Com toda loucura vocês são extremamente rigorosos, isso é muito lindo, muito raro.
Com tantas pessoas assim. E vocês fazem o oposto do musical americano e dessas
merdas todas enlatadas. Vocês são completamente desenlatado e isso é muito
importante. (José Celso Martinez Corrêa - Diretor do Teatro Oficina, após assistir
Benedites, na Décima Bienal da UNE – Fortaleza CE- 30/01/2017)
Os apaixonados por Teatro, música, dança, artes visuais e todos os demais tipos
de artes integradas têm compromisso certo para o mes de Julho. O 30º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, recebe no dia 09/07 o espetáculo Benedites da companhia Ocupa
Teatro. A companhia traz consigo para o palco questões de violências cotidianas,
tratadas e retratadas, de uma forma visceral artística e com muita música.
Gênero, raça e sexualidade são três abordagens que podemos afirmar as mais
importantes da obra, é nesse tripé que se está a base do trabalho do Coletivo Ocupa
Teatro, a partir da percepção da violência sentida no corpo dessas minorias como
alicerce para o processo criação, e tendo esses corpos banalizados e ou vulneráveis em
seus vários estados, se torna mais que um espetáculo e ou musical. O Coletivo Ocupa
Teatro se apresenta em Uberlândia para dividir experiências de uma companhia que é
resultante do processo de ocupação do bloco 3M da Universidade Federal de
Uberlândia-UFU, durante a greve das universidades federais em 2016 contra o corte de
gastos na saúde e na educação, tendo ao todo alunos de mais de dez cursos da
Universidade, comunidade, integração com universidades de Ouro Preto e Goiânia,
somando mais de quarenta integrantes, entre equipe técnica e elenco. Para que isso aconteça e que o coletivo consiga se locomover e sobreviver em Blumenau, contamos com a ajuda de vocês para um financiamento coletivo para acarmos com nossas despesas, o coletivo já se apresentou 9 vezes de forma independente, sem nem um tipo de financiamento, e agora precisa de uma ajuda coletiva para que continue somando para questões muito primeiras na sociedade, contamos com vocês para que nossa arte não morra, nascemos nas ocupações e temos desde sempre a resistência e a luta como nosso ponto forte. Descobrimos que a forma de permanecer fortes em tempos de governo Golpista é estar juntos a criar possibilidades do impossível, não se deixando vencer com os acasos cotidianos de um sistema que vivemos. Vem com a gente.