Ajude a atleta surda Mariah a ir às Surdolimpíadas no Japão!

Olá, muito prazer!

Meu nome é Mariah Figueredo de Castro, moro em Brasília, tenho 14 anos e atualmente estou cursando o 8º ano do Ensino Fundamental.

Gosto muito de ler livros, escrever, ouvir música, tocar clarineta e experimentar instrumentos de percussão (até faço parte de uma banda! 😊) e adoro estar com meus amigos! Além de tudo isso, sou apaixonada por esportes, vários deles, mas especialmente vôlei! Comecei a treinar vôlei em 2023, no clube da APCEF, mas em 2024 passei a integrar as aulas e o time do clube Nipo, aonde treino até hoje.

Uma coisa que não contei, é que também sou surda e essa condição me levou a descobrir recentemente a existência de um time de vôlei para surdas no DF, quando meu técnico no clube Nipo, professor Massato, me falou a respeito, mas sem saber muitos detalhes. Um tempo depois, minha mãe conseguiu o contato de uma pessoa ligada à Federação Brasiliense Desportiva dos Surdos e foi aí que fui saber que existe uma enormidade de esportes voltados para surdos, que inclusive formam times para participação em campeonatos estaduais, nacionais e até internacionais, como as Surdolimpíadas, que são ainda mais antigas que as próprias Paraolimpíadas, mas ainda muito pouco conhecidas no Brasil, inclusive pela própria comunidade surda, como era o meu caso.

Enfim, após chegar à Federação, fui incluída no time de vôlei e em menos de 3 meses já estava sendo convocada para a seleção brasiliense de vôlei de surdas para disputar o campeonato brasileiro em Chapecó/SC, que aconteceu no início de setembro deste ano. Tudo muito rápido e maravilhoso!

Mas uma das consequências que percebo dessa invisibilidade dos esportes voltados para surdos e das competições é que os atletas, mesmo os de alto rendimento, recebem muito pouco apoio, especialmente financeiro, para custear sua participação nos campeonatos, mesmo que seja para representar seu país numa competição tão importante como são as Olimpíadas ou, no caso, as Surdolimpíadas.

Digo isso, porque dia 18 de setembro tive o privilégio de ter sido convocada para integrar a seleção brasileira feminina de vôlei para representar o Brasil na 25ª edição das Surdolimpíadas, que acontecerão no Japão, em novembro deste ano. 

Mas, infelizmente, os custos para realização deste sonho são muito altos, em torno de R$28.000,00 por atleta. Até agora a equipe só recebeu apoio financeiro por meio da emenda parlamentar do deputado federal Heitor Schuch, do Rio Grande do Sul, que destinou 300 mil reais para apoiar a equipe feminina de vôlei. Esse valor será usado para custear as despesas com hospedagem das atletas durante todo o período da competição, mas despesas com passagem aérea, alimentação, taxas de inscrição e até uniformes, que somam cerca de R$13.000, continuam por conta de cada uma de nós, atletas. No meu caso, que sou menor de idade, a despesa total será quase o triplo desse valor (cerca de R$38.000), pois minha mãe irá me acompanhando como minha responsável, até porque será minha primeira viagem internacional e participação numa competição desta magnitude. Por isso o valor aumenta tanto, pois além do custo da minha viagem, ela terá que arcar com toda a despesa de viagem dela (incluindo hospedagem).

É por isso, então, que venho pedir o seu apoio, para ajudar a viabilizar minha participação neste evento esportivo tão importante, talvez o mais sonhado por todos os atletas, uma Olimpíada!

Agradeço demais desde já sua colaboração!