.
Em 1998, Fersan lançou seu primeiro longa-metragem, "Sepulcro Caiado." Com um orçamento modesto de R$13 mil, totalmente financiado por ele mesmo, o filme se tornou um marco no cenário cinematográfico local. O suspense, que aborda o coronelismo no Nordeste, recebeu reconhecimento crítico e foi considerado um cult pela imprensa local. Essa estreia consolidou Fersan como um cineasta ousado, comparado até mesmo ao célebre cineasta norte-americano Ed Wood.

O caminho de Fersan nas décadas seguintes continuou a ser marcado por sua abordagem única e inovadora. "O Preço da Ressurreição" (2000) foi outra contribuição ao cinema brasileiro, evidenciando a diversidade temática que ele buscava explorar. Além do cinema, Fersan também deixou sua marca no teatro, dirigindo peças como "Os Três Capipiras" (2009) e "No Mundo da Lua" (2006), demonstrando sua versatilidade artística.


Entre 2004 e 2005, Fersan atuou em peças teatrais notáveis como "O Galo de Três Pernas" e "Vendaval no Paraíso," ambas dirigidas por Pedro Onofre, ampliando ainda mais sua presença nas artes cênicas.

folha de são paulo
Ao longo de sua carreira, Benedcto Fersan desafiou convenções e expectativas, trazendo uma perspectiva autêntica da vida no Nordeste para o mundo. Seu compromisso com a autenticidade e sua habilidade em contar histórias cativantes estabelecem seu legado como um dos visionários do cinema e do teatro brasileiro. Aos 71 anos, Fersan continua a enriquecer a cultura audiovisual do país, prometendo mais projetos inovadores e uma representação vibrante do Nordeste em suas obras futuras. Sua jornada, desde os dias de camelô até os palcos e telas, é uma celebração da paixão pela arte e da resiliência diante dos desafios.