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Cirurgia conjunta de rim, costela e perna.

ID: 258247
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Criada em: 13/01/2018
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Meu nome é Samuel Sardon, tenho 36 anos e moro na cidade de Manaus, no Amazonas. Sou cristão, servo do Senhor, e membro da Igreja Presbiteriana de Manaus desde os meus 17 anos. Consegui me formar em 2010 pela Universidade Federal do Amazonas no curso de Ciências Biológicas e, nos últimos anos, atuei como professor de Biologia. Além disso, nos últimos 2 anos, estive cursando, paralelamente ao trabalho, o curso de Odontologia, também pela Universidade Federal do Amazonas.

Passei o segundo semestre do ano de 2017 sentindo fortes dores na perna direita, na região da articulação coxo-femural. A dor se irradiava para o restante da perna, até o joelho. No mês de outubro, procurei um médico ortopedista que, ao ver meus exames de raio-x e ressonância magnética, diagnosticou-me com algum tipo de câncer no fêmur. Ele me encaminhou para um conhecido seu da área de onco-ortopedia, que, no começo de dezembro, deu-me o diagnóstico de carcinoma renal metastático em estágio avançado. Foi aí que descobri que o câncer que se instalara no meu fêmur direito não era um tumor primário, mas uma metástase com origem num câncer de rim. Esse tipo de câncer, o carcinoma renal metastático, é classificado pela medicina como um tipo bastante agressivo, que não responde a tratamentos oncológicos como quimioterapia e radioterapia e que, portanto, não dispõe de tratamento curativo. Também é sabido que sua agressividade costuma matar as pessoas portadoras num período que varia entre 1 a 3 anos, dependendo de fatores como estadiamento da doença, idade, saúde do paciente e grupo de risco.

O tratamento desse tipo de câncer visa dar qualidade de vida ao portador da doença e aumentar a sua sobrevida com procedimentos cirúrgicos que visam a remoção dos órgãos e partes corporais afetadas pela doença. Desde o começo de janeiro do presente ano, estou fazendo uso de medicação oral de caráter imunoterápico que visa inibir novas metástases, mas ainda necessito de três cirurgias: nefrectomia radical esquerda (remoção do rim esquerdo com o tumor primário), ressecção de uma metástase na décima primeira costela esquerda e remoção da parte femural direita afetada com uma metástase também. No caso do fêmur direito, a parte óssea removida cirurgicamente seria substituída por uma endoprótese, que me permitirá voltar a andar (atualmente, encontro-me limitado a uma cadeira de rodas para não fraturar a perna direita e conservá-la até o dia da cirurgia). Um detalhe importante: igual a muitos trabalhadores brasileiros, eu não tenho carteira assinada nem disponho de plano de saúde.

Vimos que as três cirurgias poderiam ser realizadas todas num único ato cirúrgico (todas no mesmo dia e em sequência) pelo setor privado. Conseguimos uma equipe médica de cirurgiões muito bons, bem como um hospital com preços bons e infraestrutura boa. No entanto, a soma dessa cirurgia conjunta (e foi planejada conjunta já pensando-se em reduzir custos com anestesia, internação, bolsas de sangue etc.) seria algo um pouco acima de R$ 50.000,00 reais. Só a endoprótese, sendo comprada direto pelo fornecedor da fábrica, custa R$ 15.975,00. A infraestrutura do hospital gira em torno dos R$ 15.000,00. O restante seria o valor da equipe de cirurgiões e seus médicos auxiliares. O ato cirúrgico conjunto pode ser realizado tão logo disponhamos do valor para tal.

Enquanto isso, indo pela via do hospital público, há aí grandes barreiras a serem vencidas, tais como: a morosidade dos processos relativos ao pedido das cirurgias com liberação de autorização e datas para a realização das mesmas, a questão da longa fila de espera e a questão de ser pouco possível/provável para o setor público realizar o ato cirúrgico conjunto tal qual propusera o setor privado. No setor público, cada cirurgião de cada área tem um dia específico de cirurgias que, geralmente, não coincide com o dia dos cirurgiões de outras áreas, fora a dificuldade temporal de comunicação horizontal e vertical entre os setores (tratamento com abordagem multidisciplinar morosa e, em alguns casos, infelizmente, tardia).

Diante dessa realidade, houve, durante o mês de dezembro do ano passado, uma grande mobilização por parte dos meus alunos e comunidade cristã (tanto da igreja da qual sou membro, como de igrejas de diversos lugares) no sentido de juntar recursos para o meu tratamento. Fizemos uma rifa e um evento de bandas de rock na Igreja com cantina para lanche e bazar. Ao todo, conseguimos arrecadar uma quantia de dinheiro que foi suficiente para realizar toda a bateria de consultas e exames que me permitiram fechar o diagnóstico completo da doença e seu grau de estadiamento no meu corpo, bem como comprar medicamentos necessários, um par de muletas e uma cadeira de rodas. Essas consultas e exames me ajudaram a ganhar tempo

para conseguir chegar até a oncoclínica do hospital público, que está me fornecendo o medicando imunoterápico de que necessito. Ganhamos muitos meses realizando os exames particulares.

Ao todo, precisamos arrecadar pouco mais de R$ 50.000,00 reais e estamos lutando contra o tempo. Diante da realidade dessa doença, cada dia é muito precioso.

Sou um homem cristão, como já disse anteriormente, e servo do Senhor. Tenho ocupado a minha mente com a leitura da Palavra. Não temo a morte, porque tenho a firme esperança de que o meu Senhor e Salvador, Cristo Jesus, morreu numa cruz para me perdoar os pecados e me reconciliar com Deus, meu Pai. Creio que a morte é apenas a passagem que marca o fim da nossa peregrinação como cristãos nessa terra e início da vida eterna no reino dos céus. Tenho orado a Deus pela minha cura, sim, bem como, no caso de Ele querer que eu continue com esta enfermidade, por longevidade. Nem sempre a resposta de Deus é a cura e, quando é assim, certamente é algo incomparavelmente melhor do que a cura: uma aproximação maior com Ele (no sentido de imersão total). Nesse sentido, a longevidade não é necessariamente apenas mais dias ou mais anos vividos, mas cada um dia vivido na presença do Senhor vale mais que mil nas tendas da perversidade. Para o cristão, não existe mais aquele apego gorduroso por essa vida ou pelas coisas desse mundo, mas há uma fiel esperança de que cada dia vivido nessa terra tem um propósito que resulta no louvor e na glória ao nosso Deus, ao nosso Senhor Jesus. Cada dia é um novo dia vivido para andar com Deus, obedecer-lhe e ter o privilégio de ser usado pela força do seu poder, o Santo Espirito. Tenho tido tempo de orar a Deus para, acima de tudo, agradecer- lhe por me usar dessa exata forma, com essa provação que enfrento e por me fortalecer nessa hora difícil.

O que tenho pedido ao Senhor é que, sendo do agrado do seu coração, me conceda o privilégio de ainda anunciar a sua bondade e amor por muitos anos, bendizendo o seu Santo nome até o dia em que Ele me chamar para junto de Si. Ninguém escapará da morte, certamente, homem nenhum pode fugir da sepultura. Portanto, tenho pedido ao Senhor que não me leve na metade da minha vida, mas que me permita anunciar o seu amor e ver a sua bondade na terra dos viventes. Oro para que ele venha ao meu socorro e que se apresse em livrar-me dos laços de morte que me cercaram. Mas nunca encerro uma oração sem dizer-lhe que seja feita a sua vontade, que é boa, perfeita e agradável. Se o Senhor quiser me dar a indescritível honra de encontrá-lo, face a face, quem sou eu para questionar Àquele que lançou os fundamentos da terra, que ordena o surgimento das manhãs, que determina onde o sol vai nascer, que altera a posição das estrelas e que domina sobre todas as criaturas que criou. Quem sou eu para questionar Aquele que está no comando do universo e que governa tudo o que existe. Eu não consigo, na minha pequenez, compreender o bem maior que Ele deseja a mim e, portanto, tudo o que tenho a fazer é confiar nEle nessa hora difícil.

Quando comecei a faculdade de Odontologia, o fiz em oração e pedindo ao Senhor que me permitisse servi-lo nos barcos hospitalares da nossa igreja. Sempre carreguei em meu coração o desejo profundo de subir e descer os rios da Amazônia, indo pelas vilas ribeirinhas, com meu violão e irmãos anunciando o amor de Deus e, sendo possível, ajudando na área da saúde como missionário. Ainda tenho esse sonho bem vivo. Sei que, com uma prótese óssea na perna, minha movimentação ficará limitada a andar e a fazer movimentos suaves, e que isso vai de contra às questões da realidade dos barcos tais como subir e descer barrancos ou caminhar sobre madeiras para subir e descer dos barcos. Mas o sonho permanece, de estar nos barcos e tenho apresentado isso a Ele.

Acho que já falei demais, por isso, a você que leu e gastou seu tempo comigo, a você que tem orado e a todos que ajudaram e que, dentro de suas possibilidades, irão ajudar com ofertas e doações para essas cirurgias, eu agradeço de coração. Obrigado.

A paz do Senhor. Samuel Sardon.

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