doc_firminas - desordeiras documentário

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Desordeiras de ontem e de hoje em Salvador, capital mais negra do Brasil,  disputam territórios de vadiagem, trabalho, conhecimento, poder, e resistem às violências físicas e simbólicas e ao encarceramento em massa da população negra.

SINOPSE

Em gravação desde julho de 2023, este documentário intitulado Desordeiras pretende expandir o debate público relacionado a políticas de vigilância e controle sobre mulheres negras desde o pós-abolição, assim como registrar práticas e discursos de enfrentamento ao encarceramento e trajetórias de vida. 

Alcançar a meta desta vakinha permitirá continuar com gravações de novas entrevistas, registros da cidade, também personagem deste documentário, e continuar a pesquisa inconográfica e documental.

No pós-abolição, mulheres negras pelas ruas da velha cidade da Bahia, vendem seus quitutes, carregam água de fontes espalhadas pela cidade e, assim, como homens negros recém-libertos de então, reúnem-se, em praças, entoando cantos de trabalho. Em meio a esses afazeres, são inconvenientes por gritarem também na porta das janelas das senhoras brancas da sociedade para receberem pelas vendas das iguarias; brigonas por não aguentarem provocações ou disputarem pontos com outras ganhadeiras; por parecerem para polícia vadias e desordeiras. São as desordeiras, mulheres negras que, para quem detém o poder, devem ser disciplinadas e punidas, presas em casas de detenção ou em instituições psiquiátricas.

Mais de um século depois,  estamos diante do encarceramento em massa da população negra. Neste documentário, propomos encontros de temporalidades acerca das políticas de segurança e disciplinamento de corpos de mulheres negras em registros de imagens de arquivo, conversas com mulheres em situação de encarceramento, historiadoras, filósofas, escritoras, a exemplo de Jamile Palafoz, Angela Davis, Gina Dent, Denise Carrascosa e a contadora de história doutora honoris causa Egbomi Vovó Cici de Oxalá. 

Com essas citadas mulheres que aparecem, no teaser, gravamos durante evento da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC) e também o lançamento dos livros Abolicionismo Feminismo Já e Firminas em Fuga, realizado, em Salvador, em julho de 2023, pela Professora Dra. Denise Carrascosa, coordenadora do "Corpos Indóceis e Mentes Livres", projeto de oficinas de escrita literária que promove remição da pena por meio de estudos, leitura e trabalho na Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador. 

Em 2022, a partir das oficinas, realizamos o curta documental  Firminas em Fuga, exibido no mesmo ano na Feira Literária de Paraty (FLIP): https://www.youtube.com/watch?v=5W6iyBhWBfAE. 

Patrícia Freitas, que está na direção deste documentário, integra o  “Corpos Indóceis, Mentes Livres” como umas das professoras e também responsável pelo setor audiovisual do projeto desde 2013, o que possibilita uma aproximação com as mulheres em situação de cárcere, bem como a articulação com possíveis entrevistadas. Em 2022, a partir das oficinas, a diretora Patrícia Freitas realizou o curta documental  Firminas em Fuga, exibido, no mesmo ano, na Feira Literária de Paraty (FLIP). 

Importante destacar que com essas mulheres, bem como com novas entrevistadas e personagens, faremos o devido contato para firmarmos os modos de realização deste projeto de documentário e, sobretudo, os devidos direitos de imagem em futuras gravações durante o desenvolvimento e pós-produção deste projeto. 

Os recursos para a realização do documentário desordeiras são extremamente limitados e, para continuarmos o desenvolvimento deste projeto, sua contribuição é fundamental! Desde já, agradecemos sua visita a esta página e demais manifestações de apoio.