É a primeira vez que uma equipe do estado se classifica para a maior competição do ramo no planeta
Eles são maratonistas. Treinam exaustivamente, suam a camisa, correm contra o tempo. Mas a pista é bem diferente da tradicional: é uma pista virtual, no ciberespaço. Três alunos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Guilherme Bernal, estudante de Engenharia da Computação; Jonathan Queiroz e Roberto Sales, ambos estudantes de Ciência da Computação – formam uma das equipes finalistas da International Collegiate Programming Competition (ICPC), a maior maratona internacional de programação do mundo, que acontecerá de 15 a 20 de maio de 2016, na Tailândia.
Pela primeira vez, em quatro décadas, uma equipe da Bahia consegue se classificar para o mundial. A maratona ICPC é anual e conta com a participação de milhares de estudantes de todos os continentes. No mundial, as equipes são formadas por três universitários que são desafiados a resolver problemas práticos, espelhados em situações reais do cotidiano que exigem uma solução computacional. Para isso, eles têm à sua disposição um único computador e cinco horas. Mais do que uma competição entre estudantes de graduação e pós-graduação, a maratona de programação é um celeiro de futuros programadores e novos talentos da área de informática, reconhecida pela comunidade acadêmica internacional e por grandes empresas.
Classificação:
Primeiro, os estudantes competem em uma etapa regional no país de origem. Os classificados participam da fase seguinte, disputando com estudantes do mesmo continente. Os melhores pontuados vão para o mundial, que ocorre a cada ano em uma sede diferente. No Brasil, a largada inicial ocorreu com a participação de 639 equipes de 209 instituições, envolvendo todos os estados e grandes universidades do país. A etapa regional aconteceu em toda a América Latina, contando com 62 equipes brasileiras de um total de 415 times. Essa fase ocorreu em seis regiões do mundo, cobrindo 102 países: “África e Oriente Médio”, “Ásia”, “Europa”, “América Latina”, “América do Norte” e “Pacífico Sul”. A partir daí, foram definidos os times que disputarão o Mundial de 2016, em maio, na Tailândia.
A equipe baiana, que leva o pitoresco nome de Robério e seus Teclados, conseguiu a 4ª posição nacional (primeira medalha de um time da Bahia nesta fase) e a 7ª posição na América Latina. Em paralelo, o trio também conseguiu um outro resultado inédito em 2015: a 10ª posição mundial na competição IEEExtreme, destacando-se entre as cerca de 2.000 equipes participantes. Apesar dos feitos, a equipe baiana ainda terá que superar um grande desafio antes do mundial de 2016: conseguir patrocínio para as despesas da viagem. Atualmente, os alunos não têm recursos suficientes para bancar o deslocamento para a Tailândia.
Equipe: “Robério e Seus Teclados”Guilherme Bernal - estudante de Engenharia da Computação, UFBA.Jonathan Queiroz - estudante de Ciência da Computação, UFBA.Roberto Sales - estudante de Ciência da Computação, UFBA.
Treinador: (Coach)Maurício Pamplona Segundo - professor do Departamento de Ciência da Computação, UFBA
Para mais informações:Email: maratona@lbguilherme.comTelefone: 71 99934-3413