
Olá pessoal,
Me chamo Marcela Matos. Em outubro do ano passado após a cesárea da minha filha Manuella, tive uma complicação que me deixou 30 dias internada na UTI e mais 10 dias na enfermaria. Me deram alta pela manhã e à noite passei muito mal em casa. O Samu foi acionado e me levaram imediatamente para o hospital. Eu não conseguia me mexer e não estava mais respirando. Meu abdomen estava muito inchado comprimindo meu diafragma. Chegando no hospital ainda tentaram fazer uns exames mas a dor era tanta que fui direto para o centro cirúrgico e fui submetida a uma cirurgia chamada laparotomia exploratoria. Naquele momento ninguém sabia o que eu tinha. Entao me deram uma anestesia geral, fui entubada, cortaram minha barriga e começaram a "procurar" o motivo de eu estar daquele jeito. Então foi descoberto que meu intestino grosso havia estourado e naquela hora estava num quadro de infecção generalizada. Só diziam pra minha família que era pouco provável eu sobreviver. Que era uma caso MUITO RARO e que só um milagre me salvaria. Palavra dos próprios médicos.
Assim que acordei da anestesia não me lembrava de nada. Só sentia fortes dores onde só a morfina aliviava. Foram dias de sofrimento onde eu dormia e acordava sendo monitorada 24h por vários aparelhos na UTI, me alimentava somente por sonda e meus banhos eram feitos no leito.
Após esse período conturbado, fiquei quase dois meses longe dos meus filhos em processo de recuperação.
Devido a tudo isso tive depressao pós parto e fortes crises de ansiedade, onde muitas das vezes só as orações dos técnicos e enfermeiros me acalmavam. Sim. Eles rezavam a noite ao redor do meu leito. Muitos não acreditavam que eu conseguiria sair viva de lá.
Fui pra casa e quando eu achava que tudo estava melhor começaram as complicações: comecei a sentir fortes dores abaixo do meu abdômen e foi detectado que estou com uma hérnia incisional de 10cm que precisa ser removida. Além da hérnia estou com um granuloma no intestino e um líquido "estranho" que está entre meu diafragma e o fígado. Meu fígado e rim está aumentado (motivo ainda do inchaço da minha barriga que não diminui). E o mais preocupante é uma pedra na vesícula que pode migrar a qualquer momento causando uma obstrução no meu instestino causando uma nova sepse.
Em suma, vou precisar me operar novamente. meu médico passou uma bateria de exames pré operatórios e preciso muito da ajuda de vocês que rezaram por mim no período mais difícil da minha vida.
A primeira cirurgia consegui pelo SUS graças a Deus. Essa terei de arcar com as despesas.
A cirurgia ainda não tem data marcada, mas será assim que tiver com os exames em mãos pois as dores me impedem até de trabalhar com mais frequência.
Agradeço a todos que puderem colaborar.
Que Deus os abençoe.