Criada em grandes capitais, apartamentos, centros comerciais, não percebia a realidade dos nossos animais. O vira-lata que me vinha à mente era sempre um caramelo boa praça ganhando sobras gordas de algum espetinho. Quando escolhi cursar veterinária em uma universidade pública em um pequeno interior do nordeste, tinha a idéia de concluir e voltar à alguma capital “porque é lá que tem clientela”.
Os clientes estão lá, mas os pacientes mais necessitados estão em todos os lugares.
Quando vim para o interior pude me deparar com a realidade crua que vivemos. Os animais se refugiam naturalmente para áreas de subúrbio, onde a má estrutura das ruas os fornece a água suja que usam para sobreviver. Onde a coleta de lixo menos eficiente e protegida serve verdadeiros banquetes à animais cadavéricos e cheios de feridas.
O sol castiga, a chuva maltrata. A fome mata.
O que eu, uma estudante taróloga poderia fazer diante de um problema de escala claramente nacional (no mínimo)? Me importar.
Eu tinha um pouco de ração, poderia dividir, não é mesmo? Então surge o projeto pancinha cheia. Foi divertido até que o amor que eu sentia por esses animais cresceu ao ponto de não ser só mais uma pancinha pra encher, era agora o Sr. Ruffles que fica pelo lixão de cima, andava sumido, devia estar atras de mulher. Ou o Petry… que sumiu, voltou quase morto, movimentou um laboratório inteiro da faculdade e agora mora na minha escrivaninha.
Isso tem me custado muito em dinheiro, liberdade, tempo e, principalmente, paciência, eu não me arrependo, mas preciso ser racional. Existem normas da vigilância sanitária para abrigos que devem ser seguidas e não são baratas. Resolvi ceder a minha área de quintal para a estruturação do primeiro lar das pancinhas (que um dia vai se tornar um imenso santuário de animais resgatados chamado Lar de São Francisco! amém) viabilizando maior controle, cuidado e aumentando as chances de conseguirmos um lar definitivo para esses animais de rua.
Nosso objetivo maior é transformar vidas quase perdidas em verdadeiras histórias de amor e superação. Mesmo sem a estrutura adequada, nos últimos três anos já retiramos das ruas e levamos à um lar definitivo mais de 50 animais. Muitos outros tiveram ao menos o conforto de desencarnar protegidos, amados e quentinhos. Nesse momento estou na minha capacidade máxima e o projeto está parado, mas se essa missão também faz sentido pra você, colabora com a gente pra que subamos mais um degrau nessa trajetória.
Criada em grandes capitais, apartamentos, centros comerciais, não percebia a realidade dos nossos animais. O vira-lata que me vinha à mente era sempre um caramelo boa praça ganhando sobras gordas de algum espetinho. Quando escolhi cursar veterinária em uma universidade pública em um pequeno interior do nordeste, tinha a idéia de concluir e voltar à alguma capital “porque é lá que tem clientela”.
Os clientes estão lá, mas os pacientes mais necessitados estão em todos os lugares.
Quando vim para o interior pude me deparar com a realidade crua que vivemos. Os animais se refugiam naturalmente para áreas de subúrbio, onde a má estrutura das ruas os fornece a água suja que usam para sobreviver. Onde a coleta de lixo menos eficiente e protegida serve verdadeiros banquetes à animais cadavéricos e cheios de feridas.
O sol castiga, a chuva maltrata. A fome mata.
O que eu, uma estudante taróloga poderia fazer diante de um problema de escala claramente nacional (no mínimo)? Me importar.
Eu tinha um pouco de ração, poderia dividir, não é mesmo? Então surge o projeto pancinha cheia. Foi divertido até que o amor que eu sentia por esses animais cresceu ao ponto de não ser só mais uma pancinha pra encher, era agora o Sr. Ruffles que fica pelo lixão de cima, andava sumido, devia estar atras de mulher. Ou o Petry… que sumiu, voltou quase morto, movimentou um laboratório inteiro da faculdade e agora mora na minha escrivaninha.
Isso tem me custado muito em dinheiro, liberdade, tempo e, principalmente, paciência, eu não me arrependo, mas preciso ser racional. Existem normas da vigilância sanitária para abrigos que devem ser seguidas e não são baratas. Resolvi ceder a minha área de quintal para a estruturação do primeiro lar das pancinhas (que um dia vai se tornar um imenso santuário de animais resgatados chamado Lar de São Francisco! amém) viabilizando maior controle, cuidado e aumentando as chances de conseguirmos um lar definitivo para esses animais de rua.
Nosso objetivo maior é transformar vidas quase perdidas em verdadeiras histórias de amor e superação. Mesmo sem a estrutura adequada, nos últimos três anos já retiramos das ruas e levamos à um lar definitivo mais de 50 animais. Muitos outros tiveram ao menos o conforto de desencarnar protegidos, amados e quentinhos. Nesse momento estou na minha capacidade máxima e o projeto está parado, mas se essa missão também faz sentido pra você, colabora com a gente pra que subamos mais um degrau nessa trajetória.