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Benedita's

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Vaquinha criada em: 26/03/2019

 

Nos últimos meses com o calor intenso, a produção de nossa cerveja não tem atendido aos padrões necessários para comercialização. O calor prejudica o potencial de fermentação, como não temos os equipamentos necessários para a refrigeração, sofremos com perdas constantes, a nossa falta de capital de giro nos enfraqueceu drasticamente, e portanto perdemos a capacidade de investir em novos lotes.

Além disto, neste carnaval de 2019, nos programamos para comercializar uma quantidade razoável de cerveja dentro da maior festa popular do planeta, porém o monopólio de grades empresas junto à prefeitura de São Paulo, nos impediu de vender nosso produto artesanal oriundo da economia criativa, assim tivemos uma perda de aproximadamente R$10.000,00 (dez mil reais), em produtos e potencial de retorno.

A Cervejaria hoje funciona em casa, porém para atingir o seu potencial produtivo e mercadológico, e poder deixar de ser “clandestina” precisa se estabelecer atendendo exigências técnicas de mercado como os da vigilância sanitária. Adquirindo equipamentos e regularizando documentos junto aos órgãos competentes.

A ideia é fabricar alguns lotes de cerveja dentro de uma cervejaria que já esteja adequada as necessidades de mercado, tendo as exigências e registros já estabelecidos, para podermos atender melhor nossos clientes, com produtos que podem ser comercializados sem restrição de exigências sanitárias e fiscais.

Queremos voltar a atender o nosso público, queremos fortalecer os movimentos sociais, queremos permanecer difundindo nossos ideais.

Nossa história:

A Cervejaria Caseira Benedita’s nasceu em 2017, com sua receita inicial apenas da APA (American Pale Ale).

A Cerveja Benedita’s é fruto da apropriação da tecnologia social da economia solidária, feita só por mulheres que vivem a luta de combater os rótulos sociais do patriarcado machistas. A economia solidária, defesa da mulher, do periférico e do meio ambiente, são bandeiras que não pudemos nos manter neutras.

Defendemos o comércio local, focando principalmente o comércio justo para a Periferia de São Paulo. Para que justamente o consumo de cerveja artesanal não seja um privilégio apenas de classes mais abastadas, como é comumente difundido.

Na cervejaria Benedita, o resíduo é 0%, pois o rejeito de grãos gerados na produção são destinados ao alimento para o gado de um sítio local. As garrafas são retornáveis, e oriundas da cooperativa Cooperzagati.

O nome Benedita’s, é uma homenagem a todos os retirantes nordestinos, como a origem das próprias cozinheiras de cerveja.

Com este apoio poderemos respirar e voltar a investir na cervejaria Benedita’s,

Atualmente trabalhamos com 4 tipos de cerveja, de forma à agradar todos os paladares, são elas: Lager, APA, Trigo e Red.

Eneide Gama, Márcia Martins e Melissa Miranda

 

 

 

Diz a lenda que:

A Cangaceira

Benedita foi uma precursora, valente e sempre avant la lettre. Mestiça, cafuza, nascida no sertão, vive a infância em Canudos, no fim do século XIX, e vê o comunitarismo sob a liderança do visionário messiânico Antônio Conselheiro ser massacrado pelas tropas da república.

Revoltada, consegue fugir, perambula pelo sertão e acaba entrando para o cangaço, protegida por Antônio Silvino. Mais tarde torna-se a primeira liderança feminina de um bando.

 Ao esbarrar com a Coluna Prestes, na década de 1920, larga o cangaço e decidi ir ao Recife tentar entrar para o exército. Rechaçada pela instituição, passa a trabalhar em uma indústria da cidade e se envolve com um movimento grevista, tornando-se uma das primeiras mulheres a ser uma liderança sindical.

Perseguida pelo governo recifense, foge para Salvador, onde vai morar num “bairro negro” na periferia da cidade, que se tornaria uma de suas primeiras favelas. Lá vive da venda de hortaliças e verduras, e de alimentos, numa pequena bodega por meio da qual dizia que cuidava da saúde dos trabalhadores.

Logo, torna-se uma liderança comunitária e articula o povo das comunidades periféricas com os agricultores do sertão em prol da alimentação saudável, formando o que hoje em dia chamaríamos de uma cooperativa de compras.

Morre assassinada pelo governo militar, em 1968, que buscava informações de um seu grande amigo, Carlos Mariguela.

A cerveja Benedita homenageia essa grande guerreira do povo, bendita seja Benedita!! Viva a luta popular e a agroecologia!!

 

 

Por: Alexandre Henrique Asada

            Geógrafo 

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