Olá, meu nome é Rodrigo Ferreira. Talvez alguns de vocês me conheçam da Vaquinha para os exames do Léo e da vakinha pro Lar novo do Lelo, o gato leitor.
Esta vakinha não é pra mim, mas para minha amiga e namorada, a professora e tradutora Raquel Pinheiro.
Conheço a Raquel desde 2013. Antes de começarmos a namorar, já a admirava por sua inteligência, bom humor e por atitudes lindas que a tornavam mais bonita aos meus olhos.
Com o passar dos anos, essa admiração aumentou, conforme fui conhecendo a história dela e de sua família.
Desde criança, Raquel dividiu a casa com suas duas irmãs, Valéria e Sheyla, além de seus pais idosos, Reginaldo e Shirley.
Em 2015, Valéria casou-se, e se mudou pra sua nova casa.
Sheyla continuou morando com a mãe, o padrasto (o Seu Reginaldo foi o segundo marido da dona Shirley) e a Raquel.
Desde pequena, Sheyla teve problemas de saúde, entre eles diabetes e esquizofrenia. Por uma série de fatores, suas doenças se agravaram ao longo de três décadas, comprometendo o funcionamento de vários órgãos, entre eles o pâncreas, o fígado e os rins.
Por quase 30 anos, Raquel lidou com os problemas de saúde da Sheyla mais como testemunha das aflições de sua mãe, a dona Shirley, do que lidando diretamente com eles.
No começo de 2018, essa situação mudou. O Seu Reginaldo, por quem a Raquel sempre nutriu grande amor e admiração, faleceu por complicações após ser internado com problemas cardíacos. Desde então, ela se viu ao lado da mãe idosa e viúva tendo que conviver com o luto e com o agravamento da saúde da Sheyla.
Pouco mais de um ano depois, em abril de 2019, Sheyla teve uma infecção grave, e ficou internada por três semanas num hospital em Niterói. Raquel e a família moram em Maricá, cidade do interior do Rio de Janeiro. Isto fez com que as despesas de transporte e alimentação aumentassem. Todos os gastos foram ser cobertos pela aposentadoria da dona Shirley, pois a Raquel desistiu de um emprego pra ficar com a irmã no hospital durante 30 dias seguidos.
Durante a internação, exames indicaram que os rins da Sheyla estavam muito comprometidos. Após receber alta, ela teve que começar a fazer diálise três vezes por semana. Raquel se ofereceu pra acompanhá-la nessa “via sacra” que durou quase 4 anos.
Em março de 2020, enquanto o mundo enfrentava a pandemia do COVID-19, Raquel e Sheyla arriscaram suas vidas três vezes por semana, viajando de Maricá até Niterói numa van cheia de pacientes renais, que faziam diálise na mesma clínica onde a Sheyla fazia. Com o que só pode ser proteção divina, nenhuma delas foi infectada pelo temível coronavírus durante o auge da pandemia.
Raquel temeu pelas vidas de sua irmã e de sua mãe idosa, que corria o risco de ser infectada, caso ela ou a Sheyla pegassem COVID durante as viagens pra clínica de diálise.
Finalmente, em janeiro de 2023, chegou a vez da Sheyla receber um novo rim, que a pouparia das diálises. A melhora pós transplante foi nítida, e a situação da Raquel e sua família parecia caminhar para um período mais leve, até que a esquizofrenia da Sheyla começou piorar…
A doença chegou a um ponto em que nenhum medicamento faz efeito. Mesmo os medicamentos mais modernos (oferecidos pelo plano de saúde após judicialização) não melhoraram o quadro da esquizofrenia.
Hoje, Sheyla tem surtos cada vez mais constantes, intervalados, com longos períodos de vida vegetativa. Ela sequer consegue se vestir direito, e praticamente não fala, apesar das inúmeras tentativas da Raquel e da mãe que, a cada dia que passa, vivem menos para tentar fazer a Sheyla reagir.
Raquel não tem conseguido trabalhar em razão dos constantes surtos da irmã, o que piora ainda mais a situação dela e da família. E sua saúde mental e física, assim como a de sua mãe, estão apresentando pioras significativas nos últimos meses, devido a todo estresse gerado.
A aposentadoria da dona Shirley já não é o suficiente pra sustentar a família e custear o tratamento da Sheyla, e os medicamentos que ela própria e a Raquel também usam pra preservarem a saúde física e mental.
Aqui, finalmente, chegamos ao objetivo desta vakinha: Raquel e a mãe precisam de ajuda pra contratar uma cuidadora que as ajude a dar uma sobrevida digna pra Sheyla, antes que ambas adoeçam, e fiquem impossibilitadas de cuidar da irmã e filha.
Raquel precisa levantar, mensalmente, R$2000,00. A cuidadora que será contratada com o apoio de vocês cobra R$500,00 para 8 horas semanais. Enquanto não consegue um trabalho, Raquel precisa do apoio e segurança que receberia tendo uma pessoa a mais ajudando ela e a mãe a cuidarem da Sheyla. Por conta disto, o valor total da vakinha é para que a Raquel tenha 4 meses para “respirar” e conseguir um trabalho fixo que a permita custear essa despesa a mais da família.