O documentário narrará histórias de mulheres indígenas da aldeia Pataxó Hãhãhãe no sul da Bahia. Visa mostrar a relação dessas mulheres com a terra e seus modos de cultivo tradicional. O documentário pretende dar voz a essas mulheres através de suas próprias narrativas, no intuito de mostrar suas histórias de vida, e como foram levadas a se reconectar com a terra depois que reconquistaram seu território. A TI Caramuru-Paraguaçu, palco destas histórias, foi objeto de esbulho possessório em anos anteriores à década de 80 pelos coronéis fazendeiros de cacau e gado da região Sul da Bahia contra os indígenas Pataxó Hãhãhae, que foram expulsos de suas terras. Em 1982 os Pataxó Hãhãhãe iniciaram processos de retomara de seu território tradicional e iniciaram uma ação no STF que só foi julgada depois de haverem retomado todo o seu território, em 2012. Estas mulheres, através da agricultura familiar, alimentam suas famílias e vendem o excedente nas feiras de cidades mais próximas. O filme documentário pretende mostrar o emponderamento das mulheres indígenas e suas formas de administrar os recursos, tanto os naturais de suas terras, de produção para subsistência, quanto o financeiro obtido pela venda do excedente proveniente de suas roças e criações. Espera-se com este trabalho dar visibilidade aos povos indígenas e principalmente as mulheres, que vem lutando para conquistar seu espaço na sociedade, como protagonistas de suas histórias, de suas vidas.
O documentário será editado em formato de filme cinematográfico, longa-metragem, filmado in situ, na sua maior parte. Usará também de imagens capturadas anteriormente, fotografias, filmagens antigas, documentos, matérias de TV.
Justificativa
Pouco tem sido feito pela mídia para se dar visibilidade aos povos indígenas, e quando há esta visibilidade, é dada ao público de forma descontextualizada, distorcida pelas grandes empresas de TV, dando voz à grupos econômicos que são alinhados com os donos destas emissoras, e disputam ilegalmente espaço territorial com os povos que aqui já estavam antes da chegada do colonizador em 1500. Esta imagem, praticamente sempre desfavorável aos indígenas, não mostra a realidade destes povos, procurando degradar a imagem dos indígenas frente a sociedade nacional, e fazendo crer que o “indígena verdadeiro” é aquele retratado pelo bom selvagem que vive nas matas de caça e coleta, que não mudou com o contato forçado, e portanto, os demais são ilegítimos. É fundamental que essa visão seja contrabalançada e combatida a fim de que a sociedade envolvente entenda quem são os povos indígenas, suas diferenças, seu engajamento com a sociedade brasileira, o que querem e pretendem de suas vidas, para que os indígenas tenham chance de um dia ver suas vidas sendo respeitadas e seus direitos constitucionais garantidos. Ao mesmo tempo, este documentário pretende dar voz e visibilidade as mulheres indígenas, que são ainda mais silenciadas pela sociedade que os homens indígenas o são. Procuramos, assim, valorizar alguns dos mais importantes aspectos femininos indígenas dos Pataxó hãhãhãe, e ajudar um pouco mais em seu empoderamento.
Financiamento e produção
O documentário pretende ser financiado pela sociedade civil brasileira e por empresas, associações etc (PJ) que queiram colaborar com nosso projeto, respeitando nossa visão, sem interferência na linha editorial. A concepção do documentário é de Olinda Yawar Muniz Wanderley, mulher indígena Partaxó Hãhãhãe, que desde criança ajuda seu povo em sua luta, e lutou para cursar Jornalismo e trabalhar principalmente como documentarista dos povos indígenas. A direção e edição também serão de Yawar, demais funções de áudio, vídeo, iluminação etc serão executadas, sempre que possível, por profissionais colaboradores, e, quando não for possível, profissionais contratados.
Produção Yawar Muniz Wanderley. Início da produção 2017. Documentário. Brasil. Longa metragem. Mulheres / Povos Indígenas / Pataxó Hãhãhãe / Produção Alimentar / Visão de Mundo – Perspectiva Cognitiva.
http://yawar.com.br/portfolio/mulheres-que-alimentam/
O documentário narrará histórias de mulheres indígenas da aldeia Pataxó Hãhãhãe no sul da Bahia. Visa mostrar a relação dessas mulheres com a terra e seus modos de cultivo tradicional. O documentário pretende dar voz a essas mulheres através de suas próprias narrativas, no intuito de mostrar suas histórias de vida, e como foram levadas a se reconectar com a terra depois que reconquistaram seu território. A TI Caramuru-Paraguaçu, palco destas histórias, foi objeto de esbulho possessório em anos anteriores à década de 80 pelos coronéis fazendeiros de cacau e gado da região Sul da Bahia contra os indígenas Pataxó Hãhãhae, que foram expulsos de suas terras. Em 1982 os Pataxó Hãhãhãe iniciaram processos de retomara de seu território tradicional e iniciaram uma ação no STF que só foi julgada depois de haverem retomado todo o seu território, em 2012. Estas mulheres, através da agricultura familiar, alimentam suas famílias e vendem o excedente nas feiras de cidades mais próximas. O filme documentário pretende mostrar o emponderamento das mulheres indígenas e suas formas de administrar os recursos, tanto os naturais de suas terras, de produção para subsistência, quanto o financeiro obtido pela venda do excedente proveniente de suas roças e criações. Espera-se com este trabalho dar visibilidade aos povos indígenas e principalmente as mulheres, que vem lutando para conquistar seu espaço na sociedade, como protagonistas de suas histórias, de suas vidas.
O documentário será editado em formato de filme cinematográfico, longa-metragem, filmado in situ, na sua maior parte. Usará também de imagens capturadas anteriormente, fotografias, filmagens antigas, documentos, matérias de TV.
Justificativa
Pouco tem sido feito pela mídia para se dar visibilidade aos povos indígenas, e quando há esta visibilidade, é dada ao público de forma descontextualizada, distorcida pelas grandes empresas de TV, dando voz à grupos econômicos que são alinhados com os donos destas emissoras, e disputam ilegalmente espaço territorial com os povos que aqui já estavam antes da chegada do colonizador em 1500. Esta imagem, praticamente sempre desfavorável aos indígenas, não mostra a realidade destes povos, procurando degradar a imagem dos indígenas frente a sociedade nacional, e fazendo crer que o “indígena verdadeiro” é aquele retratado pelo bom selvagem que vive nas matas de caça e coleta, que não mudou com o contato forçado, e portanto, os demais são ilegítimos. É fundamental que essa visão seja contrabalançada e combatida a fim de que a sociedade envolvente entenda quem são os povos indígenas, suas diferenças, seu engajamento com a sociedade brasileira, o que querem e pretendem de suas vidas, para que os indígenas tenham chance de um dia ver suas vidas sendo respeitadas e seus direitos constitucionais garantidos. Ao mesmo tempo, este documentário pretende dar voz e visibilidade as mulheres indígenas, que são ainda mais silenciadas pela sociedade que os homens indígenas o são. Procuramos, assim, valorizar alguns dos mais importantes aspectos femininos indígenas dos Pataxó hãhãhãe, e ajudar um pouco mais em seu empoderamento.
Financiamento e produção
O documentário pretende ser financiado pela sociedade civil brasileira e por empresas, associações etc (PJ) que queiram colaborar com nosso projeto, respeitando nossa visão, sem interferência na linha editorial. A concepção do documentário é de Olinda Yawar Muniz Wanderley, mulher indígena Partaxó Hãhãhãe, que desde criança ajuda seu povo em sua luta, e lutou para cursar Jornalismo e trabalhar principalmente como documentarista dos povos indígenas. A direção e edição também serão de Yawar, demais funções de áudio, vídeo, iluminação etc serão executadas, sempre que possível, por profissionais colaboradores, e, quando não for possível, profissionais contratados.
Produção Yawar Muniz Wanderley. Início da produção 2017. Documentário. Brasil. Longa metragem. Mulheres / Povos Indígenas / Pataxó Hãhãhãe / Produção Alimentar / Visão de Mundo – Perspectiva Cognitiva.
http://yawar.com.br/portfolio/mulheres-que-alimentam/