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bailarinos precisam da sua ajuda

ID: 200087
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Criada em: 18/08/2017
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Uma família pernambucana unida em prol de um sonho. O pai, Adriano Sena, e seus filhos, Adriano Júnior, de 9 anos, Ádria Stefany, de 10 anos, e Adriel, de 12 anos, têm uma missão para realizar até outubro. O objetivo da turma é chegar até Joinville, em Santa Catarina, para que as crianças façam o teste de admissão da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única representação do tradicional Teatro Bolshoi de Moscou no país. Para alcançar o objetivo, as crianças estão treinando quatro dias por semana e o pai, que cria todos sozinho, trabalhando de domingo a domingo. Apesar dos esforços, porém, o grupo não tem dinheiro suficiente para a viagem, que deverá custar R$ 6 mil. Mesmo após campanha na internet, eles conseguiram juntar apenas R$ 500. Mas, como um pai confiante, Adriano não se contaminou pelo pessimismo e fez assim mesmo a inscrição dos filhos no teste. Agora, eles precisam correr para conseguir passagens e hospedagem. Um diferencial da história é que, em 2016, Adriel e outra irmã, a Adriele, conseguiram ir fazer o teste em Santa Catarina, e Adriel ficou em 15º lugar - mas a escola só tinha disponibilizado oito vagas. “Quase conseguimos entrar. Foi por pouco. Voltamos e os meninos desde então têm se dedicado mais ainda para fazer o teste de novo e passar. Teve uma oportunidade agora em junho, mas não conseguimos juntar nada e não viajamos. Fiquei triste porque soube que seis meninos foram selecionados, pensei que poderia ser a chance dos meus filhos, mas Deus sabe o que faz e nossa hora vai chegar”, afirma, emocionado, Adriano Sena. Segundo ele, a rotina da família é caótica. “Acordo às 5h e vou dormir às 2h todos os dias. Às vezes, tenho que sair mais cedo ou chegar mais tarde no trabalho para levar ou pegar eles. Mas, o futuro deles é meu projeto.”     A família mora em uma casa pequena no bairro de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. As crianças estudam em escolas municipais e dançam balé através de bolsas concedidas pela Aria Social, uma associação sem fins lucrativos que foi fundada na cidade em 2004, por iniciativa da bailarina Cecilia Brennand. “A escola dá as roupas e as sapatilhas. Se não fosse isso, não teria condições. Também um ex-professor de lá dá reforço para os meninos. A gente vai dando um jeito. No dia 15 de cada mês, acabam meus créditos no VEM (cartão de passagens) de tanto ir levar e buscar eles, mas, não tem problema, eu passo o resto do mês pedindo ajuda nas estações para completar a condução”, reforça. Nova moradia  - Diante das dificuldades, caso um dos meninos passe na próxima seleção, o açougueiro, que trabalha em uma rede de supermercado, pretende se mudar definitivamente para o estado de Santa Catarina. “Infelizmente, não vejo oportunidades para meus filhos no Nordeste. Lá, no Sul, existe mais chance”, ressalta. E não só pela qualidade de vida. O preconceito na região também deixa Adriano aflito. “Já teve criança que fez ofensas ao meu filho porque ele dança balé. Existe muito preconceito aqui. Eu nunca tive essa cabeça. Sempre achei a dança linda, gosto de dançar também. E sempre disse a eles que eles podem fazer o que quiserem de suas vidas. Se, no futuro, ele descobrir que é homossexual, terá todo meu apoio. O que me importa é que eles sejam felizes”, completa. Para ele, a seleção é uma chance completa de futuro uma vez que a Escola do Teatro Bolshi no Brasil tem uma média diária de quase seis horas de treinamento, entre aulas práticas e teóricas, em um total de oito anos de preparação onde eles não pagam mensalidade e nenhuma despesa com uniforme, alimentação e sapatilhas. E só continua quem tira boas notas. “Além disso, eles terão uma chance de passar para o quadro do Teatro Bolshoi de Moscou”, comenta Adriano Sena. Com razão. Hoje, o balé possui quatro brasileiros em sua companhia profissional. Três deles são formados pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: Bruna Gaglianone, Erick Swolkin e Mariana Gomes.

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