Nascida em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Maria Brechane é estudante de jornalismo, Miss Universo Brasil e uma dedicada ativista pela educação. Desde a sua infância se inspirou nos exemplos de filantropia dados por seus pais.
Aos 15 anos, Maria deu vida ao seu primeiro projeto social, no qual ministra palestras em escolas públicas, impactando alunos com idades entre 6 e 17 anos. Suas palestras destacam a importância da educação e das atividades extracurriculares, como esportes, artes e cultura. Ela compartilha suas ideias, conectando os alunos a instituições que oferecem acesso a essas oportunidades. A motivação para seu ativismo educacional está profundamente enraizada em como a educação adequada transformou sua própria vida, expandindo suas perspectivas de futuro.
Quando Maria se tornou Miss Universo Rio Grande do Sul, sua ambição cresceu ainda mais. Foi nesse momento que o projeto CEI - "Crescendo, Educando e Incluindo" tomou forma. Em parceria com a Escola Municipal de Educação Bilíngue Professora Carmen Regina Teixeira Baldino, o projeto busca estabelecer um espaço permanente para essa instituição, que desempenha um papel fundamental na comunidade surda de sua cidade. Atualmente, a escola não opera em um espaço próprio, o que resulta em mudanças frequentes, dificultando a manutenção de um ambiente adaptado e funcional, e levando à perda de turmas significativas.
Com a conquista do título de Miss Universo Brasil e, consequentemente, com a crescente visibilidade, Maria teve a oportunidade de apresentar o projeto não apenas à prefeitura de sua cidade, mas também ao Governo Estadual. Recentemente, o CEI foi aprovado e oficializado pelos órgãos públicos, e a escola está em fase de construção. Agora o projeto busca recursos e patrocinadores para equipar o espaço com os móveis e equipamentos necessários para proporcionar uma educação de qualidade. Isso abrirá novas perspectivas para a comunidade surda de Rio Grande. Com capacidade para atender aproximadamente 400 alunos, a instituição oferecerá cursos para alunos surdos, oralizados ou não, deficientes auditivos e também para pessoas que não pertencem à comunidade surda, mas desejam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se integrar a esse ambiente inclusivo.
No entanto, o projeto vai além da construção da escola. Reconhecendo a era digital em que vivemos e as barreiras diárias enfrentadas pelos surdos, está sendo desenvolvido também um aplicativo inovador, para facilitar a comunicação entre a comunidade surda e aqueles que não são familiarizados com a língua brasileira de sinais. Este aplicativo tem como objetivo superar esse obstáculo, oferecendo serviços e até mesmo a opção de um tradutor para acompanhar os surdos em atividades específicas, proporcionando-lhes autonomia e independência. Embora existam serviços semelhantes em nossa comunidade, eles geralmente são baseados em ligações telefônicas, o que ainda faz com que os surdos dependam de terceiros. Com esta nova ferramenta, essa dependência finalmente será superada.
Cada passo dado em direção à inclusão, seja por meio de uma escola ou de uma ferramenta digital, é um passo em direção a um mundo onde todos têm voz, ouvidos e, o mais importante, compreensão.
Maria Brechane e o projeto CEI estão transformando essa visão em realidade e você também pode fazer parte disso.
